A fluoretação da água foi promovida nos Estados Unidos como uma política de saúde pública para ganho intervencionista. Desde então, a pesquisa médica e ambiental mostrou que os supostos benefícios odontológicos da fluoretação da água são superados pelos efeitos negativos em outros sistemas do corpo. Essa medida compulsória não apenas violou os direitos dos consumidores, mas também é antitética à saúde humana.
Murray Rothbard, em seu ensaio de 1992, Fluoretação reavaliada usa seu treinamento como historiador para tecer uma narrativa envolvente, e precisa, de quem fez o quê para o benefício de quem na pressão pela fluoretação da água em meados do século XX.
De particular interesse para mim é o papel que o Mellon Institute, o laboratório de pesquisa da ALCOA que fica na minha cidade, Pittsburgh, desempenhou para conseguir que a fluoretação da água fosse obrigatória:
Em 1931, a PHS mandou um dentista de nome H. Trendley Dean para o oeste para estudar os efeitos da concentração de água naturalmente fluoretada nos dentes das pessoas. Dean descobriu que cidades com alto nível de flúor natural pareciam ter menos cáries. Esta notícia galvanizou vários cientistas do Mellon à ação. Em particular, o Mellon Institute, o laboratório de pesquisas da ALCOA em Pittsburgh, financiaram um estudo em que o bioquímico Gerald J. Cox fluoretou alguns ratos de laboratório, decidiu que cáries naqueles ratos haviam sido reduzidas e imediatamente concluiu que “o caso (que flúor reduz cáries) deve ser tido como provado”. Ciência instantânea!
No ano seguinte, 1939, Cox, o cientista da ALCOA trabalhando para uma empresa assolada por alegações de danos causados pelo flúor, fez sua primeira proposta pública pela fluoretação da água. Cox continuou criando a urgência pela fluoretação no país. Enquanto isso, outros cientistas financiados pela ALCOA trombeteavam a alegada segurança dos fluoretos, em particular o Kettering Laboratory da University of Cincinnati.
Durante a Segunda Guerra Mundial, pedidos de indenização por emissões de fluoreto se juntaram conforme esperado, na proporção da grande expansão da produção de alumínio durante a guerra. Mas a atenção quanto a esses pedidos foi distraída, e logo antes do fim da guerra, o PHS começou a tentar forçar a fluoretação compulsória da água. Então o impulso pela fluoretação da água conseguiu dois objetivos de uma só vez: ele transformou a imagem do flúor de uma praga para uma benção que fortaleceria os dentes de todas as crianças, e criava uma demanda monetária substancial para fluoretos que seriam descartados anualmente nas águas da nação.
Conexão suspeita
Uma nota de rodapé interessante nesta história é que o fluoreto na água naturalmente fluoretada vem do fluoreto de cálcio, enquanto que a substância descartada em todas as localidades é porém, fluoreto de sódio. A defesa do Establishment de que “flúor é flúor” se torna inconvincente quando nós consideramos dois pontos: (a) o cálcio é notoriamente bom para ossos e dentes, e que o efeito anti-cárie da água naturalmente fluoretada pode se dever ao cálcio e não ao fluoreto; e (b) fluoreto de sódio por acaso é o principal subproduto da produção de alumínio.
30 anos depois
Como se viu, a pesquisa mostrou que os efeitos não dentários da fluoretação da água em humanos são prejudiciais, de acordo com a literatura de saúde. O professor Philippe Grandjean publicou uma meta-análise de 2019 sobre o assunto intitulada Developmental Fluoride Neurotoxic: An Updated Review no Journal of Environmental Health. Vários grandes estudos mostraram que o flúor no início do desenvolvimento “pode resultar em déficits de QI que podem ser consideráveis”.
Quanto à prevenção de cáries dentárias, Grandjean e outros propõem o uso tópico de flúor para esse fim, ao invés da ingestão sistêmica de flúor.
Calculando a perda anual de QI do nível populacional em recém-nascidos devido à fluoretação da água nos Estados Unidos
Aqui, tentarei calcular uma estimativa aproximada para a perda líquida de QI em recém-nascidos em 2020 nos Estados Unidos, usando a pesquisa causal combinada com números populacionais e dados sobre os níveis gerais de fluoretação da água nos Estados Unidos. Talvez de maior interesse para os leitores curiosos seja um cálculo semelhante para o seu município local que fluorete sua água.
Cerca 3,6 milhões de bebês nasceram no ano de 2020 nos EUA e 73% da população dos EUA “recebe água com o nível ideal de flúor recomendado para prevenir a cárie dentária”. E esse “nível ideal” pelo CDC é 0,7mg/L, que é igual a 0,7 partes por milhão. E na urina pré-natal o nível de concentração de referência (BMCL) para causar uma queda de 1 ponto de QI para crianças é de 0,2mg/L (com um nível de confiança de 95%). [Agradeço ao professor Philippe Grandjean, que me indicou este artigo depois de ler sua meta-análise de 2019 sobre o assunto.] E podemos assumir que essa relação é linear acima do BMCL, pois é o que melhor se aproxima dos dados atuais. Existe uma relação de 1:1 entre a concentração de água e a concentração urinária de flúor. Portanto, a perda de QI pré-natal do flúor é de 3,5 pontos por criança cuja mãe bebe principalmente água fluoretada em “níveis ideais”.
Se 73% da água da população dos EUA tem o “nível ideal” de flúor, isso significa que 73% das mulheres grávidas obtêm o “nível ideal” de flúor. Então, 73% dos recém-nascidos a cada ano estão experimentando esse déficit de QI de 3,5 pontos, com 73% dos 3,6 milhões de bebês nascidos nos EUA em 2019 sendo 2,628 milhões.
2,628 milhões de recém-nascidos com um potencial de QI não realizado de 3,5 pontos cada significa que: 9,198 milhões de pontos de QI de recém-nascidos foram perdidos devido à fluoretação da água em um ano nos EUA.
Não apenas isso, mas esse número também subestima a perda total de QI do recém-nascido devido à fluoretação da água, porque a fluoretação da água em algumas áreas é superior à “quantidade ideal” de 0,7mg/L. Em algumas áreas, é menor do que a “quantidade ideal”, mas ainda maior do que o BMCL (limite do nível de concentração de referência) para 1 ponto de perda de QI, que é igual a 0,2mg/L. No entanto, estamos contando apenas os 73% da população dos EUA que recebe água nesse “nível ideal” pelo CDC de 0,7 mg/L.
Conclusão
A contínua perda de QI da população de recém-nascidos devido à fluoretação da água é um desastre de saúde pública. Não só é prejudicial, mas também viola o Código de Ética Médica de Nuremberg. É imperativo que as autoridades locais cessem a fluoretação do abastecimento de água municipal e deixem as decisões médicas entre indivíduos e médicos que conquistaram sua confiança.
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