Aforismos em defesa da liberdade

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afor-incurs* Governos representam seus cidadãos da mesma maneira que parasitas representam seus hospedeiros.

* Empreendedores ganham dinheiro servindo necessitados.  Políticos ganham dinheiro criando necessitados.

* Um empreendedor pode se chamar a si próprio de chefe, mas seu objetivo é servir os outros.  Um político pode se chamar a si próprio de servidor, mas seu objetivo é mandar nos outros.

* Um tolo deplora o fato de que a automação destrói empregos.  Um sábio se deleita com o fato de que ela torna o trabalho menos automático.

* Acreditar que a mão-de-obra barata irá “roubar” o seu emprego é a confissão mais avassaladoramente honesta de incompetência profissional.

* É necessário ser um criminoso comum para se roubar o dinheiro dos outros, mas é necessário ser um criminoso excepcional para chamar esse ato de “justiça social”.

* A ignorância econômica leva à crença de que computadores podem desenhar mercados. O conhecimento econômico leva à constatação de que mercados podem desenhar computadores.

* Um tolo acredita que o mercado faz com que a busca pelo lucro leve a atitudes desonestas.  Uma pessoa sensata sabe que o mercado torna a desonestidade anti-lucrativa.

* Um bom economista acredita que os mais bem capacitados para lidar com o problema da escassez são os empreendedores.  Um mau economista acredita que são os economistas.

* Um bom economista acredita que sua função é melhorar o entendimento das pessoas sobre o funcionamento do mercado.  Um mau economista acredita que sua função é melhorar o entendimento do mercado sobre o funcionamento das pessoas.

* Um mau economista acredita que o poder de compra dos salários pode ser legislado.  Um bom economista sabe que legislações podem ser compradas.

* Um mau economista acredita saber o que fazer para tornar o mundo mais próspero.  Um bom economista acredita saber o que fazer para permitir que o próprio mundo se torne mais próspero.

* Um tolo acredita em desenhar organizacionalmente o mercado.  Uma pessoa sensata acredita em um mercado para desenhos organizacionais.

* Um empreendedor é aquele que vê um ganho em uma troca na qual outros vêem apenas uma permuta.

* É necessária uma pequena dose de abstração para entender como a ambição pode levar à prosperidade.  É necessária uma alta dose de autoengano para alegar que a coerção pode levar à caridade.

* Um escravo acredita que as leis devem definir a abrangência da liberdade. Um indivíduo livre acredita que a liberdade deve definir a abrangência das leis.

* A sociedade é um esquema voluntário de benefícios mútuos. O estado é um esquema compulsório de explorações mútuas.

* Alegar que alguém pode ser feliz sem ser livre é não ter a mais mínima ideia sobre o significado de felicidade.

* A política é uma guerra sem fim e sem limites contra a liberdade individual.

* Eis aquele que talvez seja o mais flagrante exemplo da superficialidade da mentalidade estatista: o típico estatista acredita que a ameaça fantasticamente hipotética de uma empresa monopolizar a distribuição de água representa uma objeção devastadora ao libertarianismo; já a ameaça dolorosamente real de um estado metodicamente exterminar centenas de milhões de indivíduos não representa uma objeção devastadora ao estatismo.

* Um ambientalista tolo quer proteger a natureza da ganância do mercado entregando-a à tragédia dos comuns.  Um ambientalista inteligente quer proteger a natureza da tragédia dos comuns entregando-a à ganância do mercado.

* O único “bem público” que existe é a liberdade do público para buscar bens individuais.

* “Lucro garantido” faz tanto sentido quanto “perigo sem risco”.

* Paciência é a capacidade de saber usufruir a tranquilidade do tédio.

* Um anarcocapitalista é uma pessoa que rejeita a curiosa noção de que crimes se transformam em virtudes caso sejam efetuados em escala maciça pelo estado.

* Um mau economista acredita que os preços devem ser policiados pelo estado.  Um bom economista acredita que os serviços policiais devem ser precificados pelo mercado.

* O abolicionismo foi um movimento para acabar com a escravidão privada. O libertarianismo é um movimento para acabar com escravidão pública e privada.

* Se você acredita que “o dinheiro que aquele bilionário gastou em sua frota de iates poderia ser muito mais bem utilizado pelo estado!”, apenas me diga quando foi a última vez que você viu um bilionário comprando um exército de tanques e um conjunto de bombas nucleares.

 

Outros 600 aforismos libertários como estes acima estão reunidos no livro The Pith of Life: Aphorisms in Honor of Liberty.

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Jakub Bozydar Wisniewski
é membro do Mises Institute, professor assistente na Faculdade de Direito, Administração e Economia da Universidade de Wroclaw e um acadêmico afiliado e membro do Conselho de Administração do Ludwig von Mises Institute na Polônia. Ele possui mestrado em filosofia pela Universidade de Cambridge e doutorado em economia política pelo King's College London. Ele é o autor de The Economics of Law, Order, and Action: The Logic of Public Goods, Libertarian Quandaries e The Pith of Life: Aphorisms in Honor of Liberty. Ele é o ganhador do prêmio Douglas E. French do Mises Institute e o prêmio George and Joele Eddy. Seus principais interesses de pesquisa incluem a teoria do empreendedorismo, a teoria dos bens públicos, a metodologia da economia e a ética nos negócios.

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