A sucessão de catástrofes que assola o Japão, com possíveis repercussões em diversas partes do mundo, comprova a total impotência do Banco Central do Japão diante desta nova crise. Na verdade, evidencia a impotência de qualquer Banco Central e da errônea teoria econômica que justificam a existência destas instituições e de suas infrutíferas políticas.
A destruição de capital causada pelo Tsunami é impressionante e perfeitamente visível. Casas, edificações, fábricas, portos, supermercados, lojas, escritórios, enfim, bairros e comunidades foram completamente destruídos.
A solução dos macro-economistas de plantão e do BoJ? Injetar liquidez. Ou seja, imprimir dinheiro.
Aumentar a oferta monetária não reerguerá fábricas que foram ao chão. Mais dinheiro nas mãos dos cidadãos japoneses não inundará as prateleiras dos supermercados com pão, leite, carne, arroz e outros produtos básicos.
Jorrar liquidez no mercado tampouco irá recompor a capacidade de geração de energia do Japão, talvez o setor mais atingido pela tragédia.
É digno de menção, portanto, que até mesmo a mídia convencional tenha noticiado que, a única coisa que o BoJ pode fazer é criar liquidez, mas não eletricidade. Justamente o que o Japão mais necessita no momento.
Sim, é uma catástrofe. Mas o Banco Central do Japão pouco pode fazer. Inflar a oferta monetária aumentando preço dos ativos e acabar distorcendo um mercado que precisa desesperadamente se reorganizar é a última coisa que os japoneses precisam neste momento.