Uma autópsia do ativismo

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Se o movimento Extinction Rebellion é a crise de meia-idade das causas ativistas, a guerra na Ucrânia é a crackolândia da superioridade moral.

Para aqueles em sintonia com a realidade consensual, o ativismo é o oásis perfeito para emular a dissidência, sem realmente correr qualquer risco.

Não se veem mais aqueles antigos rebeldes da esquerda que promoviam protestos corajosos contra o sistema. Em vez disso, temos um monte de floquinhos de neve procurando se livrar da responsabilidade moral sinalizando sua virtude, em vez de incorporá-la.

O ativismo, por falta de uma palavra melhor, tornou-se um ponto de encontro de uma simulação de incêndio. Um hobby de meio período para aqueles que vivem nos remansos culturais que confundem a farsa com a realidade e usam o infortúnio de outras pessoas como seu consolo pessoal.

Porém, deixando de lado essa brincadeira inocente, a transformação do pensamento de grupo em ativismo fez com que o poder corporativo, que os ativistas confundem com coesão social, destruísse os valores dos quais eles se julgam guardiões.

Sem um ponto de discordância com o governo, os ativistas de hoje estão essencialmente fazendo pela sociedade civil o que os lobistas fazem pelos políticos. O que deveria ser uma dicotomia de ideologias opostas é um emaranhado de interesses pessoais. Pela primeira vez na história, os ideais polarizadores das pessoas comuns e da classe predadora foram agrupados, com o primeiro fazendo o trabalho não oficial do último.

Não é que uma boa crise seja irresistível para aqueles que não têm imaginação, e sim que as queixas legítimas que as pessoas têm com o sistema injusto estão sendo usadas para suavizar seus vincos e fortificar seu império, é que os problemas reais são triangulados em crises fabricadas, e que as incessantes queixas e reclamações de alguns seletos superdisseminadores da retórica oficial abafam quaisquer demandas sensatas por mudanças positivas e tangíveis. Neste caminho tortuoso para a reforma, o resultado é mais do mesmo governo causando muitos dos mesmos problemas.

O derretimento do aquecimento global

Hoje há apenas uma emergência e ela é a mudança climática. O maior ataque de todos os tempos contra nossos direitos e liberdade é irrelevante para aqueles que advertem sobre o apocalipse vindouro.

Mas esse foco consensual na causa errada não está apenas lubrificando as engrenagens da globalização, ele está também lubrificando a sociedade civil para uma mudança almejada, tanto que o ativismo se tornou o canal de disseminação das políticas globais.

Políticas que normalmente seriam evitadas pelos ativistas são adotadas com total indiscrição. Assim como aqueles que normalmente manteriam suas bocas fechadas e não se aventurariam a pensar em voz alta recebem um alto-falante para nos enganar, até que sua opinião de alta visibilidade se torne nosso mandato para mudança. Esse sermão de um rebelde suburbano, amplificado pela mídia corporativa e aplaudido nos púlpitos políticos, acaba arruinando todos os quadrantes da sociedade com sua postura, até que todos estejam recitando o mesmo fim do mundo, a mesma degradação, o mesmo histrionismo e estejam oferecendo aos deuses seu próprio virtuosismo moral como a cura para todos os problemas do mundo. Como regra geral, o mais mortalmente ofendido recebe a maior cobertura da mídia.

ONGs e a classe bilionária

A maior esfera de influência sobre o ativismo são as ONGs e as grandes fundações.

A Bloomberg Philanthropies financia ativistas que fazem campanha em questões tão diversas quanto os direitos LGBTQ ao controle de armas.

A Fundação Bill e Melinda Gates canaliza milhões de dólares para várias ONGs que reprimem a liberdade de expressão online.

O homem mais perigoso da Babilônia, no entanto, é George Soros, cuja Fundação Open Society está presente em todos os lugares onde há agitação civil, desde o Extinction Rebellion ao golpe ucraniano de 2014 de grupos anti-Brexit até ONGs minando a soberania nacional da Índia.

Quando não está patrocinando a agitação civil, Soros também pode ser encontrado no epicentro das guerras culturais, financiando a teoria racial crítica nas salas de aula dos EUA e normalizando a disforia e a reatribuição de gênero de crianças a partir dos 5.

Soros entende que a propensão das pessoas comuns a um mundo mais justo e inclusivo é uma força poderosa para o tipo errado de mudança.

E que melhor maneira de desabafar sua frustração com o sistema do que se juntar a um dos vários programas de estágio criados no complexo industrial de ONGs que explora o desejo das pessoas por um mundo mais igualitário, dando-lhes um curso em ativismo, equivalendo a pouco mais do que lavagem da reputação suja das elites fazendo-as parecer exemplos absolutamente limpinhos da esfera pública, enquanto forçam a expansão dos limites das políticas globais que estão mudando nossos horizontes constitucionais para uma ordem mundial tecnocrática.

Soros admite abertamente que vê o nacionalismo como o grande inimigo de uma sociedade aberta. Lançar em Davos 2020 um programa interuniversitário de US$1 bilhão que ensina sobre as armadilhas do nacionalismo representa mais um passo na captura ideológica de nossas instituições educacionais pelo marxismo cultural. Doutrinar as gerações futuras nas ideologias da classe predadora, disfarçada de reforma social, é o que realmente está acontecendo aqui.

O Complexo Industrial Climático

Se você quiser saber como a ciência atingiu um consenso, basta olhar para o esquema climático multibilionário, avaliado em US$ 632 bilhões em 2020, e previsto para atingir surpreendentes US$4 trilhões até 2030.

Esse tipo de estímulo compra muito barulho, artigos científicos, ativismo e o todo o resto. Mas também ajuda a encobrir tudo o que está sendo introduzido pela porta dos fundos das políticas climáticas, da tributação para salvar o mundo à apropriação indevida de recursos à um governo mundial.

Em uma extremidade da extorsão, estão os vendedores do apocalipse nos dizendo que o fim está próximo. Do outro lado estão os investidores institucionais, blue chips e corporações multinacionais de energia. A máfia, controlada pela classe bilionária, exige soluções, e a classe bilionária implementa sua agenda.

Que Larry Fink, CEO da Blackrock, tenha assumido a luta dos ativistas climáticos revela inconsistências com a realidade que são impossíveis de conciliar. A Blackrock, junto com a Vanguard, domina todas as facetas de nossas vidas diárias, controlando tudo o que comemos, bebemos, vestimos ou usamos.

Formas de vida baseadas em carbono

A guerra contra o carbono é, de fato, uma guerra contra a vida e se Fink e Soros conseguirem o que querem, a humanidade será o carbono que será eliminado. Afinal, somos formas de vida baseadas em carbono. O carbono é a base química de toda a vida na Terra. Com mais dióxido de carbono na atmosfera, temos mais fotossíntese e, portanto, mais plantas.

O clima está mudando realmente, mas está ficando mais frio – estamos tendo um dos climas mais frios já registrados, que é chamado de Grande Mínimo Solar. Estas são mudanças em nossos sistemas climáticos para as quais as pessoas não estão preparadas.

Elas estão despreparadas porque a mudança climática é mais do que apenas um negócio. Para os destituídos moral e ideologicamente, é uma ordem espiritual mundial de proporções bíblicas, como foi originalmente pretendido pelo homem que colocou a ONU no negócio da mudança climática – o bilionário magnata do petróleo Maurice Strong.

Em 1994, Strong, juntamente com o ex-líder supremo do comunismo mundial, escreveu a Carta da Terra para consagrar o movimento ambientalista como um culto genuíno da Nova Era. Como Strong colocou sucintamente: ‘O verdadeiro objetivo da Carta da Terra é que ela de fato se torne como os Dez Mandamentos.’

Realidade falsificada

Faça chuva ou faça sol, apocalipse climático ou grande mínimo solar, os ativistas continuam a lutar no alto de sua superioridade moral, e continuam a ser iludidos. Para esses livres pensadores rebeldes, é mais importante estar na mesma página da narrativa predominante do que estar no lado certo da história.

Isso porque a gentrificação de nossos movimentos de base tornou inoperante a capacidade das pessoas de superar as perplexidades sociopolíticas, a tal ponto que elas não conseguem mais reconhecer o que é tirania ou tomar quaisquer medidas para responsabilizar seus tiranetes.

Enlouquecidos por nossos movimentos sociais, os virtuosos gênios do crime que administram a Planet Earth Plc construíram para si uma impressora industrial de falsificação, que cospe causas ativistas mastigadas, para nos manter perto de nossa moralidade, mas não perto o suficiente para inviabilizar o esquema deles.

 

 

Artigo original aqui

 

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