Serviços não essenciais

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Por todo o país, governantes em todos os níveis ordenaram recentemente que empresas não essenciais fechassem e que seus funcionários ficassem confinados dentro de suas casas para “se isolarem”. Essas ordens, aparentemente destinadas a retardar a disseminação do coronavírus, podem parecer razoáveis ​​e objetivas, mas estão longe de serem. Por mais bem-intencionadas, essas ordens prenunciam um desastre econômico e, se esse desastre ocorrer, muito mais pessoas morrerão, em vez de serem salvas da epidemia.

Quais atividades são “não essenciais”? A resposta a essa pergunta não é de todo óbvia, porque a economia é um vasto complexo de atividades interconectadas que nem mesmo as pessoas que operam no mercado com êxito podem conhecer. Uma coisa depende de outra coisa, que depende de outra coisa, que depende de outra coisa, continuamente através de conexões muitas vezes inesperadas e desconhecidas. No mercado livre, os atores lidam com essas complexidades reagindo não a algum conhecimento especial delas, mas respondendo racionalmente às mudanças de preço. Assim, uma enorme ordem espontânea emerge e se ajusta constantemente às mudanças nas condições. Tais reações tornaram as pessoas do mundo hoje inimaginavelmente melhor economicamente do que jamais foram antes.

Mas o elemento-chave é um sistema de preços no mercado livre, no qual os bens não sejam essenciais ou não essenciais, mas mais ou menos valorizados por pessoas que gastam seus próprios recursos na busca pelo aprimoramento de suas próprias condições econômicas à medida que avaliam essas condições. Quando funcionários públicos e políticos se colocam no lugar do sistema de mercado, ditando que algumas ações são essenciais e outras são não essenciais, eles não apenas agem com total desconhecimento das condições prevalecentes no mundo inteiro, mas também eliminam todas as gradações de avaliação que fazem o mercado livre tão flexível e receptivo às mudanças nas condições.

Pior ainda, o poder de ditar que certas atividades não são essenciais e as pessoas que trabalham nessas atividades devem ser colocadas em confinamento causando seu desemprego, a menos que possam trabalhar em casa, dão às autoridades do governo o poder de vida e morte sobre a economia. Sabemos das tentativas anteriores de alocar recursos via comando central que essa arrogância é uma receita de ineficiência e, finalmente, de ruína econômica. Se os políticos continuarem empregando seus poderes policiais nessa vã tentativa de melhorar as condições em um mundo que eles não entendem e não conseguem entender, a ruína chegará antes do esperado.

 

 

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2 COMENTÁRIOS

  1. Excelente. Felizmente consigo agora ver pensamentos sobre economia alinhados com os que sempre tive.
    Parabéns e continuem com seu belo trabalho.
    Atenciosamente,
    Prof. Dr. João Zabot

  2. As informações correntes são forma de manipulação, de um grupo pequeno de beneficiados. Uma espécie de feudo moderno. Isso pode promover a ausência de estado, se as pessoas simples compreenderem sua ineficiência. Felizmente, graças a descentralização da mídia, muito brasileiros começaram a ter gosto por liberalismo econômico.

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