V ― Estética, Cultura e Gosto

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Uma cultura comercial é uma tautologia. Uma cultura política é um oximoro.

 

 

Um tolo acredita que uma proibição possa eliminar a devassidão. Uma pessoa de razão sabe que isso pode aumentar a atração dela.

 

 

Um tolo acredita que o caminho para destruir a cultura seja comercializá-la. Uma pessoa de razão sabe que esse caminho é subsidiá-la.

 

 

Um grosseirão libertário é uma possibilidade, mas um cavalheiro estatista é uma contradição.

 

 

Um nacionalista é alguém que elogia ilusões regionais por medo de confrontar realidades estrangeiras.

 

 

A maturidade estética é a capacidade de ignorar deliberadamente a moda sem transformar isso numa declaração de moda.

 

 

Aforismo: o precário meio-termo entre a banalidade breve e a obscuridade condensada.

 

 

Acreditar que o estado possa promover a cultura é como acreditar que uma arma apontada para a cabeça de alguém seja uma oferta de cavalheiros.

 

 

Fronteira: a expressão geográfica do paroquialismo tribal.

 

 

Coletivismo: a prática de explorar os humanos em nome da humanidade.

 

 

Conformismo: suicídio intelectual em câmera lenta.

 

 

Cultura é a liberdade com orgulho do seu potencial. Decadência é a liberdade com vergonha do seu mau uso.

 

 

A cultura é a expressão estética da primazia do indivíduo.

 

 

A decadência não é um sintoma de usufruir de muita liberdade, mas sim de considerar a liberdade como garantida.

 

 

Ética sem estética é pregação. Estética sem ética é decadência.

 

 

A moda é para a beleza o que a propaganda é para a verdade.

 

 

O individualismo está para o coletivismo assim como a sociedade está para um rebanho.

 

 

A liberdade é para a cultura o que honestidade é para o caráter.

 

 

Nacionalismo: a curiosa ideia de que os preconceitos tribais sejam moralmente superiores aos valores universais.

 

 

Politicamente correto: a noção de que a habilidade argumentativa suprema seja a capacidade de expressar histeria indignada.

 

 

A maturidade social não consiste em aceitar costumes sociais, mas sim em customizar a aceitação social.

 

 

Cultura subsidiada é barbárie em negação.

 

 

O fato de o libertarianismo não se preocupar com questões de cultura não o torna mais fraco em razão de incompletude cultural, mas mais forte em razão da universalidade cultural.

 

 

O sinal mais comum de senso comum e decência comum é confiar na liberdade e abominar a violência.

 

 

A única garantia de liberdade de cultura é uma cultura de liberdade.

 

 

O mundo conhecerá a paz quando a ficção dos interesses nacionais for substituída pela realidade dos direitos individuais.

 

 

Há poucas coisas mais tragicomicamente embaraçosas que um aspirante a intelectual tentando bajular a si mesmo ao chafurdar-se em anedotas sobre a idiotice dos “caipiras”.

 

 

Tradição: o freio de emergência do progresso irrefletido.

 

 

Duas características inconfundíveis de qualquer sociedade bárbara são a desconfiança em relação aos comerciantes e o amor em relação aos militares.

 

 

A vulgaridade é para a cultura o que a crueldade é para a moral.

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Jakub Bozydar Wisniewski
é membro do Mises Institute, professor assistente na Faculdade de Direito, Administração e Economia da Universidade de Wroclaw e um acadêmico afiliado e membro do Conselho de Administração do Ludwig von Mises Institute na Polônia. Ele possui mestrado em filosofia pela Universidade de Cambridge e doutorado em economia política pelo King's College London. Ele é o autor de The Economics of Law, Order, and Action: The Logic of Public Goods, Libertarian Quandaries e The Pith of Life: Aphorisms in Honor of Liberty. Ele é o ganhador do prêmio Douglas E. French do Mises Institute e o prêmio George and Joele Eddy. Seus principais interesses de pesquisa incluem a teoria do empreendedorismo, a teoria dos bens públicos, a metodologia da economia e a ética nos negócios.

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