1. Inter-relações Econômicas
O Capítulo 18 de Keynes é chamado “A Teoria Geral do Emprego Reafirmada”. Esta “reafirmação” acaba sendo uma confusão ainda pior.
Na suposição de que “nós chegamos a um ponto onde nós podemos reunir juntos os tópicos de nosso argumento”, Keynes pensa que
“pode ser útil tornar claro quais elementos no sistema econômico nós tomamos como dados, quais são as variáveis independentes de nosso sistema e quais são as variáveis dependentes” (p. 245).
Agora economia se preocupa com avaliações humanas, decisões humanas e ações humanas. Tudo no sistema é uma variável. Nenhuma relação (a não ser que sejam duas formas de dizer a mesma coisa) é constante. Nada é permanentemente “dado”. Praticamente tudo pode ser uma variável “independente”, no sentido de que uma mudança pode originar nesse ponto. Quando uma mudança se originou em qualquer ponto, então a relação de quase todos os fatores são uma de dependência mútua, de interdependência.
“Nós tomamos como dado [Keynes continua] a habilidade e a quantidade disponível de trabalho existente, a qualidade e quantidade de equipamentos disponíveis existentes, a técnica existente, o grau de competição, os gostos e hábitos do consumidor, a estrutura social incluindo as forças que determinam a distribuição da renda nacional. Isso não quer dizer que nós assumimos estes fatores como constantes; mas meramente que, neste lugar e contexto, nós não consideramos ou levamos em conta os efeitos e as consequências das mudanças neles.” (Itálicos fornecidos, p. 245).
David McCord Wright argumenta que isso é, na verdade, o primeiro ponto na Teoria Geral onde Keynes afirma “as hipóteses básicas do seu modelo fundamental”; e ele usa o seguinte trecho em itálico para enfatizar o ponto “do modelo básico” no qual o sistema de Keynes repousa, “virtualmente todas as forças sociais dinâmicas são omitidas”.[1]
Frank H. Knight, depois de citar o mesmo trecho, assim como um trecho nas duas páginas seguintes (246-247), nas quais Keynes declara: “Então nós podemos às vezes considerar nossas variáveis independentes últimas como sendo” etc., segue suas citações por um comentário abrangente sobre todo o sistema Keynesiano:
“Certamente pareceria que se alguém está disposto a fazer suposições desse tipo junto com as já apontadas, a saber, de que há desemprego, que salários e preços não podem cair (mas são livres para subir), que salários não são influenciados pela oferta disponível de trabalho, que o preço dos serviços de capital é dependente somente na atitude especulativa da sociedade diante do dinheiro (i.e., diante dos preços gerais) e a quantidade de dinheiro fixada pelo decreto arbitrário de uma autoridade bancária central totalmente não influenciada tanto pela economia como pela demanda de capital – alguém deveria de fato encontrar pouca dificuldade em revolucionar a teoria econômica de qualquer maneira ou grau, ou então em racionalizar qualquer política que alguém possa achar atraente.”[2]
Na mesma página, Keynes continua:
“A divisão dos determinantes do sistema econômico nos dois grupos de fatores dados e variáveis independentes é, claro, bastante arbitrária de qualquer ponto de vista absoluto” (p. 247)
Isso é inteiramente verdade; e se Keynes tivesse reconhecido isso clara e consistentemente, toda Teoria Geral poderia não ter sido escrita. O que é “dado”, o que é uma “variável independente” e o que é uma “variável dependente,” depende inteiramente do problema o qual estamos lidando.
Análise econômica continuamente envolve a elaboração e o teste de hipóteses. Ela pergunta, por exemplo, se a e b são dados, qual será o valor de c, ou se a e c mudam, qual será o efeito em b etc.
A ilustração básica é, claro, a relação de oferta, demanda e preço. Se “oferta” é usado no sentido de quantidade suprida, e “demanda” no sentido de quantidade demandada, então uma mudança originada em qualquer um desses três fatores mudará o outro. Em outras palavras, se quaisquer dois desses três fatores são, por hipótese ou por suposição, as “variáveis independentes”, então o outro se torna, para a finalidade de resolver um problema particular sendo considerado, a “variável dependente”.
Se a oferta é usada no sentido de “programação” ou “curva” da oferta e demanda no sentido de “programação” ou “curva” da demanda, a análise econômica ortodoxa diria que uma mudança em uma delas não necessariamente muda a outra, embora uma alteração em qualquer um altere o preço; e que, em condições de perfeita concorrência, o preço não poderia mudar de forma independente, mas apenas como consequência da mudança na curva de oferta, na demanda ou em ambas. Isso, como podemos observar, é meramente uma consequência do significado de nossos termos. O nome completo da “curva de demanda”, por exemplo, é a curva de preço e quantidade demandada.
De qualquer forma, é característica da resolução de problemas econômicos que o que é “dado” seja determinado pela natureza do problema. As conclusões a respeito do que é dependente e o que é independente, o que é causa e o que é efeito, são determinadas pelo nosso ponto de partida selecionado arbitrariamente.
Ao comentar sobre o Capítulo 18 de Keynes, portanto, eu não farei novamente nenhuma análise detalhada dos fatores que Keynes entende como “variáveis independentes” e “variáveis dependentes”, o que ele entende como causa e efeito, respectivamente. Basta apenas estabelecer o ponto geral que a análise dele é arbitrária e implausível, e que às vezes claramente inverte causa e efeito.
Alguns comentários sobre algumas sentenças e passagens em particular, entretanto, parecem necessários.
“Dentro do quadro econômico que tomamos como dado, a renda nacional depende do volume de emprego, i.e., da quantidade de esforço atualmente dedicada à produção, no sentido de que há uma correlação única entre os dois.” (p. 246)
“Nosso objeto atual é descobrir o que determina em qualquer tempo a renda nacional de um dado sistema econômico e (o que é quase a mesma coisa) sua a quantidade de emprego.” (p. 247)
A renda nacional certamente não é a mesma coisa que a quantidade de emprego. Nem mesmo há uma “correlação única” entre elas. Os Estados Unidos com elevado desemprego teriam uma renda imensamente alta, tanto total ou per capita, que a Índia ou China com pleno emprego. E mesmo dentro de uma mesma nação, como os Estados Unidos, emprego e renda não aumentam e diminuem proporcionalmente necessariamente. Na medida que o emprego aumenta, a produção por homem empregado tende a cair. Na medida que o desemprego aumenta, a produção por homem empregado tende a aumentar. Isto ocorre parcialmente porque, quando o desemprego chega, são os trabalhadores menos eficientes que tendem a ser demitidos primeiro, e quando o emprego aumenta, são os menos eficientes (que aqueles que já estão empregados) que precisam ser contratados. Além disso, quando o emprego está garantido, e outros empregos são facilmente obtidos, há uma tendência de haver relaxação de esforço em parte dos trabalhadores, enquanto quando os empregos são inseguros, há um aumento de esforço individual.
Novamente, tanto a insistência em salários excessivos, como novas invenções e melhorias, podem forçar a substituição de trabalhadores por máquinas. Em um caso pode haver uma temporária queda de emprego sem qualquer queda de produção (ou renda total) correspondente. No outro caso pode haver nenhuma variação líquida de emprego, mas um aumento significativo de produção (e renda real). O “volume de emprego” não significa necessariamente “a quantidade de esforço atualmente dedicado à produção”. Parte do “esforço dedicado à produção” consiste em melhoria de capital, melhor administração, um melhor balanço de produção etc. “Pleno emprego” pode ocultar ineficiências brutas de produção, maus investimentos, produção desequilibrada de bens de consumo e lassidão. Todos os quais, Keynes ignora consistentemente.
“Mudanças na taxa de consumo estão, em geral, na mesma direção (apesar de menores em quantidade) que as mudanças na taxa de renda.” (Itálico de Keynes, p. 248)
Em outras palavras, quando a renda de um homem aumenta, ele consome mais; quanto mais sua renda aumenta, mais ele tende a consumir; e quando a renda de um homem diminui, ele consome menos! Tremenda descoberta, que merece todo o itálico que Keynes pode dar.
2. Desemprego “Estável”
O raciocínio de Keynes leva a conclusão lógica que deve haver flutuações violentas em preços e emprego. Mas estas flutuações violentas não parecem, de fato, ocorrer. Ao invés de concluir, entretanto, que deve haver algo de errado na sua própria análise, Keynes conclui que deve haver algo ilógico sobre realidades econômicas. Ele desenvolve uma teoria de forças estabilizadoras misteriosas.
“Em particular, é uma característica excepcional do sistema econômico em que nós vivemos que, embora ele esteja sujeito a flutuações severas acerca de produção e emprego, ele não é violentamente instável. Na verdade, ele parece ser capaz de permanecer em uma condição crônica de atividade subnormal por um período considerável sem quaisquer tendências acentuadas nem de recuperação, nem de completo colapso. Ademais, a evidência indica que pleno, ou aproximadamente pleno, emprego é de ocorrência rara ou de curta duração.” (pp. 249-250)
Isto é uma generalização abrangente de uma experiência comparativamente curta e especial. A condição de “desemprego estabilizado” comparativamente existiu nos Estados Unidos entre 1931 e 1939. Ele começou mais cedo na Grã-Bretanha, desde meados de 1925. E em ambos os casos a razão foi a mesma. As libras esterlinas britânicas, fora o ouro, caíram de uma paridade de US $4.86 para uma baixa de US $3.18 em fevereiro de 1920; ela tinha se recuperado fortemente e no final de 1924 e início de 1925 permaneceu em aproximadamente 10 por cento abaixo da paridade de ouro. Preços e salários tinham se ajustado eles mesmos para cima, entretanto, para um valor abaixo para a libra. Em abril de 1925, a Grã-Bretanha decidiu retornar a um padrão ouro pela paridade antiga de US $4.86. Esta decisão não teria sido desastrosa se os negócios e mão-de-obra tivessem se dado conta de suas implicações, que era que salários e preços teriam que voltar a cair novamente para compensar o aumento doméstico e internacional da libra. Mas a mão-de-obra organizada na Grã-Bretanha manteve-se intransigentemente contra a aceitação de quaisquer cortes nos salários. Foi precisamente porque o trabalho organizado na Grã-Bretanha seguiu o mesmo curso durante e após 1925 que Keynes aplaude na Teoria Geral que provocou o “desemprego estável” que ele deplora e considera como um atributo permanente do sistema econômico em que vivemos.
A mesma coisa é verdadeira nos Estados Unidos. Desemprego em massa prolongado foi especificadamente um fenômeno dos anos 1930. Como resultado da inflação da Primeira Guerra Mundial, preços por atacado em maio de 1920 alcançaram um pico de 248 por centro do nível de 1913. Então, veio a mais violenta quebra de preços registrada por esse período. Em meados de agosto do ano seguinte, 1921, o índice de preços por atacado tinha caído para 141. Isto resultou, temporariamente, em elevado desemprego. Mas, felizmente, os salários ainda estavam flexíveis. Em comparação com os preços por atacado, o seu declínio foi de fato comparativamente pequeno. Se nós compararmos os preços médios por atacado com os salários médios por hora em 1920 e 1922, nós encontramos que enquanto os preços caíram uma média de 38 por cento entre 1920 e 1922, os salários por hora caíram uma média de apenas 11 por cento. Mas isso foi o suficiente para permitir reajustes. Pela primavera de 1923, os Estados Unidos tinham atingido novos níveis elevados de produção industrial e havia escassez de mão-de-obra em muitas linhas.[3]
Em resumo, o desemprego “estabilizado” nos Estados Unidos nos anos 30, e na Grã-Bretanha no final dos anos 20 e nos anos 30, não foi uma característica permanente do “sistema econômico no qual vivemos”. Isso foi uma situação congelada temporariamente devido à própria inflexibilidade salarial que Keynes advoga. Isso não foi o resultado do laissez faire, mas o resultado de políticas de sindicato apoiadas por políticas do governo. E isso não foi um “equilíbrio de desemprego”, o que é uma contradição em termos, mas um desemprego congelado por política, por uma recusa em ajustar.
3. A Demanda por Trabalho é Elástica
“Quando há uma mudança no emprego, salários em dinheiro tendem a mudar na mesma direção que, mas não em grande desproporção à mudança de emprego; i.e., moderadas mudanças no emprego não estão associadas com maiores mudanças nos salários em dinheiro” (p. 251).
Isto é uma instância típica da inversão de Keynes de causa e efeitos típicos, ou normais. A coisa significante, na maioria das situações, é o efeito de mudanças nos salários sobre o emprego. Olhando por esse lado, o emprego tende, é claro, a mudar na direção oposta do que os salários. Se há desemprego em massa prolongado, como resultado da insistência dos sindicatos em salários por hora excessivos (em relação aos preços e produtividade marginal do trabalho), então uma queda destes salários em direção ao ponto de equilíbrio significará um aumento de emprego. Se, é claro, são os preços ao invés dos salários que estão acima do nível de equilíbrio, ou por alguma razão os salários tenham caído temporariamente abaixo do nível de equilíbrio, então um aumento na demanda por bens devido a uma queda nos preços, ou alguma outra mudança, ou algum aumento na demanda por trabalho devido a baixos salários, significará um aumento tanto de emprego como de salário. Neste caso especial, a relação apontada por Keynes deveria valer. Mas isto é uma situação comparativamente rara e breve. Muito mais frequentemente, é um ajuste descendente nos salários (ou um aumento gradual na produtividade homem-máquina por hora) que trará um aumento de emprego.
O que acontecerá, em resumo, depende da situação inicial de onde começamos; das suposições que nós fazemos acerca do estado prévio de desequilíbrio. Mas Keynes praticamente nunca afirma explicitamente suas suposições iniciais. Ele persistentemente trata situações anormais como normais, ou irremediavelmente confunde tudo ao chamar um estado de desequilíbrio de estado de equilíbrio.
Keynes está correto, entretanto não pelas razões que ele fornece, ao declarar que
“mudanças moderadas no emprego não estão associadas com grandes mudanças nos salários” (p. 251)
Uma forma muito mais esclarecedora de afirmar isto seria dizer que mudanças moderadas nos salários podem trazer mudanças muito maiores no emprego. Paul Douglas, como resultado de elaborados estudos estatísticos, chegou à conclusão de que a demanda por trabalho é altamente elástica – que um declínio de 1 por cento nos salários pode significar um aumento de 3 ou 4 por cento de emprego, quando os salários tiverem sido mantidos acima do ponto de produtividade marginal.[4] (Isto pode significar, inversamente, que um aumento de 1 por cento nos salários, sob condições similares, pode significar um decréscimo de 3 a 4 por cento no emprego). A. C. Pigou chegou à conclusão similar independentemente.[5]
(Eu pessoalmente não acredito que seja possível medir, seja por estatística ou dedução matemática, a “elasticidade” exata de demanda por quaisquer bens ou serviços. Um nome melhor para “elasticidade” de demanda seria capacidade de resposta de demanda. A última frase pelo menos torna mais claro que o que nós estamos falando são decisões e ações de empregadores e consumidores, e não alguma qualidade inerente no bem ou serviço propriamente dito. Mas na medida que mudanças de preço nunca podem ser assumidas como sendo a única razão para mudanças na quantidade demandada, e como “outras condições” [incluindo a “curva de demanda” ela própria] nunca podem ser seguramente assumidas como sendo exatamente as mesmas por quaisquer dois anos, dois dias ou dois momentos em sucessão, segue que a “elasticidade” ou capacidade de resposta de demanda nunca é precisamente mensurável. No que parece ser uma relação razoavelmente bastante persistente, entretanto, nós podemos ser razoavelmente justificados em basear políticas práticas.)
4. Estabilizar salários – ou emprego?
“Se a competição entre trabalhadores desempregados sempre levou a uma grande redução em salários, deveria haver instabilidade violenta nos níveis de preços… A unidade salarial pode ter que cair sem limite até que ela chegue em um ponto onde o efeito da abundância de dinheiro em termos de unidade salarial na taxa de juros seja suficiente para restaurar um nível de pleno emprego.” (p. 253)
Existem mais falácias nesta passagem das que o leitor provavelmente tenha paciência de examinar. Keynes aparentemente está tentando provar que se existisse livre competição entre trabalhadores, ao invés de inflexibilidade para baixo forçada por leis ou sindicatos, o resultado seria inevitavelmente e ilimitadamente violentas oscilações de preços.
A proposição é tão absurda como parece. Mudanças de preços normalmente acontecem primeiro, e então determinam mudanças de salários, ao invés de vice-versa. É muito melhor, quando a escolha pode ser feita, ter grandes oscilações de preços ao invés de grandes oscilações de produção e emprego. A tentativa de “estabilizar” preços agrícolas em níveis acima daqueles que seriam determinados por um mercado livre e competitivo, como a experiência americana provou tão dramaticamente, meramente deixa “excedentes” agrícolas não vendidos que se acumulam nos armazéns governamentais. A tentativa de estabilizar salários em níveis acima daqueles que seriam determinados por um mercado livre e competitivo deixa excedentes de desempregados que se acumulam no seguro de desemprego do governo ou rolos de alívio. Nós não estabilizamos a economia tentando segurar salários o que quer que seja que aconteça com os preços. Nós a desestabilizamos, e criamos o desemprego em massa que Keynes tanto deseja curar.
É significativo que os keynesianos não se atrevam a aplicar sua teoria em ambos sentidos. Eles não pedem que os salários sejam retidos quando os preços disparam, com o objetivo de estabilizar preços ao trazê-los para baixo novamente.
As teorias de salário de Keynes são úteis apenas como propaganda de sindicatos. As suas pretensões “científicas” são puro charlatanismo.
Na passagem citada acima da página 253 da Teoria Geral, Keynes arrasta-se sobre o efeito de uma redução de salários sobre a taxa de juros. Claro, a interconexão de todos os preços (ambos salários e taxas de juros são “preços” em um sentindo mais amplo) é tal que há alguma inter-relação entre salários e taxas de juros. Mas a inter-relação é tão complexa e para a maior parte tão indireta que uma discussão longa neste ponto seria uma digressão altamente irrelevante.
Nós já vimos como Keynes tinha uma teoria falsa de juros. Nós veremos em breve como ele também tinha uma teoria falsa de salários, uma teoria falsa de dinheiro, de crédito e uma teoria falsa de preços.
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Notas
[1] Science, 21 de novembro, 1958, p. 1259.
[2] The Canadian Journal of Economics and Political Science, fevereiro de 1937, pp. 120-121.
[3] Para uma consideração geral do que aconteceu com preços, salários e produtos em ambos, Grã-Bretanha e América nos anos vinte e trinta, o leitor pode consultar Benjamin M. Anderson, Economics and the Public Welfare (Nova Iorque: Van Nostrand, 1949)
[4] Paul H. Douglas, The Theory of Wages (Nova Iorque: Macmillan, 1934), pp. 113-158 e 501-502.
[5] A. C. Pigou, The Theory of Unemployment (Londres: Macmillan, 1933).