Buckley Revelado

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[Na casa dos 20 anos, Murray Rothbard escreveu um boletim informativo chamado The Vigil, no qual escreveu a seguinte crítica de William F. Buckley, Jr., “A Young Republican View”, The Commonweal, 25 de janeiro de 1952.]

O artigo de Buckley na edição recente desta revista católica é significativo em sua revelação de toda a extensão de suas opiniões. Como resultado, nos congratulamos por tratar o Buckley Boom na direita intelectual com considerável ceticismo. O artigo é completamente deplorável e revela o pântano em que se afundaram os individualistas de hoje.

O breve artigo começa esplendidamente, com a afirmação de que nosso inimigo é o Estado, e excelentes citações de grandes individualistas como Albert Jay Nock, Herbert Spencer e HL Mencken. Buckley declara que a grande questão de nosso tempo é liberdade versus estatismo, e concorda com Spencer que o Estado é “gerado da agressão e pela agressão”. Ele passa a repreender o Partido Republicano por não oferecer nenhuma alternativa real ao impulso de poder estatista. Parecia que o jovem Buckley era de fato um recém-chegado bem-vindo às fileiras libertárias.

Mas tal ilusão não estava destinada a durar muito. Logo parece que Buckley é realmente, em termos de 1952, um socialista totalitário e, além disso, ele admite isso.

Ele admite que sua oposição ao estatismo, expressa de forma eloquente no início, é meramente academicismo romântico. Pois Buckley favorece “as extensas e produtivas leis tributárias que são necessárias para apoiar uma vigorosa política externa anticomunista” e, por implicação, apoia a ajuda da ECA e orçamentos de “defesa” de 50 bilhões de dólares. Ele declara que a “agressividade até agora invencível da União Soviética ameaça eminentemente a segurança dos EUA” e que, portanto, “temos que aceitar o Grande Governo enquanto isto perdurar – pois nem uma guerra ofensiva nem defensiva pode ser travada … exceto através da instrumentalidade de uma burocracia totalitária dentro de nosso território.” Portanto, ele conclui, todos devemos apoiar “grandes exércitos e forças aéreas, energia atômica, inteligência central, painéis de produção de guerra e a consequente centralização do poder em Washington – mesmo com Truman nas rédeas de tudo”.

À luz desse absurdo errante, Buckley, considerado por praticamente todos (e, o mais triste de se relatar, por ele mesmo) como um “individualista extremo” deve ser classificado como um totalitário de fato.

Este infeliz incidente revela que o individualismo é praticamente inexistente na América atual, e que a maior e mais importante deserção decorre do apoio acrítico dado à política ditatorial e perdulária do socialismo-militar que agora prevalece. Isso nos estimula a continuar nossa análise da política externa e a formular um programa nesse campo. Mas certamente está claro que nossa política externa não deve visar a cruzadas sagradas contra os infiéis comunistas. Tampouco deve basear-se em uma política de tributar alegre e entusiasticamente o cidadão americano para acumular armamentos inúteis. A liberdade e a paz estão inerentemente interligadas, e a forma de preservar a paz é evitar a guerra, não sair do seu caminho para procurá-la. A melhor regra para a política externa ainda é a “Paz e contenção” do grande Richard Cobden.

 

 

Artigo original aqui

 

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