Como a miocardite se tornou o escândalo silencioso da vacinação contra a Covid

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26/09/2023

Começou devagar no início – uma enxurrada de relatos preocupantes de que algo não estava indo bem. Em janeiro de 2021, poucas semanas após o lançamento das vacinas COVID-19, os casos de miocardite começaram a surgir.

A miocardite – inflamação do músculo cardíaco – nunca havia sido associada a vacinas antes. Assim, quando 28 casos foram relatados ao sistema de notificação de eventos adversos de vacinas dos EUA (VAERS)[1] naquele mês, isso levantou suspeitas.

Em fevereiro, a gota d’água virou um córrego. O VAERS recebeu mais 64 notificações, incluindo duas mortes[2]. Então, em março, Israel[3] e os militares[4] começaram a relatar casos também.

Algo estranho estava acontecendo. Mas as autoridades ignoraram.

Em março, a FDA autorizou a vacina Johnson & Johnson sem mencionar a miocardite[5]. O CDC logo a recomendou para todos os adultos[6]. Faculdades e empresas passaram a obrigar as vacinas[7]. As coisas aconteciam na velocidade máxima.

A portas fechadas, porém, soavam os alarmes. O CDC reuniu-se com os militares para discutir os casos de miocardite em jovens[8]. Israel estava relatando dezenas de casos, inclusive em adolescentes[9]. O FDA sabia pela Pfizer que já havia quase 60 casos em seu banco de dados[10].

Mas, em público, foi negacionismo e rejeição. A diretora do CDC alegou que não tinha conhecimento de nenhum caso entre os militares[11]. A Pfizer escondeu seus números de banco de dados[12]. E o FDA autorizou a vacina da Pfizer para adolescentes em maio, sem menção à miocardite[13].

À medida que os relatos de miocardite inundavam o VAERS às centenas durante o verão[14], pessoas jovens e saudáveis continuaram sendo pressionadas a se vacinar. Decretos foram implementados em todo o país[15]. As autoridades disseram ao público que os benefícios superavam os riscos[16].

Mas os pacientes começaram a compartilhar suas histórias de serem hospitalizados com problemas cardíacos após a vacinação[17]. Pesquisadores começaram a publicar relatos de caso em revistas acadêmicas médicas[18]. E, ainda assim, o CDC minimizou publicamente as preocupações[19].

A portas fechadas, as autoridades traçaram estratégias para monitorar os relatos alarmantes[20]. Ampliaram os critérios para identificação de casos de miocardite[21]. Mais hospitais confirmaram ver casos incomuns em jovens vacinados[22].

Em junho, o FDA silenciosamente adicionou avisos sobre miocardite às fichas técnicas da vacina[23]. A notícia escorreu lentamente de que os conselheiros do CDC agora reconheceram uma “associação provável”[24].

Mas todo o escopo permaneceu obscuro. As autoridades se apegaram à narrativa de que os benefícios superavam os riscos[25]. Elas usaram dados incompletos e suposições cor-de-rosa para afirmar que as vacinas ainda valiam a pena para os jovens[26].

Milhões de adolescentes continuaram sendo pressionados a se vacinar durante o verão e o outono[27]. Ficou dolorosamente claro que o impulso para a vacinação generalizada tinha precedência sobre a transparência e a cautela.

Só em outubro de 2021 é que os alertas foram levados mais a sério. Os países nórdicos limitaram a vacina da Moderna devido a preocupações com a miocardite[28]. O FDA e o CDC foram forçados a abordar os riscos mais abertamente em reuniões[29].

Mas, ainda assim, eles avançaram com a expansão das vacinas para idades mais jovens[30]. As crianças de cinco anos começaram a ser vacinadas em novembro, apesar da completa falta de dados de segurança[31]. As doses de reforço foram promovidas para adolescentes contra o conselho dos seus homólogos europeus[32].

As evidências continuaram se acumulando em 2022 de que as vacinas estavam inflamando os corações[33]. Os jovens, quase todos do sexo masculino, estavam sofrendo desfechos graves[34]. O FDA aprovou totalmente as vacinas da Moderna e da Pfizer, com pouca menção à miocardite[35].

Reguladores em todo o mundo reduziram as recomendações para reforços em jovens à medida que mais sinais relativos à segurança surgiam[36]. Mas os EUA avançaram, permitindo até mesmo uma quarta dose antes que qualquer dado de teste estivesse disponível[37].

Três anos e mais de 1.600 relatórios VAERS confirmados mais tarde[38], o CDC finalmente admitiu publicamente que as vacinas de mRNA causam miocardite[39]. Mas as autoridades continuam a manter a posição de que os benefícios superam os riscos em todos os grupos[40].

No entanto, como os pesquisadores relatam ter encontrado anormalidades cardíacas meses depois[41], não está claro se o escopo completo dos riscos é conhecido. Alguns especialistas argumentam que a sociedade perdeu de vista o “primeiro, não faça mal” na pressa de vacinar toda uma população contra a Covid-19[42].

Por que os primeiros sinais de alerta foram descartados? Quantos acabaram prejudicados por sinais ignorados ou ocultados[43]? E por que o debate sobre a prudência vacinal continua sendo um tabu, apesar das evidências crescentes condenando políticas de imunização excessivamente amplas[44]?

Essa história está longe de acabar. À medida que mais estudos investigam efeitos a longo prazo e mortes possivelmente causadas por miocardite induzida por vacinas[45], as perguntas continuarão no ar.

As famílias afetadas para sempre querem prestação de contas. Reconhecimento de que os programas de vacinação em massa fracassaram em manter o consentimento informado[46]. E garantias de que “seguir cegamente a ciência” não voltará a prevalecer sobre a saúde dos indivíduos[47].

A miocardite acabou sendo a ponta do iceberg quando se tratou de subestimar os riscos vacinais[48]. Só o tempo dirá toda a extensão das vidas destruídas e perdidas na corrida para inocular o mundo[49].

Artigo original aqui

Veja aqui uma linha do tempo detalhada de tudo isto.

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Notas

[1] https://www.cdc.gov/vaccines/acip/meetings/downloads/slides-2021-06/03-COVID-Shimabukuro-508.pdf

[2] https://www.cdc.gov/vaccines/acip/meetings/downloads/slides-2021-02/28-03-01/05-covid-Shimabukuro.pdf

[3] https://www.fda.gov/media/144416/download

[4] https://childrenshealthdefense.org/defender/cdc-ignore-inquiry-military-covid-vaccine-injuries/

[5] https://www.fda.gov/news-events/press-announcements/fda-issues-emergency-use-authorization-third-covid-19-vaccine

[6] https://www.cdc.gov/media/releases/2021/s0303-COVID-19-Vaccines.html

[7] https://www.nytimes.com/2021/05/06/us/rutgers-vaccine-mandate.html

[8] https://childrenshealthdefense.org/wp-content/uploads/fauci-redacted-emails-041321.pdf