O casamento gay, os libertários e as questões que ninguém se atreve a discutir

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No infindável debate sobre casamento gay, algumas questões — provavelmente por serem politicamente incorretas demais — têm sido deixadas de lado.  Tanto os conservadores quanto os progressistas estão seriamente iludidos em suas posições, ainda que de maneiras distintas.

Os progressistas querem utilizar o casamento gay como uma forma de legitimar — ao menos é isso que eles acham que vão conseguir — os relacionamentos homossexuais, na crença de que tal medida faria com que o homossexualismo passasse a ser visto como algo corriqueiro tanto em termos civis quanto sociais.  A exigência final do movimento é a obtenção daquilo que chamam de “igualdade” gay.

Já os conservadores, principalmente os religiosos fundamentalistas, creem que o casamento gay iria depreciar a instituição do casamento, o que os leva a fazer campanhas histéricas para “proteger” o casamento dos ataques destes seres ímpios e desviados.

Por que ambos os lados estão seriamente iludidos?  Comecemos com os progressistas.

O casamento se resume a um objetivo: criar filhos.  Sem esse objetivo, o matrimônio perde sua razão — principalmente no mundo de hoje, em que encontros pela internet, poligamia consentida e promiscuidade desenfreada são amplamente aceitos.  O casamento é, portanto, uma instituição econômica, um arranjo financeiro voltado para a criação e educação de uma nova geração.  O casamento é um acordo voluntário feito por dois adultos que se comprometem, conjuntamente, a suprir as necessidades de sua prole e, quando chegar o momento, legar a ela toda a riqueza que acumularam em vida.

Obviamente, não estou dizendo que casamentos sem filhos não são realmente casamentos, ou que todos os ornamentos emocionais e psicológicos do casamento tradicional — monogamia, comprometimento e, sim, amor — são irrelevantes.  Estou apenas falando sobre a instituição civil do casamento e de como ele se desenvolveu no mundo ocidental, e não do fenômeno cultural que evoluiu ao longo de vários milênios — algo que não foi criado pelo estado, mas que acabou sendo sequestrado por ele.

Como disse a famosa antifeminista Camille Paglia:

Creio que [o casamento gay] é uma questão explosivamente propensa a gerar uma reação antigay…..  Este é o problema: chamá-lo de casamento.  Se você perguntar ao trabalhador comum nas ruas “Você acredita em casamento gay”, isso fará com que ele tenha um espasmo de absoluta repugnância.  O casamento foi tradicionalmente concebido para se dar entre o homem e a mulher.  Foi um elo estabelecido para a criação de filhos, e por isso ele sempre teve um significado procriador também, além de possuir uma longa e sagrada tradição por detrás.  Odeio quando causas gays se confundem e acabam parecendo querer profanar a tradição sagrada de outras pessoas.  A liderança do ativismo gay tem sido totalmente grosseira e canhestra no que concerne essa questão.  Ao invés de tratar a questão de modo sério, dizendo “Nós respeitamos a tradição do matrimônio”, o ativismo gay está associado a piquetes na porta de entrada das igrejas.

Paglia está correta.  O matrimônio não é uma instituição civil, mas sim uma tradição religiosa e cultural que o estado (até agora) tem sido obrigado a respeitar e a reconhecer — e ela está centrada na procriação, uma questão com a qual a maioria dos homossexuais não tem de lidar.

O que nos leva ao argumento central utilizado contra o casamento gay: ele se baseia em um modelo heterossexual de relacionamentos sexuais e emocionais, um que simplesmente não se encaixa no estilo de vida gay.  A ideia de querer fazer com que gays assumindo compromissos matrimoniais seja visto como algo corriqueiro advém do erro central do igualitarismo, a absurda ideia de que os seres humanos são “iguais” e, portanto, permutáveis — ou seja, que é normal que pessoas diferentes façam os mesmos rituais.  O igualitarismo na realidade não é uma ideologia política: é uma religião, perfeitamente capaz de resistir a seguidos ataques de claras evidências em contrário.

Chamo a atenção para uma evidência anedótica, porém significativa, dessa concepção errônea dos fatos: quando a Califórnia autorizou brevemente o casamento gay, os casais mais proeminentes e numerosos eram as lésbicas. Mulheres, obviamente, amam a ideia do casamento, e pensam nisso desde crianças.

Lésbicas podem engravidar, e de fato fazem isso.  Elas criam filhos, milhares dos quais estão atualmente vivos, fortes e ativos.  Na cidade de São Francisco, por exemplo, crianças criadas por lésbicas formam uma parte significativa — e crescente — dos alunos de escolas públicas.  Lésbicas, portanto, encaixam-se dentro do modelo procriador do matrimônio, ainda que elas não possam se reproduzir sem a participação passiva de homens que doam seu esperma.

Já os homens gays, por outro lado, são… homens, e nenhum homem quer realmente se casar.

Promiscuidade e suas concomitantes atitudes andam de mãos dadas com a masculinidade e a virilidade: essa é a nossa herança genética e socialmente construída, enraizada em nossa própria natureza e inabalável perante os ataques tanto das feministas politicamente corretas quanto dos conservadores puritanos.  Monogamia e masculinidade são opostos em uma dicotomia: a ideia de fidelidade sexual é distintamente feminina, e está ligada à avassaladora (e inerente) necessidade de segurança e certeza — isto é, a certeza de que o pai de seus filhos irá ajudar na criação adequada das crianças.  O colapso desse pacto social e sexual, o qual fortalece a nossa civilização, está por trás do estado de barbaridade a que desceu as partes pobres das grandes cidades, onde bandos de adolescentes indisciplinados e órfãos de pai estão à solta, fazendo baderna e enchendo as prisões.

O casamento, no contexto da homossexualidade masculina, não é apenas uma contradição: a própria ideia de dois homens “se casando” desperta tantos protestos exatamente porque ela faz uma paródia, uma imitação burlesca, das uniões heterossexuais.  Afinal, uma paródia é uma imitação zombadora do original, uma que macaqueia a forma mas rejeita ou ridiculariza sua essência.  É esse escárnio que eriça e indigna as pessoas contrárias ao casamento gay — e muito compreensivelmente.

Entretanto, não é apenas essa ameaça de gerar uma reação antigay — a qual a senhorita Paglia corretamente aponta — que é o aspecto mais preocupante da proposta de se “legalizar” o casamento gay.  As piores vítimas da legalização do casamento gay não serão os héteros, não obstante toda a ridícula gritaria de que a instituição do casamento será “depreciada” e, consequentemente, irá se tornar menos popular se dois efeminados puderem contrair matrimônio.  Quem realmente será prejudicado pela admissão ao templo de Hera são justamente os homens gays.

Com o casamento gay virá o inevitável divórcio gay — e, creia-me, a coisa será feia.  Se os ativistas gays pensam que o casamento irá de alguma forma legitimar a homossexualidade perante os olhos do cidadão comum, então eles realmente estão desantenados da própria realidade, a qual irá fazer com que os divórcios heterossexuais, mesmo os litigiosos, pareçam um piquenique de escola dominical.  Com efeito, prevejo que, dada a natureza do animal macho, a taxa de divórcio dos homens gays rapidamente irá superar a taxa de casamentos gays.  O casamento gay — na comunidade gay masculina — está fadado à auto-extinção.

Essa aversão do homem gay ao casamento já está prognosticada na declinante taxa de parcerias domésticas — almejadas como precursoras do casamento gay — nos guetos gays das grandes cidades.  Um número ainda menor irá se registrar para a viagem ao altar, principalmente quando ficar claro para eles que, junto com o direito ao casamento, vêm também algumas responsabilidades, principalmente de natureza financeira.

É aqui que toda a propaganda conservadora contrária ao casamento gay mostra-se completamente maluca e fora da realidade: a suposta “ameaça” à instituição do casamento representada pela legalização de uniões gays varia de zero a inexistente.  A ideia de que uma multidão de homens gays, dada a oportunidade, irá correr para se casar é uma fantasia partilhada por ambos os lados desse debate.  O que ocorrerá se a infidelidade sexual se tornar um motivo legal para o divórcio?  Vários fatores que ninguém jamais considerou irão levar ao grande fiasco do “casamento gay”.

Será que os gays querem ter metade de sua renda reivindicada por seus cônjuges?  Com o casamento gay virá a pensão gay, e é isso que fará com que os casos de divórcio gay sejam espalhafatosos, com garotões aventureiros dando o golpe em velhotes ricos e solitários, despojando-os de boa parte de suas fortunas.  O casamento gay sairá de moda rapidamente à medida que uma série de casos de divórcio ostensivos e escandalosos for chegando aos tribunais.

A própria frase “casamento gay” é um paradoxo.  A essência da homossexualidade, afinal, é a evasão do casamento — e a concomitante responsabilidade de se criar uma família.  É a adoção da sensualidade por si própria, como um instrumento de prazer puro, sem se buscar a procriação.  Será que os homens gays realmente querem abrir mão daquilo que é o mais interessante em suas atividades recreativas: a tremenda sensação de liberdade que ela lhes traz?

Os atuais ativistas gays estão se dedicando a uma missão realmente fútil, que é fazer com que a homossexualidade pareça “natural”.  Entretanto, eles realmente deveriam seguir o exemplo de seus predecessores na Grécia antiga, que tomaram o caminho oposto.  Na Grécia antiga, os filósofos debateram os méritos e os deméritos do comportamento homossexual — embora o “gayzismo” fosse um conceito desconhecido para eles, graças aos deuses —, e os defensores dessa prática foram, assim como são hoje, confrontados com o argumento de que a homossexualidade é “anormal”.

Pausânias, em O Banquete, de Platão, responde que a homossexualidade é o “amor celestial” precisamente porque está separada da carnalidade mundana e centrada em uma concepção idealizada de beleza.  Ela é puramente estética e de modo algum procriadora — ou seja, completamente não natural e artificial.  Para Pausânias e seus clássicos companheiros gregos, isso a tornava superior ao primitivismo e à rudeza dos “homens mais sórdidos”, exclusivamente heterossexuais, que não possuíam a capacidade “superior” de apreciar a beleza em todas as suas formas, inclusive na forma masculina.

Longe de argumentarem que a homossexualidade era equivalente à heterossexualidade, os antigos defensores do amor homossexual enfatizaram o grande abismo que separa ambos.  Ao invés de imitarem os heterossexuais e incansavelmente fazerem lobby em prol do “direito” de se casarem, o grupo de Platão procurou manter distância do mundano e ressaltar a singularidades deles próprios.  Pausânias argumenta que a escolha de homens mais novos em detrimento das mulheres disponíveis é um indicativo de uma qualidade moral superior, evidência de uma pureza que desafia e transcende a biologia.  O amor homossexual, afirmou ele, representa um progresso da própria natureza humana — que é, afinal, a característica notável da civilização humana.

Para os ativistas gays da era moderna, com seus dogmas de determinismo biológico — o “gene gay” — e suas arraigadas e deturpadas noções de igualitarismo, tal argumento é inconcebível.  Para eles, não há nenhuma outra possibilidade: eles fervorosamente acreditam que são determinados geneticamente a se envolverem em atos homossexuais.  De acordo com essa visão, orientação sexual é como gênero e raça.  No contexto da sociedade em que vivemos, isso significa que é — ou deveria ser — ilegal “discriminar” de acordo com a orientação sexual, da mesma maneira e pelas mesmas razões que hoje é crime de ódio considerar questões de raça, religião e gênero no âmbito do emprego, da habitação e das relações sócio-econômicas em geral.

Essa ortodoxia jaz no topo de uma montanha de pseudociência misturada com moralismo, que afirma — sem evidência científica convincente — que a “orientação” sexual é geneticamente determinada.  Trata-se da versão progressista do lysenkoismo, em que a ideologia determina as conclusões políticas antes mesmo dos fatos (exceto pelo fato de que Lysenko e seus padrinhos stalinistas estavam expressando a ortodoxia esquerdista de uma época em que os homens podiam ser projetados e engendrados por meio do poder do estado).

A ironia é que, enquanto várias organizações progressistas (e conservadoras) são alérgicas à noção de diferenças hereditárias, o lobby dos direitos gays se mantém apegado a um dogmático determinismo genético que é, em outros contextos, relegado às fronteiras extremas do politicamente incorreto.

Fora a ausência de evidências científicas, o bom senso já é suficiente para derrubar esse tipo de reducionismo genético grosseiro feito para uma área tão cheia de sutilezas, nuanças e variedades quanto a sexualidade humana.  Afinal, o que seriam os bissexuais?  Seriam eles aberrações genéticas ou apenas pessoas fazendo diferentes escolhas em diferentes momentos de suas vidas?  Isso vai contra a teoria da “orientação” sexual, que insiste em uma lealdade rígida a certos comportamentos.

E, no final, o uso da genética é apenas um truque.  Todo o movimento dos direitos gays baseia-se no mais desestimulante — na realidade, patético — motivo imaginável: a necessidade de aceitação.

Uma genuína posição libertária em relação ao casamento gay é muito simples: os libertários têm de impedir a incursão do estado em questões privadas.  Isso significa que qualquer libertário de princípios deve se opor à “legalização” do exato tipo de casamento que já ocorre na comunidade gay, embora não em uma forma que a maioria dos héteros considere familiar ou aceitável.

O estado, afinal, já fez árduos e amplamente exitosos esforços para regular e intervir na vida natural das famílias, bem como nas relações entre homens e mulheres.  O advento do casamento gay significaria ampliar o alcance do estado sobre a vida privada dos indivíduos.  Certamente nenhum libertário poderia concordar com tal coisa, e certamente faria de tudo para se opor a isso.

Entretanto, todos os tipos de supostos “libertários” e simpatizantes simplesmente pressupõem que apoiar a “legalização estatal” do casamento gay — e, com efeito, apoiar o estilo de vida homossexual — é um princípio fundamental do libertarianismo.  Simplesmente não é.

O libertarianismo é apenas uma teoria econômica e política.  Ele não tem nada a dizer quanto ao “estilo de vida” que uma pessoa escolhe, assim como não tem nada a dizer sobre física quântica.  Não se trata de um superabrangente sistema moral e metafísico que pretende explicar tudo e que possui uma receita prescrevendo como cada um deve viver a vida.  Os libertários não apóiam e nem condenam homossexuais e a homossexualidade: nós simplesmente dizemos que as atividades sexuais entre adultos em comum acordo não devem ser reguladas pelo estado.  Ponto.

Essa ânsia de querer politizar até mesmo as mais íntimas interações sociais é supremamente antilibertária.  A ironia é que isso consegue apenas dessexualizar o comportamento que se quer legitimar.  No final, a campanha para “legitimar” a homossexualidade pode muito bem acabar reduzindo seu apelo — e, em um tipo de justiça cruel, reduzir o número de homossexuais.

Outra ironia ainda maior é que o movimento da “liberação” gay acabou se transformando no oposto do que sempre foi.  Antes, os gays se orgulhavam de representar uma rebelião, um desafio à ordem social burguesa, expressando e celebrando sua liberação em relação às normas morais e legalistas.  Hoje, inversamente, os ativistas gays querem reforçar o poder dessas normas, tentando “expandi-las” para sobre eles também.  Aquilo que começou como um movimento para a “liberação gay” transformou-se em uma campanha para tornar a sociedade gay tão limitadora da sexualidade (particularmente da sexualidade masculina) quanto o mundo hétero — e ainda mais entediante.

O estado sempre invadiu cada aspecto da vida das pessoas.  Dificilmente havia uma área que ainda não havia sido ocupada por um exército de burocratas, advogados, juízes e políticos.  A subcultura gay, entretanto, quase sempre conseguiu se manter fora desse sistema, de modo que os homossexuais puderam usufruir grandes liberdades e flexibilidades em suas vidas pessoais, uma condição feliz a que o casamento — e qualquer forma de intervenção estatal — invariavelmente põe fim.  Homossexuais que querem a “legalização” do casamento gay estão, na verdade, querendo que o estado passe a regular todo um estilo de vida que até então vinha se mantendo à margem de regulamentações — e é exatamente por isso que o casamento gay vai se comprovar tão impopular na comunidade gay masculina quanto o é no coração dos conservadores religiosos, muito embora por motivos extremamente distintos.

Recentemente, estava eu fazendo compras em um mercado perto de casa quando dois membros pertencentes a uma organização dos direitos gays me pediram para assinar uma petição em nome da legalização do casamento gay.  Minha resposta: “Por que vocês querem o estado certificando e chancelando suas relações com outros?  Vão em frente e façam suas próprias cerimônias de casamento.  E parem de ficar se rebaixando e mendigando a aprovação do estado”.

E eles apenas ficaram olhando pra mim como se eu tivesse acabado de chegar de Marte.

3 COMENTÁRIOS

  1. “Por que vocês querem o estado certificando e chancelando suas relações com outros?  Vão em frente e façam suas próprias cerimônias de casamento.  E parem de ficar se rebaixando e mendigando a aprovação do estado”.

    Essa foi minha primeira indagação ao tomar conhecimento da existência da homossexualidade. Mesmo quando entrei pra escola, e estudei sociologia, a professora não conseguia entender o porquê de eu não apoiar o casamento gay (nem ser contra) mas também ser contra a histeria evangélica e católica anti-gay. Para mim era muito simples, a bunda é deles e quem sou eu pra dizer o que eles podem ou não podem fazer? Além disso, a cultura popular atual acha casamento uma insanidade (com certa “razão”), por que os gays querem fazer parte dessa insanidade?

  2. PeX, o problema do progressismo não tem a ver com liberdades. Tem a ver com tirania. Ninguém impede um gay “se casar”. O que os evangélicos e católicos combatem é a obrigatoriedade de realizar cultos religiosos para casamentos gays e à mordaça gay instituída por essa agenda progressista. Vocês são lixo moral, com o rótulo de libertários.

    • É de onde você tirou essa ideia de que gays querem ter o direito de se casarem em igrejas? Os homossexuais apenas querem ter os mesmos direitos que os heterossexuais por uma questão de justiça – afinal gays tem os mesmos deveres e pagam os mesmos impostos. A luta pelo casamento gay é no campo civil para que dois homossexuais que tenham uma vida em comum possam ter comunhão de bens, pensões, direito à herança, serem dependentes do plano de saúde do companheiro, adotarem uma criança juntos e etc…. Como libertário sou contra a tutela do Estado nas relações humanas. Mas enquanto o casamento civil entre os heterossexuais não é abolido e por defender que o Estado não dê privilégios a um grupo o casamento civil homossexual deve ser legalizado. Quanto ao casamento nas igrejas o Estado não deve obriga-las mas já há várias igrejas ou outras religiões que a fazem por questões dogmáticas sem que o Estado as a impõe. Inclusive muitas igrejas evangélicas.

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