A intimidação do ozônio: uma retrospectiva

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OzoneSkyPuzzleLembra-se de quando a redução da camada de ozônio iria fazer com que todos nós morrêssemos de melanoma maligno, há apenas alguns anos?  Essa intimidação do ozônio parece ter saído da pauta do terrorismo ambiental completamente.

Como você deve se lembrar, os clorofluorcarbonetos (CFCs) eram o capeta da época, desempenhando o mesmo papel que o dióxido de carbono (CO2) desempenha hoje no amedrontamento do aquecimento global.  Ambientalistas alegavam que o CFC iria, de alguma forma, subir mais de 64 km da superfície da terra até a camada de ozônio, não obstante o fato de os CFCs serem aproximadamente cinco vezes mais pesados que o ar.  Sem dúvida alguma, um caso típico de tijolos flutuantes.

Ao banirem os CFCs em 1989, os 196 países que assinaram o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Empobrecem a Camada de Ozônio perderam uma segura, barata, não-tóxica, quimicamente inerte, não-corrosiva e não-inflamável fonte para componentes de geladeiras, propelentes e sistemas de controle de incêndio.

Como ocorre com a maioria das regulamentações, a proibição do CFC atingiu os mais pobres com bem mais intensidade.  Milhões de geladeiras em perfeito estado de funcionamento não mais poderiam ser recarregadas com Freon, de modo que todo mundo foi obrigado a comprar novos eletrodomésticos, agora sem o CFC.  Tal medida, obviamente, foi especialmente difícil para aqueles de baixa renda.

Outro grupo que ainda hoje sofre bastante com tal medida é aquele formado por asmáticos.  Os inaladores com CFC foram substituídos por inaladores com HFA (hidrofluoroalcano), os quais, segundo os relatos de vários médicos, possuem uma eficácia apenas marginal quando comparados à versão de CFC, a qual propiciava um alívio mais rápido e mais duradouro à agonia da asfixia.  Muitos doentes de asma descobriram que, ao passo que os inaladores de CFC faziam com que apenas uma inalada fosse suficiente para reabrir as vias respiratórias, os novos inaladores sem CFC requerem duas ou mesmo três inaladas para funcionar.  Isso elevou o custo da medicação devido ao aumento da dosagem.  Para aumentar ainda mais os estragos, os inaladores de HFA, por serem uma introdução recente, são protegidos por patentes, ao passo que os inaladores de CFC já eram genéricos (não-patenteados).  Os preços por inalador aumentaram sensivelmente.  Apenas nos EUA, eles saíram da faixa dos US$ 5 — US$ 25 para a faixa dos US$ 30 — US$ 60.

Desnecessário dizer que os pagadores de impostos ainda estão sendo obrigados a financiar mais pesquisas nessa área fraudulenta, e que a proibição do CFC ainda segue viva e robusta.  Como sempre, regulamentações e financiamento público são muito facilmente implementados — especialmente quando o público é manipulado com táticas terroristas — e muito difíceis de serem revertidos.  Com efeito, regulamentações quase nunca são revogadas, e as instituições encarregadas de colocá-las em vigor apenas ocasionalmente são desmanteladas.

É importante reconhecer o padrão comportamental de governos, ONGs e cientistas ao analisarmos táticas similares de amedrontamento, como chuva ácida, bug do milênio, doença da vaca louca, gripe suína e agora as mudanças climáticas e o terrorismo.  Medo e culpa são as típicas ferramentas utilizadas para roubar a liberdade e o dinheiro dos indivíduos.  Essa tática do medo promove uma arquitetura cada vez mais centralizada de nossas escolhas e faz com que haja transferências de poder e riqueza cada vez maiores para os governos.

Intimidações ambientais são particularmente eficazes porque combinam os efeitos do medo e da culpa.  Esses cenários do tipo “homem-contra-a-natureza” propiciam infinitas possibilidades para que retirem nossas liberdades mais básicas, a menos que o poder seja completamente retirado dos governos.

Enquanto não entendermos que homem e natureza são a mesma coisa, nunca haverá um grau de subdesenvolvimento baixo o bastante para saciar os ecofanáticos.  O suposto filósofo e pensador do movimento ecológico, Derrick Jensen, escreveu que “a civilização não é e nunca poderá ser sustentável”.  Não devemos nunca subestimar esse tipo de declaração, especialmente vinda de um sujeito como Jensen, que possui uma ampla platéia e que já defendeu aberta e repetidamente o uso da violência militante para se alcançar objetivos ambientais.  É preciso estar sempre alerta, não para a possibilidade de ações violentas de grupos ecológicos liderados por Jensen, mas para o talento dos governos em cultivar tais ideias e utilizá-las em proveito próprio.

Assim que o mito da mudança climática começar a perder impacto e a população se cansar dessas táticas terroristas, pode esperar pela invenção de novas intimidações.

Tradução de Leandro Roque

 

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