Em abril de 2024, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ordenou a suspensão de dezenas de contas no X por supostamente espalhar desinformação. Musk denunciou as ordens como censura e se recusou a cumprir. A disputa se acirrou, levando à proibição do X no Brasil. Após meses de desafio, a plataforma de mídia social de Elon Musk decidiu cumprir ordens judiciais brasileiras, censurando usuários a mando do governo.
Como um defensor ferrenho da liberdade individual e da intrusão limitada do governo, é desanimador ver alguém como Elon Musk ceder às pressões impostas pela censura do governo. Apesar de seu compromisso inicial com a liberdade de expressão – ele até mesmo comprou o Twitter exatamente por esse motivo – a plataforma X de Musk tem cedido cada vez mais às demandas do governo por remoção de conteúdo e suspensões de contas.
Em seu relatório de transparência mais recente, o X respondeu a 71% de todas as solicitações legais de janeiro a junho, enquanto estava sob a antiga liderança de Jack Dorsey; como o Twitter, a taxa de conformidade ficou em 18% no mesmo período. Essa é uma tendência alarmante porque não apenas aponta como a liberdade de expressão online está sendo corroída, mas também o efeito inibidor que essa tendência pode ter sobre a inovação e a criatividade e a livre troca de ideias, particularmente aquelas críticas ao governo.
A disposição de Musk de apaziguar governos de todo o mundo é particularmente preocupante, borrando a linha entre público e privado. Ao ceder às exigências de censura, vai minando os próprios princípios de uma internet livre e aberta. Ao concordar com as ordens do governo dessa maneira, Musk está enviando um sinal de que as vozes mais poderosas da tecnologia são suscetíveis à coerção e intimidação, e que o governo pode contornar o estado de direito usando fortemente o setor privado para cumprir suas ordens. Essa rendição à censura prejudica, não apenas os indivíduos cujo discurso está sendo suprimido, mas mina completamente a integridade da esfera pública digital.
As consequências econômicas de Musk ceder à censura são igualmente perturbadoras. Para uma plataforma que se considera orgulhosamente um bastião da liberdade de expressão, a tendência do X de cumprir as solicitações do governo pode impedir que os usuários que valorizam a expressão irrestrita entrem ou permaneçam na plataforma. As vozes mais críticas, e talvez mais necessárias, são continuamente silenciadas e muitas deixaram a plataforma completamente. Essa tendência pode levar à redução do envolvimento do usuário, menor receita de publicidade e, finalmente, uma presença econômica cada vez menor no mercado.
Além disso, a prontidão de Musk para censurar conteúdo pode dificultar ainda mais a inovação e o empreendedorismo. Os maiores pontos fortes da internet residem em sua capacidade de facilitar a livre troca de ideias e a criação de novos produtos e serviços. Ao restringir essa liberdade essencial, Musk está inadvertidamente sufocando a própria inovação que impulsionou seu próprio sucesso.
É essencial reconhecer que ceder à censura do governo é um caminho perigoso. Uma vez que uma plataforma começa a cumprir as solicitações de remoção de conteúdo ou suspensão de contas, ela abre um precedente para novas demandas e restrições. Isso pode levar a um ciclo de censura crescente, à medida que governos e grupos de interesses especiais pressionam cada vez mais as plataformas a se conformarem com suas agendas.
Em conclusão, a submissão de Elon Musk à censura do governo é uma traição aos princípios da liberdade de expressão e ameaça a vitalidade econômica que define o cenário digital. Somente preservando a troca irrestrita de ideias podemos garantir a inovação e o progresso contínuos que definiram a internet até este ponto.
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A Igreja Católica é contra a liberdade de expressão. O estado também é contra a liberdade de expressão. Logo, a Igreja Católica é vencedora neste debate. Mas o estado não é supostamente uma instituição que existe para nos tirar da barbárie?
De modo que a Igreja Católica é contra a liberdade de pensamento daquilo que afasta as pessoas de Deus e de Sua Igreja – essencialmente o pecado, responsável por fiscalizar e fazer cumprir as leis e decretos divinos. Ou seja, ainda que a Igreja tenha se utilizado do estado laico, a Igreja não é o estado laico. Logo, somos propriedade privada de Jesus Cristo e seu jugo é suave. O estado só faz sentido se estiver a serviço da Igreja, mas faz sentido.
De modo que é possível afirmar que a anarcocapitalismo é contra o governo de Deus, pois não haveria poder sem a permissão de Deus. A única maneira de conciliar anarcocapitalismo e catolicismo é ver esse movimento como uma transição para uma teocracia católica. Afirmando categoricamente isso, é possível, política e sociologamente, ser um ancap.
A teocracia católica é o anarcocapitalismo. Qualquer coisa diferente disso é o mesmo estado de hoje. Comunismo, estatismo, esquerdismo, liberalismo e outras mazelas.
O anarcocapitalismo ateu é um desastre completo. A raiz de todos os problemas é o pecado.
Teocracia Católica ou de qualquer outra vertente religiosa não resolve nada, é pura e simplesmente um desastre. O papa e todo clero não conseguem sequer resolver os próprios problemas internos da Igreja que envolvem corrupção e imoralidades de padres, bispos e cardeais, abuso em massa de crianças e pessoas vulneráveis e outros escândalos de igual monta. Já se aceita que o Vaticano se transformou em parte em uma grande área gay e o papa já jogou a toalha nesse sentido. Portanto imaginar que esses indivíduos velhacos, escroques e imorais serão capazes de conduzir um governo divino na terra beira a blasfêmia ou mesmo a pura e completa insanidade.
No que diz respeito ao Elon Musk, igualmente delírio leva as pessoas a acreditarem nas diatribes do sujeito contra o estado e a favor de uma suposta liberdade irrestrita. Nem mesmo aos seus negócios interessa tal estado de coisas. Toda mega empresa deseja lucro, poder e controle e se aliará a qualquer estado que possa garantir-lhe esses itens.
Não entendeu o que é uma teocracia católica Carlinhos. Descansa militante.
Como Elon Musk que sempre cedeu pra outros governos como por exemplo o Chines pra poder ter uma fatia dentro do mercado deles através da Tesla, ou pra India, só começou a ser visto como Ícone ou simbolo de liberdade de expressão aqui no Brasil? Não faço ideia de onde seja o autor desse artigo, a ideia que ele transmite é real, mas não acredito de forma alguma que o Twitter/X e Elon Musk sejam parâmetros pra isso, esse homem enriqueceu as custas do estado e de estados. +
Como pode se ter certeza de que o banimento do twitter aumentou? Oque Elon Musk fez foi simplesmente delegar a capacidade de banimento/vigilância doque acontece dentro dessa rede social pro estado, em vez de um moderador da rede banir oque foge a cartilha deles, agora são alguns ministros, políticos e grupos de militantes pagos pela mídia tradicional.
Respeito a pertinência do artigo no entanto, apelo para o clichê ou seja, o tabuleiro está fervendo e sobre intensos holofotes.
Mencionando Júlio César: ” A sorte está lançada”.