A surpreendente ascensão do Brasil de 11° para 9° na classificação das maiores economias mundiais em 2023 certamente capturou a atenção de muitas pessoas, inclusive, algumas que atribuíram esse crescimento ao Governo Lula. À medida que exploramos os números que colocaram o país em um patamar mais elevado, torna-se evidente que a elevação no ranking não reflete um crescimento econômico genuíno. É apenas mais um crescimento artificial e insustentável. Este artigo se propõe a desvendar os véus que encobrem a verdadeira saúde econômica do Brasil, destacando as nuances por trás do aumento do PIB e questionando a sustentabilidade dessa aparente recuperação.
Lembrando que as fontes de informações utilizadas estão citadas no final do artigo.
Começando pelo relatório de contas trimestrais do IBGE, observe o seguinte gráfico:
(Imagem 1)
Pode-se observar que, tanto os consumos das famílias, quanto do governo, aumentaram. Porém, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que está diretamente ligada a capacidade produtiva do país, está caindo. Logo, o crescimento do PIB, que muitos elogiaram, ocorreu apenas por conta do aumento do consumo, e não pelo aumento da produtividade. Se você tem um aumento de demanda, e não tem uma oferta que acompanhe, os resultados são pressões inflacionárias, aumento de preços. O crescimento do PIB só poderia ser considerado uma vitória se tivesse sido acompanhado de um aumento na formação bruta de capital fixo, o que não ocorreu.
Ainda no relatório do IBGE, há mais um gráfico interessante:
(Imagem 2)
Este gráfico analisa a taxa de investimento e a taxa de poupança bruta em % do PIB. E, mais uma vez, podemos ver um indicador negativo, em que tanto a taxa de investimento (FBCF), quanto a taxa de poupança bruta, caíram em comparação a 2021 e 2022. A taxa de poupança bruta é uma medida muito importante porque reflete a capacidade de um país acumular capital e investir em seu próprio desenvolvimento econômico.
Vejamos agora o relatório do Banco Central:
(Imagem 3)
Este próximo gráfico mostra que os investimentos diretos no país (IDP) vem caindo constantemente a partir de janeiro de 2023. O IDP é a maior fonte de financiamento para o balanço de pagamentos do Brasil. As atividades de empresas multinacionais na economia brasileira impactam não apenas o balanço de pagamentos do país, mas também influenciam emprego, produção, renda e desenvolvimento tecnológico. Teria sido um ótimo indicador econômico se estivesse aumentando, atraindo investimento externo para gerar emprego, renda e desenvolvimento tecnológico. Porém, o que está acontecendo é o total oposto.
Partindo agora para o relatório do Banco Inter:
(Imagem 4)
Este gráfico mostra que durante a pandemia e o lockdown, o Volume de Vendas no Varejo (VVV) caiu drasticamente. Logo após, voltou rapidamente ao patamar anterior, e ainda cresceu um pouco mais. Atualmente está estagnado e com expectativa de queda. Como apontou o relatório do Banco Inter: “Em outubro, a indústria permaneceu estagnada enquanto o varejo e serviços tiveram queda além do esperado. O resultado mostra a continuidade da desaceleração da atividade observada a partir do 3° trimestre e indica que a economia perde força no último trimestre do ano. ”, e continua evidente em “Resultado ficou baixo da expectativa de que era de estabilidade no mês. ”
Agora, um gráfico divulgado pela Valor Econômico, apresenta uma métrica também muito preocupante, que é a do IBC-BR:
(Imagem 5)
Esta métrica, além de medir a atividade econômica na indústria e agropecuária, também leva em conta o varejo e serviços. E, como pode-se ver claramente, vem caindo absurdamente a partir de abril de 2023.
Seguindo para o relatório da FGV, temos:
(Imagem 6)
Percebe-se que o índice de confiança de serviços apresentou uma queda a partir de maio de 2023. O Índice de Confiança de Serviços é utilizado para medir a confiança e expectativa dos empreendedores e gestores dentro do setor de serviços, logo, ele é importante para indicar mudanças na atividade econômica e tendências de crescimento ou declínio no setor de serviços.
Outra métrica interessante de observar, disponível no Trading Economics, é a do agregado monetário M2, que é uma boa medida para analisar a expansão monetária em uma economia:
(Imagem 7)
Pode-se ver claramente que a expansão monetária tem crescido. Isso pode contribuir para uma desvalorização da moeda e uma queda no poder de compra, fazendo com que os preços subam.
Com esses dados e informações em mãos, é seguro dizer que, se esses indicadores não se reverterem, muito provavelmente estaremos diante de uma recessão econômica em breve.
Revisado por: João Pedro Stefan e João Pedro Dantas
Pessoal do Rothbard Brasil, vcs tem aplicativo para celular? Só por curiosidade.
Eu não vejo razão alguma para o Instituto Rothbard criar um aplicativo para celulares.
Aliás, eu não vejo razão alguma para a existência da maioria dos aplicativos de celular que se tem hoje disponível.
Na quase totalidade dos casos uma aplicação web já resolveria e muito bem o problema.
Pouquíssimas coisas necessitam de fato de uma aplicação separada, como por exemplo um jogo muito pesado, um software de VPN, etc…
O resto é pura modinha do mundo da informática.
Me refiro a este site adaptado para Android. Att.
O autor deste artigo, além de almeijar ser economista e empresário, também almeija ser um grande picareta.
Não defendo propriedade intelectual, mas nçao precisava copiar tudo deste vídeo https://www.youtube.com/watch?v=DghAB4K18d0&t=329s e dizer que foi ele quem escreveu.
Por isso o movimento libertário é uma piada no Brasil…só tem picareta