Tenho certeza de que deve existir algum título mais provocativo do que este: “Louisiana vota manter a escravidão“. O problema é que não consigo pensar em nenhum, mesmo depois de cogitar sobre esse assunto por um bom tempo!
O que está acontecendo? Os louisianenses realmente votaram para trazer de volta a escravidão? Claro que não. Não seja bobo. Pelo contrário, a questão era o trabalho prisional. Os presos devem ser obrigados a trabalhar enquanto estão encarcerados?
Bem, em relação ao resto de nós, praticamente todos nós trabalhamos. (Ok, ok, crianças e idosos não). Por que criminosos condenados não deveriam se juntar ao restante da raça humana a esse respeito? Qual a alternativa se eles não se engajarem no trabalho? Malhar na academia? Ficar assistindo televisão? Ficarem conversando e tramando crimes futuros? Se as prisões fossem colocadas à cargo do mercado, eles certamente iriam trabalhar, e o produto de seu trabalho iria para, pelo menos parcialmente, compensar suas vítimas.
Não, não, não. Há duas boas razões pelas quais os condenados devem se envolver em trabalho, quer queiram fazê-lo ou não. A primeira é deontológica. Eles violaram direitos, ou não estariam na cadeia em primeiro lugar (exceto aqueles injustamente considerados culpados). O ideal é que trabalhem para que aquilo que produzam, além dos custos de encarceramento, seja enviado às vítimas. Estes últimos nunca poderão ser “completamente” compensados, mas, pelo menos, se lhes chegassem verbas dos seus abusadores, isso seria uma grande melhoria em comparação ao sistema atual. Neste momento, essas vítimas sofrem duplamente. Primeiro, de ter o crime perpetrado sobre elas. Segundo, de serem obrigadas – via impostos – a manter esses criminosos em cadeias com ar-condicionado confortável, academias, quadras de basquete, televisores etc.
A segunda é pragmática. Uma das funções da prisão deve ser reduzir a reincidência. Se os presos tiverem uma habilidade que lhes permita ganhar a vida quando estiverem do lado de fora, eles terão menos probabilidade de cometer crimes e acabar de volta ao xilindró. Bem, como obter tais habilidades? Ficando deitado o dia todo? Não. Você aprende por meio de treinamento no trabalho. E como você pode aproveitar esses benefícios enquanto ainda está preso? Se você disse “trabalho prisional”, nota dez pra você.
Neste nível, com excepção de muito poucos criminosos de colarinho branco, não estamos falando sobre ser médico, ou advogado, ou contador, ou especialista em informática, ou professor de física. Estamos falando sobre empregos que exigem muito menos formação. O que é necessário neste nível inferior da pirâmide de empregos é a capacidade de aparecer para trabalhar no horário, e não sair até que o turno termine; a capacidade de seguir todas as ordens razoáveis do gerente; e a capacidade de evitar problemas com os clientes – isso não significa que o cliente esteja sempre certo, eles podem ser abusivos às vezes. Mas isso significa levar o problema ao gerente e não “discutir” com o cliente.
Todas essas coisas podem ser aprendidas ainda na prisão. Aqueles que se opõem ao trabalho prisional estão entregando os detentos a vidas monótonas. Segundo a sabedoria popular, “cabeça vazia é a oficina do diabo”. Se eles não levam uma vida profissional enquanto estão encarcerados, bem, os hábitos são habituais. A única forma de financiar o desemprego do lado de fora é com mais comportamento criminoso. Nem eles, nem o resto de nós, precisamos mais disso, muito obrigado.
No entanto, os opositores do trabalho prisional “sinalizam virtude” por toda parte. Eles se passam por amigos dos presos. Eles menosprezam aqueles de nós que defendem permitir que eles trabalhem nos chamando de apoiadores da “escravidão”. Não, não, não, muito pelo contrário. Não obrigar os prisioneiros a trabalhar na verdade os escraviza: a uma vida continuada de crime.
Tradicionalmente, eram os sindicatos os que mais se opunham ao trabalho prisional. Eles alegaram que tais arranjos estavam tirando empregos de homens honestos. Mas não há limite para o quanto de trabalho precisa ser feito. Permitir que os presos trabalhem não priva nenhum homem honesto de um emprego.
Artigo original aqui
Obrigar presos a trabalhar eu sou contra, mas…
Não trabalha, não come.
Exatamente como é na vida fora das penitenciárias para um cidadão honesto.
Super favorável!
Energia não faltou para infringir a lei! Agora, vê-se extenuado no instante em que pode ser minimamente útil à sociedade. Só se cobra virtude de quem trabalha produtivamente, sobretudo vivendo-se em governos progressistas.