IV — Conforto, Angústia, Felicidade e Problemas

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Alcançar a paz de espírito é o processo duplo de maximizar a percepção de si e minimizar a consciência do ego.

 

 

Alcançar a paz de espírito é a tarefa dupla de tomar consciência da extensão da estupidez no mundo e decidir não aumentá-la ao recusar-se a nela permanecer.

 

 

Algo ruim pode ser menos ruim que pior, mas isso não o torna melhor.

 

 

Completude: o estado de espírito em que o sucesso não é um processo nem um evento, mas sim um estado de ser.

 

 

Felicidade: completude sem tédio.

 

 

Felicidade é a capacidade de se manter intrinsecamente motivado a existir.

 

 

A felicidade é a situação de deixar todas as expectativas sumirem mantendo a capacidade de se maravilhar.

 

 

A felicidade sem liberdade não é mais possível que a sabedoria sem conhecimento.

 

 

Se a melhor coisa que você pode dizer sobre algo é que ele seja um “mal necessário”, então trata-se de algo tão obviamente mau quanto desnecessário.

 

 

É necessário um bandido comum para cometer injustiças, mas é necessário um bandido excepcional para chamá-las de “justiça social”.

 

 

A liberdade é para a felicidade o que o oxigênio é para a vida.

 

 

Paciência é a capacidade de desfrutar da calma do tédio.

 

 

Paz de espírito é ceticismo sem amargura, desapego sem apatia, conforto sem deleite e foco sem tensão.

 

 

A paz de espírito é a capacidade de manter a intensidade do sentimento a partir de uma distância intelectual.

 

 

A perfeição é o horizonte da realização.

 

 

A perseverança é a arte de transformar ansiedade em entusiasmo.

 

 

O sofrimento é para a felicidade o que o esforço é para a realização.

 

 

A tecnologia está para a filosofia assim como o gozo do conforto está para o tolhimento da apatia.

 

 

A melhor maneira de transformar as pessoas em inimigas é convencê-las de que elas tenham direito à amizade umas das outras.

 

 

A existência da infelicidade no mundo desenvolvido não demonstra que o conforto material não seja uma condição necessária para a felicidade, mas sim que ele não é uma condição suficiente para ela.

 

 

O primeiro passo para derrotar o mal é parar de acreditar na necessidade dele.

 

 

O primeiro passo no caminho para o sucesso é parar de aceitar subsídios para o fracasso.

 

 

A chave para o conforto mental é livrar-se das expectativas esperançosas permanecendo aberto a surpresas agradáveis.

 

 

“O bem maior” é o eufemismo mais comum para o pior mal.

 

 

A fonte mais potente de miséria é a crença no direito à felicidade.

 

 

O fundamento psicológico da vida civilizada é a fruição da liberdade por si mesma.

 

 

A conquista final de um malfeitor é convencer as suas vítimas de que qualquer bem que cheguem a experienciar não teria sentido algum sem todo o mal que elas têm de suportar.

 

 

Aceitar um mal como necessário não é seguir a razão, mas silenciar a consciência.

 

 

Ser herói não é morrer pelo seu país, mas viver pelo seu mundo.

 

 

Afirmar que seja possível ser feliz sem ser livre é demonstrar que não se tem ideia do que a felicidade signifique.

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Jakub Bozydar Wisniewski
é membro do Mises Institute, professor assistente na Faculdade de Direito, Administração e Economia da Universidade de Wroclaw e um acadêmico afiliado e membro do Conselho de Administração do Ludwig von Mises Institute na Polônia. Ele possui mestrado em filosofia pela Universidade de Cambridge e doutorado em economia política pelo King's College London. Ele é o autor de The Economics of Law, Order, and Action: The Logic of Public Goods, Libertarian Quandaries e The Pith of Life: Aphorisms in Honor of Liberty. Ele é o ganhador do prêmio Douglas E. French do Mises Institute e o prêmio George and Joele Eddy. Seus principais interesses de pesquisa incluem a teoria do empreendedorismo, a teoria dos bens públicos, a metodologia da economia e a ética nos negócios.

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