Já basta!
O mundo já está saturado com relação a Israel. No entanto, em nenhum momento alguém ofereceu um plano de ação militar – embora o genocídio seja criminalizado pela Convenção sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (CPPCG) ou pela Convenção sobre Genocídio; embora este tratado internacional “obrigue os Estados Partes a buscar a aplicação de sua proibição”.
O assassinato em massa israelense foi isolado de qualquer intervenção externa por ninguém menos que os Estados Unidos da América. Com o apoio americano, Israel, pode-se dizer, enganou o mundo. Os cessar-fogos nominais impostos à “entidade genocida” não impediram a carnificina. Israel continua a assassinar árabes e destruir suas terras e líderes como bem entende.
O turbilhão do genocídio de Israel em Gaza, a expansão vertiginosa do país pelo Levante para incluir uma guerra suja (de assassinatos) no Irã e a paciência contínua do Norte Global – todos esses fatores apenas encorajaram Israel a expandir seu esforço maligno e dar voz a ele. As emanações da mente coletiva israelense continuam a fluir tão livremente quanto um esgoto a céu aberto e são tão sépticas quanto. A menos que seja interrompido, Israel continuará a abrir novas frentes do mal.
Libertários que se prezam aplicarão ao coletivo o mesmo código moral aplicado ao indivíduo. Se um assassino em série solitário e invasor de propriedade não deve ser deixado impune para continuar sua onda de assassinatos e roubos, um bando de assassinos armados com armas de destruição em massa não pode fazer o mesmo. Se um serial killer solitário deve ser caçado por bons homens e mulheres, algemado, encarcerado e julgado; o mesmo deve acontecer com uma gangue envolvida em assassinatos em massa de alta tecnologia assistidos por IA. Esse é o simples significado e aplicação do axioma libertário da não-agressão em um mundo em que a defesa não é produzida de forma privada.
Curiosamente – e considerando a centralidade de uma pretensão baseada em valores na política externa dos EUA, do bem contra o mal – se já existiu alguma vez um caso claro e moral para a intervenção militar americana, ele está do lado dos civis de Gaza contra os israelenses, que estão armados com armas de destruição em massa (ADM).
Isso deve levar a uma conclusão inevitável:
Como os Estados Unidos da América não são uma “força global para o bem”, resta aos habitantes locais fazer o trabalho. Uma intervenção militar regional em grande escala deve ser montada rapidamente, pois há uma obrigação afirmativa, não passiva, de parar Israel. O mundo, com algumas exceções heroicas, até agora violou essa obrigação legal e moral.
Neste momento, o povo árabe deseja agir em apoio aos seus irmãos massacrados na Palestina e no Líbano. Por outro lado, seus governos se recusam, comprados e pagos como são pelos EUA, cuja política externa está centrada no que Israel quer.
Ainda mais extraordinário: Israel é financiado pelos Estados Unidos, mas faz só o que quer e que se dane os Estados Unidos. As duas proposições não parecem ser mutuamente exclusivas. Como Israel, as nações árabes recebem subvenções dos Estados Unidos. Eles deveriam copiar Israel e parar de se acovardar. Faça o que seu povo quer que eles façam.
Ao contrário dos vigaristas da mídia ocidental corporativa, a juventude turca, por exemplo, e seu povo em geral, se opõem ao jogo de cartas marcadas que Erdogan joga com Israel, enquanto finge se opor a ele. O primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan ampliou o papel militar de seu país no Levante, realizando seus impulsos neo-otomanos na Síria de maneiras prejudiciais ao que resta do Eixo da Resistência pró-palestina.
Ao mesmo tempo, Erdogan limitou-se a ser meramente “retoricamente forte” sobre o genocídio de Israel, como observou a jornalista libanesa Rania Khalek. O povo da Turquia, por outro lado, continua a protestar contra navios como o porta-aviões americano USS Wasp, atracando em Izmir, en route de ajudar Israel a lançar bombas sobre pessoas empobrecidas e famintas, encurraladas em um campo de extermínio. Arriscando a ira do Império, Erdogan, por outro lado, já havia acolhido o sitiado Hamas.
Em outras palavras, o subterfúgio da Turquia no Oriente Médio é tão desconcertante que ninguém ficaria surpreso se Erdogan, sempre imprevisível, inesperado, enviasse caças para estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre Gaza e a Cisjordânia, que são território ocupado, não israelense!
Com uma zona de exclusão aérea, os pilotos de caça da Turquia não iniciarão as hostilidades, mas estabelecerão uma cúpula de proteção sobre os civis, cujos minúsculos enclaves em Gaza foram atingidos, até agora, com o equivalente a seis bombas nucleares, levando Hiroshima, uma cidade civilizada de pacificadores, a implorar a Israel que cesse sua onda de assassinatos.
O primeiro-ministro Erdogan faria bem em ouvir seu povo. A longo prazo, isso é sábio para a longevidade e estabilidade política.
Da mesma forma, os militares egípcios estão furiosos com o fracasso dos líderes de seu país em ajudar Gaza e sua inação em relação às atrocidades israelenses. Das Forças Terrestres Egípcias, que os líderes egípcios corruptos historicamente temiam, surgiu Gamal Abdel Nasser, um líder reverenciado do nacionalismo pan-arabista egípcio.
“Recrutas na fronteira Sinai-Gaza” condenaram o silêncio do governo Sisi sobre o assassinato pelos israelenses, seus supostos aliados, de camaradas de armas durante a anexação do corredor Philadelphi por Israel. Esses militares egípcios estão ansiosos para agir. Quem, além do Eixo do Genocídio, se oporia ao Egito recuperar o Corredor Philadelphi, anexado ilegalmente por Israel, e abrir seu lado da fronteira de Rafah para inundar a zona ao norte com caminhões de ajuda sob forte escolta militar?
Apesar da ampla raiva pública sobre os crimes de Israel em Gaza, o rei Abdullah da Jordânia ajudou Israel a se defender das represálias de drones e mísseis do Irã. O povo jordaniano que protesta contra Israel se sente traído, relata a Deutsche Welle, uma emissora alemã. “Os jordanianos estão atualmente furiosos, indignados, por causa de um festival de comida gourmet” que ocorre este mês, “enquanto Gaza morre de fome”.
Por causa dos laços estreitos da monarquia hachemita e da assistência a Israel, a revolução está fervendo na Jordânia, cujo povo é de ascendência palestina. Na verdade, “a monarquia hachemita, que governou a Jordânia por toda a sua história, teme uma tomada palestina do país“. Abdullah, rei da Jordânia, reduziria as chances de revolução no Reino se, pelo menos, parasse de ajudar os israelenses. Usar a Força Aérea Real da Jordânia para impor uma zona de exclusão aérea sobre os territórios vizinhos ocupados fortaleceria enormemente a posição de Abdullah internamente, dado seu povo inquieto.
Por mais manso que seja, deixe a Armada Espanhola zarpar para a orla marítima de Gaza. Quaisquer recursos navais que possam ser reunidos por outros países que apoiam a Palestina – Noruega, Irlanda e Bélgica – devem fornecer apoio anfíbio aos bravos pilotos de caça da Zona de Exclusão Aérea que cruzam Gaza e a Cisjordânia.
Tenho certeza absolta que o Eixo do Genocídio, desafiado pela primeira vez, será intimidado. Os valentões são covardes.
Como o mais americano dos escritores policiais, Raimond Chandler, aconselhou: “Nunca vale a pena deixar o inimigo fazer todas as regras”. E Israel é o inimigo, o inimigo da humanidade.
Um conselho semelhante vem de um combatente da resistência pró-palestina idoso e recém-libertado, que passou quatro décadas em uma prisão francesa. Descrito na imprensa francesa como um “militante esquerdista libanês preso na França desde 1984“, Georges Ibrahim Abdallah continua sendo uma força masculina a todo vapor.
Abdallah chegou ao Líbano em 25 de julho. Uma multidão formada pela imprensa e apoiadores se aglomerou ao seu redor. Ele disse a eles: “Se um milhão de egípcios tentarem romper o cerco a Gaza, o genocídio terminará”.
Abdallah remeteu para Greta Thunberg como um exemplo de coragem: a jovem sueca navegou em águas internacionais com a intenção de chegar ao território costaneiro do povo de Gaza. Por desejar espalhar a bondade – saciar a sede e saciar a fome de alguns palestinos – e galvanizar em nome de Gaza, terroristas israelenses sequestraram os ativistas da Flotilha da Liberdade e os forçaram a entrar em seu próprio país ignorante.
Pirataria em alto mar. O que deveria ter sido uma viagem segura e pacífica foi encerrada por piratas, perpetradores de genocídio. Israel agora também governa o alto mar?
Posso ter entendido mal o Sr. Abdallah, mas ao elogiar uma garotinha por sua bravura, ele parecia estar perguntando: onde estão os homens?
Artigo original aqui









Observando os sionistas debatendo na Internet, é constrangedor constatar que são agentes de contra-informação e ideologia do estado israelense. Todos eles. O que não é possível saber quem é remunerado ou e quem é idiota útil.
O padrão de narrativa sobre o holocausto é provavelmente o mesmo. É coisa do tipo mentiram, continuam mentindo e vão continuar mentindo para mim.