Pense em todos os políticos que vão se reunir no congresso ou no senado, em qualquer dia da semana (pode ser hoje, amanhã ou depois de amanhã). Você sabe o que eles estarão decidindo? Você tem alguma noção dos projetos de lei que eles pretendem analisar ou aprovar? Será que eles consideram esses projetos de lei realmente importantes para o funcionamento geral da sociedade? Ou será que eles entendem que essas atividades burocráticas inúteis são totalmente irrelevantes para mim, para você e para a população em geral, e que absolutamente nada do que eles fazem provoca de fato um impacto benéfico em nossas vidas?
Será que eles estão plenamente conscientes de que a sociedade, de forma geral, é completamente indiferente a tudo o que eles fazem, bem como a todas as atividades que ocorrem no congresso ou no senado?
Será que os deputados e senadores responsáveis por fazer as coisas importantíssimas que eles geralmente fazem — como tomar café, comer rosca de polvilho e gravar vídeos com títulos sensacionalistas para o Youtube — são capazes de entender que praticamente nenhuma das atividades nas quais eles se envolvem provocam uma diferença real na sociedade? Será que eles compreendem que novas leis, decretos, taxas, aumento de alíquotas, garantias e direitos de papel não melhoram a qualidade de vida de absolutamente ninguém?
Será que eles entendem que quase ninguém se importa com os projetos de lei (em sua vasta maioria, totalmente inúteis) que eles estão analisando ou aprovando? Até porque, quando isso afeta os cidadãos brasileiros, é sempre de forma negativa?
Infelizmente, não acredito que os burocratas do estado tenham consciência de sua irrelevância e insignificância para os cidadãos comuns e para a sociedade de uma forma geral. Muito pelo contrário: esses corsários modernos da rapinagem profissional geralmente atribuem a si próprios um nível ostensivamente exacerbado e irrealista de importância — até porque uma expressiva parcela de políticos e servidores públicos realmente acredita na ilusão de que eles estão servindo à sociedade.
A verdade, no entanto, é muito diferente: são eles que se servem da sociedade. Funcionários do governo geralmente não se envolvem em atividades produtivas, não abrem empresas, não se tornam empreendedores, não agregam valor e não constroem absolutamente nada de salutar ou edificante para a sociedade. Na prática, todas essas pessoas não passam de parasitas que vivem para sugar, extorquir e se apoderar de quase tudo o que a sociedade produz.
Políticos e funcionários públicos são receptores líquidos de impostos. Ou seja, eles vivem exclusivamente da parasitagem institucionalizada praticada pelo Leviatã contra todos os setores produtivos da sociedade. Consequentemente, é fundamental entender que todas as pessoas que trabalham para o estado não servem à sociedade — políticos e funcionários públicos são levados a crer nessa mentira, porque consideram a verdade da sua condição dolorosa demais para ser admitida: eles são pessoas inúteis destituídas de talento e competências reais. Portanto, só conseguem sobreviver como sanguessugas de quem realmente produz.
Infelizmente, políticos e funcionários públicos parecem ser completamente incapazes de compreender que atenderiam muito melhor aos anseios e às necessidades da sociedade se deixassem de ser servidores públicos. Primeiramente, porque tudo o que essas pessoas fazem como burocratas de estado é, em sua maioria, criar obstáculos e dificuldades para qualquer atividade produtiva. E, em segundo lugar, porque apenas na iniciativa privada alguém realmente pode servir à sociedade, atendendo às demandas individuais de cada cliente.
Voltemos ao que foi proposto no início do artigo: pense em todas as leis que foram recentemente aprovadas. Você conhece alguma delas? Você analisou de forma meticulosa todos os desdobramentos institucionais dela? Você compreendeu o que ela se propõe a concretizar, além de todos os seus parâmetros e implicações legais?
Infelizmente, isso não importa. O estado não pediu sua opinião sobre as leis inúteis aprovadas recentemente, que ele pretende usar em um futuro próximo contra você. Agora pense em todas as leis que serão aprovadas nessa semana e na próxima. Ou pense em todos os projetos de lei que estão sendo elaborados nesse exato momento. E agora pense em como todo este trabalho burocrático inútil — que custa muito caro — não mudará em absolutamente nada a sua vida. Quer dizer, não mudará para melhor, mas sempre existe a possibilidade de mudar para pior. O estado sempre pode retirar de você, mas somar, agregar ou acrescentar é algo que ele simplesmente nunca faz, se você não é parte integrante da máfia estatal.
Em essência, o que toda nova lei faz é dilacerar a liberdade, em algum grau. Pense nas leis sobre “discurso de ódio”, ou no combate ao “machismo” e a “misoginia” online. Pense nas regulações das redes sociais, que os ministros do STF (Supremo Totalitarismo Federal) estão obcecados por implementar. O que essas leis consolidam, de fato? Na prática, elas criminalizam pessoas comuns por expressarem suas opiniões online.
Leis dessa categoria não punem criminosos reais. O que elas fazem, efetivamente, é dilacerar cada vez mais o pouco que nos resta da liberdade de expressão e pressionar à sociedade a aderir à irracional e perturbada narrativa política progressista, que se tornou a ideologia oficial do establishment — justamente por ser uma ideologia que habilita o totalitarismo, com uma fachada política de “tolerância” e “benevolência”.
Pense no seguinte: toda operação do estado tem um custo. No entanto, é dinheiro do “contribuinte” (cidadão produtivo extorquido de forma violenta) que o governo usa para prender, processar e julgar infratores — que podem tanto ser criminosos contumazes homicidas e violentos, quanto indivíduos comuns, que são arbitrariamente classificados como “transgressores” unicamente pela perspectiva do estado (embora sejam duas categorias diferentes de infratores, o estado não faz distinção entre elas).
Mas qual seria a melhor maneira do estado usar os seus recursos? Ele serve mais a sociedade fazendo isso por prender, processar e enjaular um assassino ou por prender, processar e multar um homem que expressou em algum fórum online uma opinião contrária ao feminismo?
A vasta, contínua e ininterrupta produção de leis praticada pelo estado só pode produzir injustiça. 99,9% das leis aprovadas são inúteis e reforçam regulações que — além de arbitrárias, tirânicas, insanas e drasticamente opressivas — são totalmente irrelevantes para 99,9% da população. E como a restrição é o princípio fundamental de toda a lei, a produção de leis em escala industrial que o governo se encarrega de executar sempre irá invariavelmente contribuir para a erosão gradual da liberdade.
De fato, a grande maioria das leis são totalmente inúteis e deveriam não apenas ser totalmente ignoradas, como sumariamente extintas. Mas o estado está sempre produzindo uma quantidade ostensivamente colossal, contínua e visceral de leis inúteis, que sempre prejudicam a sociedade, quando aplicadas.
Não há uma única circunstância possível na qual qualquer uma dessas leis possa efetivamente acarretar em algum benefício real para a população, mas elas sempre podem provocar um estrago imensurável em algum microcosmo, que a mídia corporativa mainstream — que é não apenas partícipe do totalitarismo institucional, mas um cúmplice ativo — vai ignorar, fingir que não aconteceu e deliberadamente ocultar da sociedade.
Além de produzir injustiças sistêmicas de forma exacerbada com o seu vasto contingente de leis opressivas e tirânicas, o estado destrói a prosperidade e o desenvolvimento econômico, por sufocar a iniciativa privada soterrando-a debaixo de montanhas de burocracia inútil, que consomem o tempo e o recurso das empresas.
Somado às regulações e ao sistema de favores e benefícios que o governo concede apenas às grandes corporações, as pequenas e médias empresas acabam tendo que lidar com um ambiente de negócios cada vez mais irremediável e arbitrário, onde as possibilidades se tornam cada vez mais exíguas e os recursos cada vez mais escassos.
Essa escassez, no entanto, é artificial. Ela é consequência direta da intervenção negativa do estado em todos os setores da economia, que é executada para beneficiar apenas alguns poucos corporativistas, que de vez em quando dão generosos “presentes” (malas de dinheiro) aos seus amigos da classe política e judiciária.
De fato, o que os burocratas de estado fazem — com sua ininterrupta produção em escala industrial de leis pérfidas, restritivas, autoritárias e tirânicas — é basicamente burocratizar e criminalizar a atividade humana.
Sempre que uma nova lei, decreto, portaria ou qualquer idiotice governamental é implementada, é fundamental entender que isso na verdade é um novo obstáculo que está sendo criado e arbitrariamente imposto sobre toda a sociedade. Toda nova lei não é uma garantia, benefício, proteção, direito ou segurança criada em favor da população. É uma restrição autoritária. As variadas designações que o estado dá às suas imposições tirânicas não passam de um vulgar e capcioso recurso semântico, debaixo do qual ele camufla o seu pérfido e vil autoritarismo, e são deliberadamente orquestradas para reduzir a resistência da população.
A opressiva tirania governamental que escraviza o país inteiro também explica perfeitamente porque, apesar de todo o nosso potencial — usufruímos de vastos parques industriais, de um enorme contingente de pequenas e médias empresas, considerável oferta de mão de obra, inúmeros fornecedores, tanto externos quanto domésticos, além de variada abundância de recursos naturais —, o Brasil permanece subdesenvolvido, e socialmente mais inclinado à pobreza do que à riqueza.
O Brasil é um país pobre porque o estado burocratiza de forma contumaz, ostensiva e inflexível a atividade econômica, o que faz com que a sobrevivência das empresas se torne um empreendimento extremamente árduo. Consequentemente — mesmo tendo plenas capacidades para ser um país emergente (chegou perto de ser) — o Brasil acabou se transformando em um país com produtividade irrisória e número de empresas relativamente baixo (para o tamanho do seu mercado), jamais atingindo o seu pleno potencial.
Isso é consequência direta da maciça e deletéria interferência do estado na economia. Se não estagnamos, retrocedemos. Infelizmente, progredir, mesmo que lentamente, sem jamais recuar, não é a nossa especialidade. Mas poderia ser, se o governo não aterrorizasse de forma tão ostensiva a iniciativa privada, e nem se dispusesse a perturbar, fiscalizar e incomodar com tanta voracidade quem trabalha e produz.
A condição atual do Brasil de fato nos convida a refletir. É como se o estado — através do seu sistema de leis imprestáveis e regulações tirânicas — fizesse tudo o que está ao seu alcance para impedir o país de se desenvolver. Com regulações econômicas opressivas e monolíticas, o governo diminui o número de competidores para as grandes corporações, e viabiliza a falência de inúmeras pequenas e médias empresas, justamente para que os conglomerados onipotentes (que compram os políticos com malas de dinheiro) tenham menos concorrência. Assim, eles se tornam grandes monopólios, protegidos pelo monopólio maior, que é o estado.
Adicionalmente — por meio de leis tirânicas e extremamente injustas —, o estado prende pessoas por “crimes” de opinião, com o objetivo de expandir o seu nível de poder e controle sobre os indivíduos.
E através de jurisprudência saturada de deturpações ideológicas com viés de esquerda, o estado criminaliza determinadas ações e discursos, proibindo questionamentos e o livre debate de ideias, como se desejasse efetivamente coibir a expansão do império intelectual de pensadores originais e audaciosos, tanto quanto pretende sufocar ao máximo a ascensão de talentos promissores e emergentes.
De fato, não há dúvida de que o estado faz o possível e o impossível para aterrorizar, dificultar e prejudicar ao máximo a vida das pessoas comuns. A legislação estatal serve como prerrogativa jurídica para amputar a liberdade das pessoas, restringi-las ao máximo, impedi-las de desenvolver os seus talentos, de questionar o status quo e limitá-las economicamente, para que elas não tenham nenhum tipo de poder e passem o resto de suas vidas como reféns do Leviatã, destituídas de qualquer competência, influência ou capacidades intelectuais e materiais para contestar e resistir ao establishment vigente.
Isso nos mostra que o estado é, de fato, uma estrutura institucional de opressão e tirania, que prioriza sempre a manutenção do poder e do controle. Seu objetivo real não é executar a justiça e a ordem legal na sociedade, mas manter sob controle — em uma condição de total sujeição — todas as pessoas que não fazem parte da estrutura de poder.
Amputar legalmente a liberdade das pessoas e coibir de forma ostensiva o desenvolvimento intelectual, moral e econômico delas é parte do processo de opressão legal inerente ao estado democrático de direito. O estado é a manifestação material de uma sórdida e ímpia deficiência moral, que usa o monopólio da lei e a repressão violenta para manter a fazenda de escravos em total sujeição, como reféns do medo e da ameaça constante de represália permanente.








