O grau ao qual uma comódite é responsável, por experiência, por comandar uma venda, em um determinado mercado, a qualquer momento, a preços correspondentes à situação econômica (preços econômicos), depende das seguintes circunstâncias.
- Quanto ao número de pessoas que ainda estão à falta da comódite em questão, e sobre a extensão e intensidade dessa falta, que não está fornecida, ou é constantemente recorrente.
- Quanto ao poder de compra dessas pessoas.
- Quanto à quantidade disponível da comódite em relação à falta (total) ainda não fornecida.
- Quanto à divisibilidade da comódite, e quaisquer outras maneiras pelas quais ela possa ser ajustada às necessidades de clientes individuais.
- Quanto ao desenvolvimento do mercado, e da especulação em particular. E finalmente.
- Quanto ao numero e a natureza das limitações impostas politicamente e socialmente sobre a troca e consumo em relação à comódite em questão.
Podemos prosseguir, da mesma forma em que consideramos o grau de vendabilidade das comódites em mercados definidos e momentos definidos do tempo, para estabelecer limites espaciais e temporais de suas vendabilidades. Nestes aspectos, também observamos em nossos mercados algumas comódites, cuja venda é quase ilimitada por lugar ou hora, e outras cuja venda é mais ou menos limitada.
Os limites espaciais da vendabilidade das comódites são principalmente condicionados
- Pelo grau em que a falta das comódites é confusa no espaço.
- Pelo grau em que os bens se prestam ao transporte, e o custo do transporte incorrido proporcionalmente ao seu valor.
- Pela medida em que os meios de transporte e de comércio geralmente são desenvolvidos em relação a diferentes classes de comódites.
- Pela extensão local dos mercados organizados e sua intercomunicação por “arbitragem”.
- Pelas diferenças nas restrições impostas à intercomunicação comercial em relação a diferentes bens, em relações interlocais e, em particular, no comércio internacional.
Os limites de tempo para a vendabilidade das comódites são principalmente condicionados
- Pela permanência na necessidade delas (sua independência de flutuação no mesmo).
- Pela sua durabilidade, isto é, a sua adequação à preservação.
- Pelo custo de preservá-los e armazená-los.
- A taxa de juros.
- A periodicidade de um mercado para o mesmo.
- Pelo desenvolvimento de especulações e, em particular, de pechinchas de compras futuras relacionadas com o mesmo.
- Pelas restrições impostas política e socialmente por serem transferidas de um período de tempo para outro.
Todas essas circunstâncias, nas quais dependem os diferentes graus, e os limites locais e temporais, de vendabilidade das comódites, explicam o por quê é que certas comódites podem ser dispostas com facilidade e certeza em mercados definidos, isto é, dentro de locais e limites temporais, a qualquer momento e em praticamente quaisquer quantidades, a preços correspondentes à situação econômica geral, enquanto a venda de outras comódites é confinada dentro de limites espaciais estreitos e, novamente, temporais: e, mesmo dentro destes, a disposição das comódites em questão são difíceis e, na medida em que a demanda não pode ser aguardada, não deve ser efetuada sem uma diminuição de preço mais ou menos sensível.