O podcaster Bruno Ayub, a.k.a. Monark, foi demitido do podcast Flow que ele mesmo fundou. Em um programa com a participação de dois inimigos da liberdade de expressão, Kim Kataguiri e Tabata Amaral, o influencer afirmou que até mesmo os partidários das ideologias mais imbecis e despiciendas deveriam ter a liberdade de se expressar e formar partidos políticos, o que incluiria o nazismo.
É óbvio que Monark abomina o nazismo e jamais poderia ser qualificado de anti-semita. Ele deixou extremamente claro que estava apenas defendendo a liberdade de expressão e associação de idiotas e patifes de toda estirpe. Uma insinuação em contrário, alem de maledicente, sequer merece respeito intelectual. Ainda assim, a turba politicamente correta não hesitou em caluniá-lo, conspurcar-lhe a reputação e fazer de tudo para desgraçar-lhe a vida; afinal para os progressistas não há imoralidade alguma em sacrificar indivíduos injustamente para sinalizar virtude e bom-mocismo.
A lista de cancelamentos absurdos prossegue com Adrilles Jorge, demitido da Jovem Pan por fazer um aceno com a mão. Foi acusado de fazer uma saudação nacional-socialista.
Atento à volta da caça às bruxas, não prosseguirei antes de deixar bem claro que sou filho de um judeu que por sua vez é filho de um fugitivo do Holocausto. Meu sobrenome Kogos é judeu e significa Koh ben Kiós, (Koh filho de Kiós), gosto de comer varenyky, sou fã de Mordechai Anielewicz e Simon Wiesenthal (judeus matadores de nazis), frequento o Centro de Cultura Judaica e sei cantar bençãos em hebraico como Shalom Rav. Afirmo categoricamente que tenho horror ao nazismo e nutro uma profunda cólera contra nazistas e neonazistas, grupos que eu não hesitaria em remover fisicamente ao melhor estilo hoppeano-pinochetista.
Espero assim ter assegurado, perante a lacrosfera, uma espécie de lugar de fala apesar de ser homem, católico, heterossexual, cisgênero, branco, carnívoro, não-vacinado e eleitor do Bolsonaro. Mas todo cuidado é pouco. Estamos falando de pessoas que não se acanham em destilar toda a maldade humana contra indivíduos e grupos concretos em nome de ideais quiméricos de igualdade e representatividade. Os nazistas que eles tanto dizem abominar faziam exatamente a mesma coisa ao classificar grupos inteiros como asoziale (não-sociais), indignos de compaixão e apoio, como estrangeiros, prostitutas e pobres. Ao mesmo tempo, o III Reich confiscava propriedade privada dos judeus para entregá-las aos alemães arianos visando atingir o chamado Arisierung (pureza ariana), da mesma forma que as grandes corporações desmonetizam e demitem pessoas não-alinhadas para atingir a pureza ideológica.
Apesar de todo o ruído, eu nunca vi progressista apresentar um bom argumento a favor de proibir a mera apologia de agendas totalitárias, que é diferente da realmente criminosa incitação a elas. Posso enumerar, contudo, diversos argumentos contrários à censura.
O primeiro ponto é que banir opiniões favoráveis ao totalitarismo é uma contradição performática, já que é totalitário banir opiniões. Os defensores da censura partem da premissa de que o homem é incapaz de raciocinar e escolher livremente, sendo necessariamente determinado a agir segundo a propaganda ao qual foi exposto. Por este argumento toda forma de publicidade teria que ser proibida. Além disso, a constante reflexão moral, obrigação de todo ser racional, não pode ser substituída pela muleta da submissão de toda expressão ao crivo estatal de moralidade, mesmo porque, como nos lembra Aldous Huxley, a escolha moral é sempre individual, nunca coletiva. A responsabilidade pessoal de avaliar informações não deve ser suplantada pela demagogia inerente à apologia da proibição de discursos desagradáveis.
Além disso, é prudente imaginar que discursos permitidos pelo governo são menos graves que aqueles proibidos? A História diz que não. O socialismo é festejado na academia, nas empresas e nos governos apesar de ter matado mais de 200 milhões de pessoas. Eu somaria os mortos pelo III Reich a este montante já que nazismo é uma ideologia socialista de extrema-esquerda, como Hitler deixa claro em Mein Kampf (sim, eu li) ao afirmar que fábricas devem almejar a função social de atender à coletividade trabalhadora e não o lucro.
De qualquer forma, sempre haverá aqueles que insistem em dizer que a comparação entre nazismo e socialismo marxista é descabida já que este seria um mero sistema econômico e aquele uma ideologia anti-semita. Quem diz isto nunca leu Marx. Em sua Questão Judaica, o ídolo comunista escreve que judeus idolatram o dinheiro e sua religião é a negociata. É o mesmo discurso de Hitler. Marx até foi mais prolixo em seus textos, defendendo a extinção de qualquer traço da cultura judaica ao mesmo tempo em que afirmou que raças e classes incapazes de se adaptar à revolução deveriam perecer. Já Hitler evitou escrever sobre estes detalhes sórdidos antes de se consolidar no poder.
A teoria revolucionária de Marx descrita em A Pobreza da Filosofia incita ao genocídio e ao “choque de corpos contra corpos”, afirmando ainda que a sociedade deveria ser remodelada necessariamente por “combate ou morte, derramamento de sangue ou extinção”. Nem preciso entrar em detalhes sobre como Stalin exterminou etnias inteiras com suas políticas de transferência populacional via deportações, afinal acho que já deu pro leitor ter uma ideia da fofura socialista. Como bem disse Nietzche, em Assim Falou Zaratustra,
“o socialismo é o visionário irmão mais novo do quase extinto despotismo (…) ele se prepara secretamente para governos de terror e empurra a palavra “justiça” como um prego na cabeça das massas semi-cultas, para despojá-las totalmente de sua compreensão (…) e criar nelas uma boa consciência para o jogo perverso que deverão jogar”
A ameaça revolucionária sempre foi a mesma e isto nos leva ao segundo ponto: as piores formas de totalitarismo podem se esconder atrás destas proibições. Um governo não precisa se dizer nazista ou comunista para adotar as mesmas táticas e objetivos. A maioria das pessoas acredita que há uma essência nazista e que os crimes e estratagemas do III Reich são contingências. A verdade é que as bandeiras ideológicas como nazismo, comunismo, fascismo, anarquismo, distributivismo, socialismo, liberalismo, republicanismo são todas contingências acidentais da sanha de poder, esta sim uma essência do animal político manchado pelo pecado original. Proibir a simbólica nacional-socialista não vai impedir que outros grupos cheguem ao poder valendo-se das mesmas técnicas de manipulação e pratiquem as mesmas atrocidades, bastando usar bandeiras socialmente aceitas como ambientalismo, inclusão, sociedade aberta, globalização e combate a pandemias.
Não faz sentido prender alguém que faz uma piada sobre campos de concentração e em seguida adular ditadores que impõe o passaporte sanitário.
O terceiro ponto é uma questão de inteligência, em ambas as acepções do termo. Todas as pessoas decentes, principalmente os judeus, tem direito de saber quem é nazista, para melhor evitar e boicotar. Como saberemos se proibimos o inimigo de denunciar a si próprio? Além disso, qual o sentido de transformar nazismo ou fascismo em uma forma de contra-cultura underground? A proibição da mera expressão não vai eliminar suas falsas premissas nem sua doutrina odiosa, apenas glamouriza-las.
Finalmente, a prudência exigida diante de qualquer medida coercitiva nos recomenda a pergunta: o que será considerado fascismo? George Orwell já alertava para a ressignificação do termo, que passa a denotar qualquer coisa indesejável, e em ciência política acrescento: indesejável para o projeto de poder da classe dominante. Livre mercado será fascismo. Escola Austríaca de Economia será fascismo. Soberania nacional será fascismo. Família tradicional será fascismo. Cristianismo será fascismo. E liberdade de expressão já virou fascismo há muito tempo, afinal foi apenas isto que Monark defendeu para ser brutalmente caluniado, acusado de anti-semitismo e cancelado.
Interessantemente, a posição expressa pelo influencer em nada difere daquela proclamada pela Suprema Corte dos EUA e aceita pela sociedade americana em 1977. Na ocasião, o Nacional-Socialist Party of America (Partido Nazista dos EUA) decidiu realizar uma marcha pela pacata vila de Skokie, Illinois, onde havia uma significativa comunidade de sobreviventes do Holocausto. Diante da recusa da prefeitura em autorizar o ato, os neonazistas apelaram e o caso foi para a Suprema Corte. Por 6 votos a 3, os juízes decidiram que a apologia não configurava incitação à agressão e, tendo por fundamento as garantias à liberdade de expressão e de assembleia da Primeira Emenda, autorizaram a marcha.
Como anarcocapitalista e opositor da democracia, discordo que nazistas tenham o direito de formar um partido político, uma vez que trata-se de uma organização destinada ao planejamento da instauração desta ideologia criminosa, enquadrando-se portanto em incitação ao crime e formação de quadrilha. Mas se formos coerentes, deveríamos, pela mesma razão, proibir partidos comunistas, socialistas, trabalhistas, liberais, neoconservadores, enfim, qualquer partido que não tenha como objetivo a instauração de monarquias de elites naturais ou a anarquia de mercado. Monark, portanto, ao defender a liberdade de associação partidária até mesmo para nazistas, está apenas sendo coerente com sua defesa da democracia, regime ao qual eu me oponho por ser incompatível com o direito natural, a propriedade privada e as liberdades individuais que eu tanto defendo.
Tenhamos em mente, ainda, que, nas palavras do literato Jules Romains, “Hitler e Mussolini são déspotas da era democrática” que chegaram ao poder devido aos apelos que a democracia teve sobre o homem comum, iludindo-o de que a História lhe consultaria e de que a catástrofe política poderia ser por ele controlada. Embora Hitler tenha criticado a democracia como uma forma de rebaixamento da política à vileza das massas, foi exatamente isto que ele praticou para garantir que as massas ensandecidas o elegessem, valendo-se dos mesmos discursos utópicos e populistas que garantem que os atuais ditadores possam contar com uma oclocracia para destruir qualquer resistência aristocrática ao poder totalitário.
Nada mudou. O totalitarismo continua, por vaidade, dando alertas contra si próprio sem que ninguém atente para as contradições de sua dialética. A mesma página na internet que valia-se de calúnia contra Monark para sinalizar virtude de indignação contra o nazismo propagandeava um link para uma lista de celebridades não-vacinadas a serem boicotadas; exatamente como o III Reich fez com judeus em 1933 através da campanha “não compre de judeus”
Toda esta cultura do cancelamento não passa de uma forma de covarde de pressão social para remodelar a sociedade uniformemente ao gosto dos engenheiros sociais, exatamente como os nazistas procediam com seu conceito de Gleichschaltung, ou conformidade com a agenda. Pensar e agir de forma compatível com o establishment do III Reich era a requisito para fazer parte do rol de pessoas dignas de direito, o Volksgemeinschaft.
Nada mudou, e exatamente por isso deve-se estudar a História das ideias contando com a livre expressão de tudo o que já foi produzido.
Poucas pessoas consideram as implicações da proibição da apologia ao nazismo, por exemplo, para o acervo cultural da humanidade. Teríamos que proibir as marchas militares da Wehrmacht? Ou ir ainda além e proibir as composições de Richard Strauss? Proibiríamos a suástica mesmo para uso de hindus e budistas? Incluiríamos no rol de banimentos o design de uniformes de Hugo Boss ou o capacete Stahlhelm adotado pelo Exército Chileno devido à sua herança prussiana trazida pelo capitão Emil Körner?
Mesmo aqueles que desprezam a arte deveriam pelo menos defender que tenhamos à disposição um acervo de ideias nazistas para que possamos estudá-las, combatê-las e evitar que sejam implementadas. Como traçar a História Intelectual do nacional-socialismo se banirmos o Mein Kampf? Como sociólogos do futuro poderão estudar e alertar sobre a influência perversa do neonazismo se as fontes primárias forem censuradas?
Os iluminados apologetas deste cancelamento cultural e intelectual deveriam, pelos seus próprios critérios, cancelarem a si próprios, já que seguem a cartilha do propagandista nazista Joseph Goebbels e de seu ministério de “iluminação do povo”, o Reichsministerium für Volksaufklärung und Propaganda que baniu mais de 1500 autores e artistas, incluindo Oscar Wilde, CS Lewis, Edmund Burke e Ludwig von Mises.
Algumas pessoas insistem que ninguém tem o direito de ser partidário disto ou daquilo. À criminalização das ideologias subjaz o conceito orwelliano de crimideia, descrito no romance distópico 1984, no qual o IngSoc (partido totalitário que governava 1/3 do mundo) contava com uma polícia do pensamento para descobrir e executar pessoas que manifestassem ideias dissidentes. Esta é a premissa lógica por trás da proibição de “ser nazista”, “ser racista”, “ser comunista”. Na prática, ainda que a verbalização de uma ideologia possa ser censurada, é impossível proibir sua defesa em pensamentos ou mesmo sua práxis velada a menos que se recorra a tecnologias de controle mental dignas de um pesadelo futurístico.
No supracitado livro de George Orwell, o personagem Winston escreve em seu diário: “Crime de pensamento não acarreta morte: crime de pensamento é morte.” Isto porque a ditadura não se limitava a fuzilar o dissidente. Ela o doutrinava e lobotomizava antes de matá-lo, alienando-lhe da própria humanidade que contém a potência para a dissidência, seja ela justa ou injusta.
Não há juridicidade para punir alguém por pensar algo execrável. Até mesmo Rousseau, contratualista social assumidamente contrário ao direito natural e aclamado por revolucionários sanguinolentos, constatou que um homem nunca poderia ser punido por amar a mulher de seu vizinho, conquanto mantivesse sua infeliz paixão restrita aos ditames legais e cívicos.
Obviamente, devemos nos valer de todos os meios legítimos para evitar que ideias imorais e execráveis como o nazismo, o comunismo e o racismo ganhem penetração psicossocial e o mais urgente deles seria impedir o sucesso político de seus adeptos. Curiosamente, o influencer Raphael Lima corrobora os ataques infundados contra Monark mas promove politicamente indivíduos que realmente professam (e até incitam) ideias execrandas. O suposto libertário aplaude as táticas subversivas do progressismo a ponto de afirmar que a perseguição a Monark, que qualquer pessoa racional entende ser injusta, seria um mecanismo de mercado para boicotar ideias nazistas. Ao mesmo tempo, Raphael promove politicamente o movimento político Livres, cuja liderança é majoritariamente composta por defensores do aborto.
Ora, se somarmos todos os mortos ao longo dos quase 7 anos de Segunda Guerra Mundial, incluindo o Holocausto, os crimes japoneses na Manchuria, os crimes nucleares americanos em Hiroshima e Nagasaki, os crimes soviéticos na Polônia, todas as mortes civis e militares em combate, toda a fome e doença causadas pela guerra, chegaremos ao saldo de 80 milhões, ou seja, o número de bebês assassinados no ventre da mãe em 1 ano atualmente.
Ainda assim, para Raphael e para o Livres, o aborto é um tema em aberto no meio liberal, quando deveria ser tão abominado quanto qualquer ideologia totalitária.
A indignação dos progressistas, contudo é seletiva. Como lembrou Iasmim Souza, a esquerda entende o comentário de Monark como uma ofensa criminosa aos judeus mas comemora os ataques do Hamas com mísseis contra Israel e aplaude o discurso da palestina muçulmana de extinção da nação judaica.
Da mesma forma que a ditadura sanitária nunca foi sobre saúde, mas sobre controle, o patrulhamento politicamente correto nunca foi sobre tolerância. No meio desta horda de lacradores rosnantes, sempre há um ou outro intelectualóide que, para justificar verdadeiros linchamentos, cita o paradoxo da tolerância de Karl Popper, segundo o qual uma sociedade que preza tanto pela tolerância a ponto de tolerar intolerantes acabaria por ceder a eles e perderia este mesmo valor que lhe é tão caro. O que os censuradores convenientemente omitem é que Popper acrescentou ao seu raciocínio um alerta contra a censura:
“Não estou dizendo, por exemplo, que devemos suprimir a expressão de filosofias intolerantes; contanto que possamos combatê-las por meio de argumentos racionais e mantê-las sob controle pela opinião pública, a supressão certamente seria imprudente.”
Seria o paradoxo do Paradoxo da Tolerância. Combatamos as ideologias totalitárias com a superioridade de nossa lógica e ética ao invés de permitirmos seu modus operandi. Valhamo-nos da força e da repressão somente quando o crime defendido por seus partidários for configurado, ou mataremos o direito sem matar o espírito maligno revolucionário.
Toda revolução começa com a perda da caridade com o próximo. Não me refiro aos desabrigados por um terremoto no Japão nem a colocar um filtrozinho na rede social de solidariedade com os japoneses desabrigados. Me refiro ao teu colega de trabalho chato do qual você não gosta e ao ato de se arriscar para defendê-lo de uma injustiça.
A revolução nazista também começou assim. Ah, é só um judeu.
Ah, é só o Monark. Ah, é só um negacionista que não usa máscara.
Defender pessoas injustiçadas pelo patrulhamento politicamente correto é o ato mais anti-nazista que uma pessoa comum pode praticar, afinal, como dizia Chesterton, “estamos todos num mesmo barco em mar tempestuoso e devemos uns aos outros uma terrível lealdade.”
Leia também Os “direitos humanos” como direitos de propriedade
Esse Senhor, representa iluminação espiritual, discernimento existencial, lucidez, sanidade, equilíbrio, inteligência, alta cultura, domínio da realidade .
Texto impecável, irrefutável, verdadeiro, corajoso, intrépido.
Protagonista da verdadeira liberdade ! Bravo, Paulo !
Um orgulho de Brasileiro.
Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordiador,
Kogos!, defende o direito de nazistas terem um partido, mas quer que blasfemos sejam calados. Ah tá…..
ps: na verdade o texto ficou muito bom, Kogos , se não fosse católico do tipo cruzadinho xiita seria mesmo um dos nossos melhores.
Muito bom Paulo Kogos!
O paradoxo da tolerância foi deturpado para servir de argumento da esquerda radical perseguir seus inimigos. Não tem como negar que foi essa gente que iniciou esse processo. Assim como deturparam as palavras do Monark. É curioso que a esquerda radical não se importa em ser tolerante com a religião que prega explodir pessoas inocentes ou atirar aviões contra prédios.
Nenhuma religião prega isso. O “ISIS”, por exemplo, é uma facção criminosa abjeta para a maioria dos muçulmanos. “Al-qaeda” ( que foi armada pelos americanos, não ? ) idem.
Para inicio de conversa temos que entender o contexto é claro, o apresentador estava alterado e cansado, claramente não estava com o raciocínio claro, segundo ele sempre leva as entrevistas como conversas de bar descontraídas. Posto isso não acredito que ele realmente acredite no que disse. Agora para termos uma visão descente do caso, vamos por partes, houve algum crime cometido, alguma propriedade foi lesada? Claramente não pra isso alguma ação concreta deveria ter sido tomada neste sentido como por exemplo uma ameaça a uma sinagoga seguido de ele mostrando a fabricação de uma bom, isso seria uma ameaça, mas não foi isso que ocorreu, sua frase poderia no máximo ser interpretada como uma bravata quando diz que “acho que devemos questionar a existência do judeu” esse foi o pior erro. Já a questão de defender a existência de um partido nacional-socialista é muito mais um erro metodológico do que uma bravata, o libertário consistente entende que qualquer forma de exercer o poder politico é um crime contra o poder social, portanto houve por parte do apresentador um erro ao defender que todas as ideias devem ser defendidas democraticamente em partidos políticos, o correto seria todas as ideias podem ser defendidas anarquicamente no mercado sem a existência de partidos políticos. Por fim termino com os dizeres de Walter Block em Defendendo o indefensavel p. 84-85
“a não ser que a proibição de gritar “Fogo!” num cinema cheio parta de um contrato particular, o direito de livre expressão estará em conflito com algo tido em grande estima—a saber, os direitos das pessoas de não terem seu espetáculo interrompido e serem elas mesmas esmagadas nas saídas. ”
Assim como o marxismo que defende abertamente a morte dos burgueses o nazismo defende abertamente a morte das raças não puras, estas e outras ideologias estão em direto conflito com a a existência de indivíduos pacíficos e não podem numa serem defendidas como tendo algo de legitimo ou interessante a não ser o fato histórico de que um dia existiram.
A master on his craft!