Os Estados Unidos e outros países estão debatendo se devem admitir a Ucrânia na OTAN, o que, é claro, praticamente garantiria uma guerra nuclear total entre os Estados Unidos e a Rússia. Tenho uma ideia melhor: desmantelar esse velho dinossauro da Guerra Fria ou, pelo menos, os Estados Unidos deveriam se retirar dele, o que sem dúvida levaria ao seu fim de qualquer maneira.
A OTAN foi formada após a Segunda Guerra Mundial para proteger ostensivamente a Europa Ocidental de uma invasão pela União Soviética. A organização fazia parte da campanha geral da Guerra Fria de propagação do medo anticomunista que foi usada para converter os Estados Unidos em uma enorme nação de segurança nacional e inteligência militar.
A União Soviética, que — não esqueçamos — foi parceira e aliada dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, foi totalmente devastada ao final da guerra, devido à massiva invasão mortal e destrutiva do país pelas forças nazistas. Assim, a ideia de que a União Soviética pretendia invadir a Europa Ocidental sempre foi ridícula, especialmente porque era quase certo que os Estados Unidos viriam em defesa da Europa Ocidental. Por que os soviéticos iriam querer ir à guerra contra a única nação que tinha bombas nucleares e a disposição de usá-las contra cidades populosas?
A noção de que os soviéticos iriam invadir a Europa Ocidental baseava-se na recusa da União Soviética em encerrar suas brutais ocupações militares na Europa Oriental e na Alemanha Oriental. O que as autoridades americanas esqueceram convenientemente é que o presidente Franklin Roosevelt havia concordado que os soviéticos poderiam manter o controle sobre esses países para servir como um amortecedor contra futuras invasões alemãs em seu país.
Independentemente de que lado alguém esteja no esquema da Guerra Fria que tanto beneficiou o Pentágono, o complexo militar-industrial, a CIA e a NSA com poder cada vez maior e generosidade financiada pelos contribuintes, uma coisa é clara: Com o fim da Guerra Fria e o desmantelamento da União Soviética, a justificativa para a OTAN existir chegou ao fim imediatamente. Nesse ponto, o velho dinossauro da Guerra Fria deveria ter sido abatido.
Mas, como todos sabem, não é isso que acontece com as grandes entidades burocráticas de longa data. Em vez disso, eles lutam com unhas e dentes para continuar existindo, buscando desesperadamente novas justificativas para fazê-lo. Foi o que fez a OTAN, que, claro, estava operando sob o controle do Pentágono.
Infelizmente, mas não surpreendentemente, os burocratas da OTAN-Pentágono não estavam dispostos a se contentar com a mera existência continuada. Eles estavam decididos a reviver seu antigo esquema da Guerra Fria, especialmente porque sabiam que seu novo esquema de “guerra contra o terrorismo” provavelmente começaria a fracassar no futuro.
Foi quando eles começaram a usar a OTAN para absorver ex-membros do Pacto de Varsóvia, o que lhes permitiria instalar bases militares, mísseis, tropas e armamentos dos EUA cada vez mais perto das fronteiras da Rússia. Eles sabiam que em algum momento a Rússia reagiria e – voila! – eles teriam de volta seu antigo esquema da Guerra Fria, junto com todo o ódio anti-Rússia e o medo que eles iriam, mais uma vez, inculcar nas mentes do povo americano.
Ninguém pode negar que essa foi uma grande e nova história de “sucesso” da Guerra Fria. A única coisa que falta é outra cruzada anticomunista. Mas, ei, não se preocupe – eles têm a China Comuna para isso.
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Os bichos papão da vez são a Rússia e a China. Os serviços de inteligência fazem um ótimo trabalho ao colocar a Rússia como o invasor, e não os países da OTAN e os EUA como os que começaram às provocações sem limites, chegando inclusive a ponto de financiar massivamente o golpe interno ma Ucrânia no ano de 2014, o Euromaidan.
O próprio serviço de inteligência americano e da OTAN admitiram que “estavam financiando para estimular às instituições democráticas da Ucrânia” desde os anos 90, logo depois da independencia do país, e claro, não há nenhum argumento que comprove que eles não estavam fazendo campanha política anti-Russia lá, fora acreditar ingenuamente que o serviço de inteligência americano estava fazendo caridade em terras estrangeiras, algo que eles não fazem nem em suas próprias terras, em 2008, com a cúpula dela em Bucareste, a OTAN já havia proclamado que a Ucrânia iria eventualmente fazer parte dela, com amplo apoio especial vinda dos EUA, Romênia, Polônia e Canadá, a Alemanha fez papel de moderada na reunião, mas está claro que ouve um acordo entre diversos políticos de lá para apoiar o golpe de 2014, o plano já havia sindo traçado pelos serviços de inteligência há muito tempo para preservar a continuação da guerra fria.