Atualmente, é polêmico demais ter determinadas opiniões sobre determinados assuntos. Você não pode se manifestar sobre certas questões, a não ser que sua opinião pessoal esteja perfeitamente alinhada com aquilo que foi estabelecido como consenso. Vivemos em uma época excepcionalmente autoritária, onde as pessoas não estão autorizadas a ter as suas próprias opiniões. O que você fala tem que estar, necessariamente, alinhado com aquilo que a televisão expressa, com aquilo que a academia sacraliza e com aquilo que o status quo vigente determina como sendo o padrão “correto”. Se você opina sobre determinado assunto, mas sua opinião diverge do consenso estabelecido, você pode ter sérios problemas.
Vamos a alguns exemplos.
Se você afirmar que mulheres não deveriam ser promíscuas, que não deveriam exibir seus corpos seminus nas redes sociais e que (heresia das heresias) deveriam se casar virgens, você vai ser considerado — além de uma pessoa antiquada e retrógrada — um reacionário machista e sexista, que quer reprimir as mulheres e controlar as suas vidas.
Não, você não pode ter uma opinião tão conservadora assim, no ocidente liberal-progressista do século XXI. Você pode ter muitas opiniões, mas essa opinião em particular, você não deve possuir.
Você tem que achar a promiscuidade feminina linda e maravilhosa. Deve celebrar as mulheres “empoderadas” (termo tendencioso, porém hilário) que se exibem seminuas nas redes sociais, com roupas sensuais que muitas vezes só cobrem as partes íntimas, deve considerar maravilhosa a cultura da libertinagem que estimula relações sexuais no primeiro encontro e deve apoiar, sem restrições, de forma totalmente incondicional, a luta da sororidade feminina contra o patriarcado opressor, machista e sexista, que — de acordo com a narrativa oficial dominante —, supostamente controla a sociedade.
Se você manifesta sua opinião contra o homossexualismo, afirmando que acha horrível e degradante ver dois homens juntos, de mãos dadas, ou que considera incompatível com a natureza masculina um homem se vestir com roupas coloridas e demonstrar maneirismos afeminados, você será acusado de ser um homofóbico fascista e intolerante, que está prestes a pegar um fuzil, e alvejar todos os homossexuais que encontrar.
Não, você não pode ter uma opinião tão conservadora assim, no ocidente liberal-progressista do século XXI. Atualmente, você deve se sentir totalmente à vontade para vestir roupas cintilantes, abraçar a ideologia do “mais amor, menos ódio” e agitar a sua bandeira com as cores do arco-íris, na próxima parada LGBT da sua cidade. E não esqueça também da camiseta com o slogan “menos armas, mais livros”, para se integrar melhor à sociedade progressista.
Você também não pode manifestar nenhuma solidariedade aos palestinos, vítimas de um estado totalitário brutal, bélico e genocida, de caráter supremacista, que pratica um aparthaid segregacionista (política da hafrada) em seu território e os trata abertamente como cidadãos de segunda classe (e em determinadas circunstâncias, como criaturas totalmente descartáveis). Se você expressar alguma crítica ao implacável e truculento governo de Israel, você será imediatamente classificado como um antissemita radical, que pretende exterminar os judeus e erradicá-los da face da Terra. E, na sequência, você será comparado aos nazistas.
Portanto, lembre-se: o estado de Israel e as forças armadas israelenses são organizações completamente puras, benignas e sacrossantas. Exemplo de ética, sensibilidade e benevolência sem igual sobre a face da Terra. De 1948 até os tempos atuais, eles nunca fizeram absolutamente nada de perverso ou errado. Israel é sempre vítima, nunca é o vilão. Os palestinos é que são os sujeitos malvados e perigosos (apesar de não possuírem exército). Contra eles, qualquer agressão é justificada, inclusive o morticínio de crianças e idosos. Bombardeie os palestinos sem dó nem piedade, mas não expresse uma única crítica sequer ao governo israelense, tampouco ao establishment pró-Israel ou a mídia sionista. Isso é um crime imperdoável. Mas explodir residências de cidadãos palestinos e matar civis inocentes na Faixa de Gaza (ou na Cisjordânia) é algo que pode ser realizado sem a menor objeção. Afinal, não é crueldade ou mortandade gratuita se foi executado pelas graciosas e gentis forças armadas israelenses. É, digamos, “genocídio do bem”. Na pior das hipóteses, apenas e tão somente um desafortunado “dano colateral”.
Enfim, acredito que o leitor entendeu o recado. Existem opiniões que você simplesmente não está autorizado a possuir, atualmente. Caso as possua, deve guardá-las para si. Proferi-las exige muita coragem, visto que você será invariavelmente soterrado por uma quantidade avassaladora de críticas, e em certos casos ficará até mesmo suscetível a retaliações (como ser processado pelo estado de exceção progressista ou até mesmo perder o emprego).
De fato, é necessário ter muita coragem atualmente, para expressar opiniões próprias e se opor à ditadura do consenso, habituada a criminalizar cada vez mais opiniões consideradas “polêmicas”, “controversas” ou “perigosas”. É fundamental enfatizar que, atualmente, a simples divergência é classificada como “crime de ódio”. Algo totalmente vago, que pode literalmente significar qualquer coisa.
A sociedade atual, de certa forma, possui uma espécie de “regulamentação” (informal, à nível social, e formal, à nível jurídico) sobre as opiniões que podem ser aceitas e amplamente debatidas, e as opiniões que devem não apenas ser totalmente condenadas e rechaçadas, como devem ser ostensivamente proibidas por lei. Aqueles que possuem, professam ou simplesmente exprimem as tais opiniões consideradas “proibidas” devem ser censurados e exemplarmente punidos por possuírem e difundirem tais opiniões.
Bom, para todos os legisladores e reguladores das opiniões alheias, eu tenho uma novidade incrível para compartilhar com vocês. Ainda que vocês não reconheçam, existe uma coisa chamada liberdade, que é defendida por alguns poucos indivíduos corajosos, na atual sociedade do consenso. E a liberdade é polêmica, é controversa e, definitivamente, ela não é politicamente correta.
Se tem uma coisa que os reguladores das opiniões alheias e os ativistas pró-totalitarismo jamais aprenderão, é que a liberdade não pode ser regulamentada. Como essas pessoas não entendem absolutamente nada sobre ética, elas não conseguem perceber como é imoral e autoritário tentar regulamentar as crenças e as opiniões alheias, assim como é ostensivamente criminoso tentar impedir as pessoas de expressarem as suas opiniões.
Como eu já escrevi em artigo anterior, a ideologia que atualmente dá as cartas do jogo é a ideologia progressista politicamente correta. Atualmente, qualquer opinião que pareça divergir minimamente do consenso imposto pela ditadura progressista vigente é severamente punida.
Nos últimos anos, temos percebido como militantes, políticos e ideólogos progressistas tem moldado o corpo legislativo do país para refletir os valores politicamente corretos. De maneira que uma espécie de guerra foi declarada contra todos aqueles que não são subservientes à agenda progressista.
No entanto, é fundamental compreender uma coisa: é imoral e antiético desrespeitar a liberdade alheia ou tentar regulá-la (até porque essa regulação é realizada à revelia dos cidadãos). Adicionalmente, não interessa se a hostilidade com relação à liberdade parte do governo, de legislação restritiva ou de militantes com mentalidade autoritária e tirânica. De um jeito ou de outro, é censura arbitrária. E censura não deve ser tolerada, deve ser combatida.
Outra coisa que pessoas de mentalidade autoritária — intransigentes em reconhecer os direitos individuais de terceiros — são incapazes de compreender, é que, quando constrangida, a liberdade (pela virtude dos indivíduos inclinados a defendê-la) invariavelmente executará um movimento natural para desmantelar a tirania que a restringe.
Portanto, toda e qualquer restrição autoritária — como um ato de censura, por exemplo —, servirá, naturalmente, como um catalisador de conflito, que vai eclodir como consequência da luta por liberdade.
A luta por liberdade é sempre legítima, visto que ela é uma condição vital tanto para a existência do indivíduo, como também para a sua felicidade e realização pessoal. O indivíduo que é privado de sua liberdade — ou de parte dela — está legitimado a lutar para recuperá-la. Afinal, quem é destituído de sua liberdade é simplesmente um escravo.
A liberdade é uma condição tão fundamental que ela não precisa ser justificada. Apenas reconhecida e respeitada. Infelizmente, vivemos em tempos tão absurdamente totalitários, que a liberdade tem que ser justificada o tempo inteiro. Para piorar essa situação, as massas foram tão ostensivamente doutrinadas pela onipotência estatal, que a maioria das pessoas acha perfeitamente normal toda a hiper-regulação e o microgerenciamento governamental que existe sobre as suas vidas.
Grande parte da população acha perfeitamente normal ter que obedecer ao governo o tempo inteiro, sem qualquer contestação ou questionamento, ter que fornecer documentos e requerimentos quando adquire algum produto ou solicita algum serviço, ter a obrigação de dar parte da sua receita para o governo, ter que pedir permissão da prefeitura para fazer reformas na própria residência, ou ter que preencher um enorme formulário para cortar uma árvore que está na frente da sua casa.
Seja para uma vistoria no trânsito, ou na hora de adquirir uma arma, ou para tirar a carteira de motorista, a maioria das pessoas foi condicionada a ser totalmente subserviente às autoridades estabelecidas. Todos devemos obedecer à uma sempre crescente quantidade de regras, regras, regras e mais regras, que nos foram impostas arbitrariamente. Invariavelmente, o populacho passou a considerar perfeitamente natural toda e qualquer regulação do governo em praticamente todos os aspectos, e em todas as etapas, de suas vidas.
Basicamente, a população se acostumou a não ter liberdade. E atualmente, na era das interações digitais, as pessoas estão gradualmente abdicando da privacidade, sem perceber.
Isso é consequência do fato de que, nas últimas décadas, governos no mundo inteiro avançaram de forma irrefreável e sistemática sobre as liberdades individuais. E continuam avançando. E a mídia corporativa mainstream colaborou ativamente para normalizar essa condição.
A liberdade, no entanto, não apenas é eticamente superior à tirania, como produz resultados muito mais benéficos e positivos.
Mas, se a liberdade é superior a tirania, por que existem tantos grupos e tantas pessoas na sociedade contemporânea dispostas a investir contra a liberdade alheia?
Há um tempo considerável, as massas vem sendo doutrinadas para acreditar que a liberdade é perigosa, que o indivíduo deixado “fora de controle” oferece riscos aos seus semelhantes, e que ele deve ser rigidamente controlado pelo governo, para evitar que pratique perversidades ou atos criminosos.
Basicamente, as pessoas foram levadas a acreditar que o indivíduo é frequentemente perigoso, mas um grupo de indivíduos que se autointitula “governo” será invariavelmente bom, só vai fazer coisas boas, e portanto deve ser obedecido.
Além do medo patológico pela liberdade que as massas foram condicionadas a desenvolver, muitas pessoas são motivadas a atentar contra a liberdade alheia por três motivos:
1) O desejo inerente de subjugar opositores políticos e ideológicos.
2) Tentativa de coibir o diálogo aberto e o livre pensamento, o que compromete o estabelecimento e a eventual manutenção da ditadura do consenso.
2) O medo patológico da liberdade, que está profundamente enraizado nas massas.
De fato, muitas pessoas possuem uma natural ojeriza pela liberdade, e dão preferência pela segurança. Essa segurança pode ser até mesmo de caráter emocional e psicológico. Muito disso se deve à doutrinação formal que as pessoas sofrem desde a infância (e que começa no sistema escolar de “ensino”) e a programação recorrente que as massas recebem diariamente da mídia corporativa mainstream, que diz no que as pessoas devem ou não acreditar, com o que elas devem ou não concordar, quem está certo e quem está errado, quem é o vilão e quem é o herói de uma disputa e como elas devem repudiar com veemência qualquer pessoa que expressa discordância com relação às “verdades absolutas” estabelecidas pela imprensa oficial.
Quem tem o mínimo de capacidade analítica e consegue raciocinar por conta própria sabe perfeitamente que o que a mídia corporativa mainstream faz diariamente nas massas é lavagem cerebral. As pessoas não são ensinadas a pensar, raciocinar ou contestar. A mídia corporativa de massa não estimula o pensamento livre e independente, muito pelo contrário — a televisão doutrina sistematicamente as pessoas para acreditarem cegamente em tudo o que é veiculado nos canais abertos. As massas são ostensivamente doutrinadas e manipuladas. Elas ligam a televisão para serem programadas, não para serem informadas. Infelizmente, a maioria das pessoas não possui discernimento para perceber isso.
Há uma famosa citação de Noam Chomsky que resume isso muito bem:
“O propósito da mídia não é o de informar o que acontece, mas sim o de moldar a opinião pública de acordo com a vontade do poder corporativo dominante.”
Evidentemente, pessoas que pensam, pesquisam e raciocinam por conta própria — usando sua capacidade dedutiva para chegar a uma conclusão lógica à respeito de um determinado assunto — serão minoria, em uma sociedade de manipulados. Aqueles que estão de acordo com o consenso sempre considerarão anormal alguém que está no pleno domínio de suas faculdades mentais. Não seguir a maioria, não fazer exatamente o que elas fazem, não ser apenas e tão simplesmente mais um cidadão submisso, servil e obediente, que renunciou à sua capacidade de pensar apenas para cumprir ordens sem contestar, é uma atitude que deixa as massas desconcertadas. Isso é uma consequência natural da doutrinação sistemática a que elas foram submetidas, e se sujeitaram à vida inteira.
A verdade é que, aqueles que pensam, efetivamente, sempre serão a minoria. As pessoas que pensam, raciocinam e usam de lógica e discernimento nunca serão a maioria em qualquer sociedade, em nenhum lugar, nação ou país do mundo.
O estado moderno (especialmente o estado de bem-estar social) infantilizou tanto as pessoas, que elas recorrem ao governo até mesmo em busca de segurança emocional. Elas se sentem confortáveis acreditando na ilusão de que o supremo, gracioso e benevolente deus-estado vai zelar pela proteção delas e de seus valores sociais.
Um militante progressista, por exemplo, pode se sentir mais seguro, tranquilo e confortável quando ele tem certeza de que alguém acusado de proferir “discurso de ódio” será penalizado pelas autoridades estabelecidas. Evidentemente, entende-se por “discurso de ódio” qualquer ideia, opinião, posicionamento, crença ou declaração que não está de acordo com a agenda ideológica progressista politicamente correta. E que, portanto, fere os sentimentos e as sensibilidades de quem é adepto dessa ideologia.
Perceba que o militante em questão não terá a sua vida alterada, nem para melhor nem para pior, simplesmente porque uma outra pessoa — que muito provavelmente ele nem conhece pessoalmente e está bem distante dele geograficamente — tem uma opinião diferente.
Mesmo assim, ele certamente acredita que determinados discursos devem ser regulados e certas ideias devem ser totalmente restritas. Afinal, as pessoas não podem sair por aí simplesmente falando o que querem. Portanto, ele certamente não verá problema algum quando alguém for censurado ou processado por ter supostamente proferido algo que foi considerado “discurso de ódio” pelas autoridades, sendo posteriormente punido por conta disso. Muito pelo contrário. O militante em questão muito provavelmente aprovaria tal ação por parte das autoridades.
Ou seja, apesar da opinião de uma pessoa que vive muito distante dele não fazer nenhuma diferença prática em sua vida, o militante progressista certamente apoia algum tipo de restrição à liberdade de expressão. De maneira que podemos concluir que — embora não admitam isso abertamente —, militantes progressistas são totalmente a favor da censura, visto que eles apoiam punição estatal para quem proferir opiniões ou defender crenças que não estão de acordo com a sua preciosa ideologia de estimação.
De maneira que podemos entender, por associação a esse tipo de comportamento, que essas pessoas desejam ter a segurança emocional de que ninguém defenderá algo que não for previamente aprovado por elas e pela militância. Afinal, ninguém deve difundir ideias, conceitos ou conteúdo que não esteja perfeitamente alinhado com as convicções ideológicas progressistas. Quem tiver a ousadia de divergir da rigorosa ortodoxia politicamente correta, deve ser severamente punido.
A única coisa que essas pessoas ganham apoiando ativamente a censura de pessoas que não estão perfeitamente alinhadas com as suas ideias fantasiosas e delirantes é uma ilusória sensação de segurança, cujo caráter é unicamente de natureza emocional. A censura estatal dá a elas a segurança emocional de que as pessoas que defendem crenças e convicções que não foram ideologicamente aprovadas por elas sofrerão algum tipo de punição.
A fragilidade sentimental da militância é tão severa que muitos ambientes progressistas até mesmo dão avisos de “gatilho mental” ao seu público, sabendo que os floquinhos de neve poderão ficar histéricos com algumas cenas ou declarações de determinado discurso, filme, documentário ou peça teatral.
Portanto, podemos presumir inequivocamente que os floquinhos de neve tem um medo patológico da liberdade, dado que — através de suas ações histéricas e autoritárias — eles mostram, impreterivelmente, que desejam viver completamente seguros em um mundo onde ninguém diverge deles, onde ninguém contesta as suas crenças e os mandamentos sagrados da seita progressista são mantidos incólumes e invioláveis, devidamente resguardados e protegidos pelo estado, que está pronto para punir quem ousar se rebelar contra a preciosa e magnânima ideologia universitária da moda.
O ponto a ser enfatizado aqui é que a infantilidade e a fraqueza dessas pessoas são tão colossais, que elas estão exigindo até mesmo segurança emocional do estado. Afinal, quem deseja que pessoas sejam punidas porque contaram piadas, proferiram declarações, escreveram artigos ou publicaram em suas redes sociais textos que não estão perfeitamente alinhados à ideologia da moda, está, na prática, solicitando segurança emocional do estado.
O máximo que um artigo, uma piada, um discurso ou um texto pode lhe causar é uma reação emocional (e convenhamos, isso só acontecerá se você for fraco o suficiente para permitir isso). Artigos, piadas, discursos ou textos nunca serão crimes, não importa o seu conteúdo. Não é como levar um tiro, um soco ou ser atacado com uma faca. Isso de fato são crimes, pois atentam contra a vida e contra a integridade física do indivíduo. Piadas, artigos, textos ou discursos não machucam ninguém. A reação sentimental histérica e totalmente desproporcional dos floquinhos de neve a qualquer coisa que manifeste divergência para com a sua ideologia de estimação só mostra como essas pessoas são ostensivamente infantilizadas e emocionalmente fracas.
E isso é fácil de comprovar, visto que os floquinhos de neve têm enorme propensão a choramingar para o papai-estado por praticamente qualquer coisa. Essas pessoas acreditam que o MPF (Ministério Progressista Federal) tem o dever e a obrigação de censurar todo e qualquer conteúdo que lhes tenha provocado histeria e furor emocional, e o autor do conteúdo deve ser censurado e exemplarmente punido.
Infelizmente, os floquinhos de neve estão tão absorvidos pelo fantasioso universo da sua preciosa ideologia do arco-íris mágico, que eles perderam completamente o contato com a realidade. Eles foram tão doutrinados pela sua seita de paternalismo estatal compulsório, que realmente passaram a acreditar que o papai-estado tem o dever de censurar todo e qualquer conteúdo que não está de acordo com a doutrina politicamente correta. Então, trate de concordar com a ideologia da moda em tudo. Se você ousar possuir convicções próprias, se não for inteiramente submisso à ditadura do consenso ou, pior ainda, se cometer a audácia de proferir uma opinião divergente sobre assuntos controversos, aguarde um processo do Ministério do Arco-Íris em breve.
Todo esse paternalismo grotesco deixou os floquinhos de neve ostensivamente infantilizados, para além de qualquer possibilidade de recuperação. Em primeiro lugar, eles se tornaram absurdamente opressivos e autoritários. Não conseguem nem mesmo entender o simples fato de que qualquer pessoa tem o direito à liberdade. E isso, na prática, significa que todas as pessoas tem o direito de ter suas próprias crenças, opiniões e convicções, não importa quão “polêmicas” ou “controversas” elas pareçam.
Em função de toda a doutrinação e lavagem cerebral que sofreram — que os instigou a adotar uma postura infantil e irracional perante a vida (estão sempre clamando por “direitos”, segurança emocional e proteção institucional do estado paternalista) — e são altamente propensos a depender do governo para tudo, os floquinhos de neve progressistas desenvolveram um elevado senso de desprezo pela liberdade alheia, não reconhecendo os direitos individuais de quem não segue a ideologia do arco-íris mágico.
Em função do grau inenarrável e simplesmente absurdo de totalitarismo da seita progressista, é inevitável que os amantes da liberdade venham a se insurgir. Afinal, aqueles que são vítimas de perseguição e censura têm todo o direito de lutar contra a opressiva e despótica tirania da religião secular progressista politicamente correta.
O que os militantes não percebem é que eles são o problema. Eles não respeitam a liberdade alheia; consequentemente, é totalmente justificável que a ideologia dessas pessoas seja ostensivamente combatida e exposta pelo seu teor absurdamente totalitário. Pessoas que sofreram algum tipo de ataque injusto por parte da militância progressista ou que foram censuradas pela ditadura politicamente correta tem todas as razões e motivos para reagir e se insurgir contra a opressão totalitária de que são vítimas.
Em decorrência de sua histeria infantil, a militância progressista parece não entender que absolutamente ninguém no mundo tem a obrigação de agradá-los. Muitas pessoas não estão dispostas a abdicar da sua liberdade, simplesmente porque um bando de autoritários histéricos inseguros tem a pretensão de silenciar vozes dissidentes, com o objetivo de viver em um mundinho hermético, emocionalmente seguro, desprovido de “gatilhos emocionais”, que são acionados por pessoas cujo único “crime” é manifestar opiniões que não estão de acordo com a cartilha universitária da moda.
Como escrevi acima, e repito: a liberdade existe, e a liberdade é polêmica, controversa e definitivamente, ela não é politicamente correta. Quem não reconhece isso, eventualmente vai ter que lidar com o fato de que insurreições em nome da liberdade foram recorrentes ao longo da história. E elas continuarão a ocorrer, aonde quer que existam pessoas sendo perseguidas, processadas e censuradas injustamente. Afinal, qualquer pessoa tem o direito inalienável de possuir suas próprias opiniões — incluindo opiniões consideradas polêmicas — sem ter obrigação nenhuma de se curvar a coletivos despóticos e a autoridades tirânicas, tampouco alterar suas crenças e convicções para agradar terceiros.
O que os floquinhos de neve não conseguem entender é que a liberdade não vai deixar de existir — assim como todos aqueles que a defendem e lutam por ela —, simplesmente para agradar coletivos histéricos, caracterizados primariamente por um medo patológico da liberdade e da existência de ideias, filosofias, crenças e convicções que não estão de acordo com a insanidade politicamente correta.
Portanto, as pessoas podem, sim, ter opiniões polêmicas e defender coisas como racismo, preconceito, discriminação, consumo de carne, armamento civil e fundamentalismo cristão, entre outras coisas que deixam os floquinhos de neve demasiadamente histéricos e emocionalmente exasperados. A verdade é que ninguém pode ser criminalizado simplesmente por ter uma opinião que não está de acordo com a cartilha ideológica progressista ou por defender posicionamentos e convicções que destoam das normas sociais vigentes.
Infelizmente, conceitos coerentes, construtivos e benevolentes — como liberdade e respeito pelos direitos individuais — são coisas que estão muito longe do horizonte progressista, tirânico, irracional, coletivista e autoritário demais para compreender qualquer coisa de natureza ética, filosófica e intelectual. Até porque o progressismo é ostensivamente bestial, animalesco e perverso, sendo, em sua essência, uma revolta contra a realidade.
Não vou me curvar a um movimento que se recusa a aceitar a realidade como ela efetivamente se apresenta, e que relativiza até mesmo as diferenças existentes entre homens e mulheres, apesar destas diferenças serem drasticamente evidentes, em todos os sentidos possíveis — do físico ao emocional, do biológico ao social.
A verdade é que o retorno à racionalidade, à sensatez, à prudência e a normalidade é análogo à erradicação sumária da ideologia progressista. A civilização demanda o progresso. O progressismo, por sua vez, demanda irracionalidade e loucura patológica, em todos os sentidos possíveis e imagináveis.
A liberdade é moralmente superior. Só que sem censura não existe moralidade. De forma que que o pensamento progressista atual só triunfou porque o excesso de apego à liberdade como um fim em si mesmo, tornou a necessária censura um crime. E este artigo mostra bem isso. Se os progressistas não querem saber mais de liberdade, qualquer movimento que faça a liberdade o fim desejável, é utópico e seus defensores um exército brancaleone.
Eu jamais me tornaria libertário lendo um artigo como este. Nada contra. É bem escrito e tem bons argumentos. Eu li vários deste tipo. Foda-se a liberdade. O que move o libertarianismo é o ódio ao estado. É por isso que fora do ódio de Murray Fucking Rothbard à gangue de ladrões em larga escala não tem salvação.
E viva a liberdade!
No seu longo comentário vc escreve “foda-se a liberdade” e termina com “E viva a liberdade”. Realmente, vc não bate bem da cabeça. A gente ODEIA a máfia, porque ela nos priva de buscar nossa felicidade em paz, de enriquecer em paz e de ser livre. O ser humano quer expandir seus ponteciais criativos e suas possibilidades de viver a vida da melhor forma possível e conquistar sua melhor versão. Não seja louco e contraditório como Paulo Kogos.
Quem não bate bem da cabeça é você, que não entende as sutilezas de um texto…
O que é a liberdade? Nada. Mas é tudo… Eu poderia dizer exatamente desta forma. De maneira que foda-se a liberdade de expressão, os livres mercados e a liberdade. Liberdade, liberdade bla bla bla parecem papagaios protestantes que perguntam: onde está na biblia? Onde está na bíblia? Quer “ampliar teu potencial criativo”? Vai fumar um beck.
O papai estado não me deixa deixa ser feliz… e se deixar?
Sem um ódio puro, visceral e que seja parte intrínseca da personalidade lapidada através das ideias e do exemplo de vida de Murray N. Rothbard não se chega a lugar nenhum.
O autor se mostra bastante surpreso com o fato de um determinado grupo impor suas idéias aos demais e assim tolher sua liberdade.
Se olhasse a história com um pouquinho mais de atenção, veria que essa é a norma, não a exceção. Só que em outros momentos da história os grupos que impunham padrões de comportamento e de expressão estavam em outros pontos do espectro ideológico.
A maioria das pessoas, sempre e por toda parte, são insensatas e tolas. E o chamado Estado do bem-estar e o sistema de ensino “público” contribuem para que a população se torne ainda mais estúpida. Eles não pensam por si só, mas sim rezam somente aquilo que a elite prega. E a elite tem todo o interesse em manter já várias vezes a massa tola, pois assim elas aproveitam desta tolice.
(Hans-Hermann Hoppe)
“Eles não querem que seus filhos recebam educação.
Eles não querem que você pense muito.
É por isso que em todo o mundo tem se proliferado o entretenimento, a mídia, os programas de TV, os parques de diversões, as drogas, o álcool e todo tipo de entretenimento que possa manter a mente humana ocupada para que você não atrapalhe o caminho dos mais importantes por pensar demais.
É bom que você acorde e entenda que tem gente manobrando a sua vida sem que você ao menos se dê conta disso.”
(LIVRO: Matrix of Power: Secrets of World Control – Jordan Maxwell)
“A manipulação consciente e inteligente e controle mental dos hábitos e opiniões das massas desorganizadas é um elemento importante na sociedade dita “democrática”. Aqueles que manipulam esse mecanismo invisível de controle da sociedade constituem um governo invisível que é o verdadeiro poder dominante do nosso país (e do planeta). Nós somos governados, nossas mentes são moldadas, nossos gostos são formados, nossas idéias sugeridas, principalmente por homens e mulheres dos quais nunca ouvimos falar, porque operam abrigados por detrás das cortinas“.
(Edward Bernays)