Esta é a verdadeira história do que é comumente chamado de “moralidade“.
Se você fosse o único ladrão do mundo, imagine como seria fácil o seu trabalho! Não haveria fechaduras, sistemas de segurança, senhas, polícia. Você poderia simplesmente pegar todas as coisas que quisesse, e as pessoas provavelmente presumiriam que as perderam.
Por outro lado, se todos no mundo fôssemos ladrões, todos morreriam de fome. Ninguém criaria mais do que consume no ato, porque senão seria roubado.
Então – se você quer ser um grande ladrão – talvez o maior ladrão de todos – sua melhor estratégia seria convencer todos os outros ladrões a parar de roubar – não porque você acha que o roubo é errado – você é, afinal, um ladrão – mas porque você não quer concorrência!
Assim, os ladrões mais brilhantes inventam “direitos de propriedade” para tornar o roubo mais fácil e lucrativo.
Se todos fossem falsificadores, o dinheiro não valeria nada. Se você quer ser um grande falsificador –talvez o maior falsificador de todos – seu primeiro passo é convencer todos os outros de que a falsificação é imoral, errada, má e deve ser punida.
Então, você deve convencer a todos de que sua própria falsificação é moral, boa, virtuosa e deve ser recompensada.
Isso é o que George Orwell chamou de “duplipensar“.
Para que possamos aceitar tal loucura, as engrenagens de nossas mentes devem primeiro ser quebradas pela doutrinação – pelas escolas públicas.
Ética, virtude, moralidade – não foram inventadas e infligidas por qualquer desejo de espalhar o bem, mas sim de desarmar e escravizar os outros. Para desarmar e escravizar você.
A sequência é sempre a mesma – invente um padrão universal de bom comportamento e, em seguida, crie uma exceção invisível para você e seus amigos, chamando-a de outra coisa.
“NÃO ROUBARÁS!” — Ok, tudo bem, roubo é errado! Assim, os que estão no poder têm que chamar seu roubo de “imposto”.
“NÃO MATARÁS!” — Ok, tudo bem, assassinato é errado! Assim, os que estão no poder têm que chamar seus assassinatos de “guerras”.
“SEQUESTRO É ERRADO!” — Ok, tudo bem, sequestro é errado! Assim, os que estão no poder têm que chamar seus sequestros de “encarceramento”.
“VIOLÊNCIA É ERRADA!” — Ok, tudo bem, usar a violência para conseguir o que você quer é errado! Assim, aqueles que estão no poder têm que chamar sua violência de “palmada” ou “leis”.
Você consegue enxergar o padrão? Crie uma regra moral universal e, em seguida, crie uma exceção para você e seus amigos.
É muito fácil testar essa teoria. Aproxime-se de um cidadão comum e pergunte se usar a violência para resolver problemas é bom. Ele dirá: “não”. Saliente que o Estado inicia a força o tempo todo com o pretexto de resolver problemas. Ele começará imediatamente a defender o Estado.
É inevitável. As pessoas defendem regras morais e, em seguida, defendem as violações mais flagrantes dessas mesmas regras morais.
É assim que somos controlados. É assim que somos propagandeados. É assim que o dinheiro morre. É assim que a liberdade morre.
É assim que morremos.
Se alguém lhe fornece uma regra moral, a primeira coisa a fazer é examinar não a regra, mas a exceção. Quem não está vinculado a essa regra? Quem pode fazer exatamente o oposto? Sempre serão aqueles que estão no poder – é por isso que existem regras morais.
Qualquer pensador que realmente tente aplicar regras morais universais universalmente é considerado insano, bizarro, ridículo – porque o propósito da moralidade universal é a exceção, a violação.
Os governos desarmam os cidadãos negando-lhes armas, enquanto mantêm armas monstruosas nas mãos do Estado.
É o mesmo com a “moralidade”.
Abra sua mente. Abra seus olhos.
Só podemos evitar as armadilhas que podemos ver.
Artigo original aqui
Bom artigo, gostei.
Dá pra refletir bastante.