Capítulo V — A concepção materialista da história

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§1
O Ser e o Pensar

Foi dito por Feuerbach: “o pensamento procede do ser, mas não o ser do pensamento”.[1] Essa observação, que pretendia apenas expressar a renúncia ao Idealismo Hegeliano, torna-se no famoso aforismo: “O homem é o que come” (“Der Mensch ist was er isst”),[2] a palavra de ordem do materialismo, como representado por Büchner e Moleschott. Vogt fortaleceu a tese materialista ao defender a afirmação de “que os pensamentos têm a mesma relação com o cérebro que a bílis tem com o fígado, ou a urina com os rins”.[3] É revelado também na concepção histórica de Marx e Engels o mesmo materialismo ingênuo que, ignorando todas as dificuldades, tenta resolver o problema básico da filosofia simples e completamente ao referir tudo o que diz respeito à mente a um fenômeno físico. O título “A Concepção Materialista da História” é verdadeiro à natureza da teoria; enfatiza, da maneira chocante que os autores pretendem, a homogeneidade epistemológica entre a crença dos autores e o materialismo de seu tempo.[4]

De acordo com a concepção materialista da história, o pensamento depende do ser social. Esta doutrina tem duas versões diferentes e fundamentalmente contraditórias uma à outra. Uma explica o pensamento como um simples e direto desenvolvimento do ambiente econômico, das condições de produção, no qual o homem vive. De acordo com esta versão, não há história da ciência e nem história das ciências individuais como sequências evolutivas independentes, porque a configuração de problemas e suas soluções não representam um processo intelectual progressivo, mas meramente refletem as condições momentâneas de produção. Descartes, segundo Marx, entendia o animal como uma máquina, porque ele “vê com os olhos do período de manufatura, diferente dos olhos do período da Idade Média, quando o animal era entendido como o assistente do homem — uma posição que também lhe foi atribuída por Herr von Haller na sua Restauration der Staatswissenschaft”[5]. Em tal passagem é claro que as condições de produção são entendidas como fatos independentes do pensamento humano. Elas “correspondem”, por sua vez, a um “estágio definido do desenvolvimento” nas “forças materiais produtivas”[6], ou, o que é somente outra formulação da mesma coisa, a um “estágio definido no desenvolvimento dos meios de produção e de transporte”[7]. As forças produtivas, os meios de trabalho, “resultam em” uma ordem definitiva de sociedade.[8] “A tecnologia revela a conduta ativa do homem perante a natureza, o processo produtivo direto de sua vida, e consequentemente suas condições de vida e as ideias espirituais que surgiram delas”.[9] Parece nunca ter se mostrado para Marx o fato de que as forças produtivas são elas mesmas um produto do pensamento humano, de modo que se anda em círculos quando se tenta derivar delas o pensamento. Ele estava completamente enfeitiçado pela palavra-fetiche, “produção material”. Material, materialístico e materialismo eram as palavras de ordem que estavam na moda em seu tempo, e ele não poderia escapar da influência delas. Ele sentiu que sua tarefa introdutória enquanto filósofo era remover as “deficiências do materialismo abstrato das ciências naturais que exclui o processo histórico”; deficiências essas que ele pensou que poderia perceber “nas teorias abstratas e ideológicas de seus oradores, na medida em que eles especulam além de sua esfera especial”. E que esse é o porquê de ele chamar seu processo de “o único materialístico, e, portanto, o único científico, método”.[10]

De acordo com a segunda versão da concepção materialista da história, o interesse de classes determina o pensamento. Marx diz de Locke que ele “representava a nova burguesia de todas as formas: os industrialistas contra a classe trabalhadora e os pobres, os comerciantes contra os usurários antiquados, alta finança contra devedores do estado, e em um de seus trabalhos ele até demonstrou a inteligência burguesa como sendo o intelecto humano normal”.[11] Para Mehring, o mais prolífico dos historiadores marxistas, Schopenhauer é “o filósofo dos filisteus aterrorizados […] em sua maneira sorrateira, egoísta e caluniadora a imagem espiritual da burguesia que, assustada com o choque de armas, tremendo como o álamo, se aposentou para viver de suas receitas e renegou os ideais de sua época como uma praga”.[12] Em Nietzsche ele vê “o filósofo do grande capital”.[13]

Seus julgamentos na economia representam seu ponto de vista mais claramente. Marx foi o primeiro a dividir economistas entre burguesia e proletariado, uma divisão que o estatismo depois fez sua própria. Held explica a teoria de aluguel de Ricardo como “ditada simplesmente pelo ódio dos capitalistas endinheirados aos donos de terras”, e pensa que toda a teoria do valor de Ricardo pode ser desprezada “como a tentativa de justificar, sob o semblante de um esforço para assegurar os direitos naturais, a dominação e os lucros do capitalismo”.[14] A melhor forma de refutar esta visão é apontar o fato óbvio de que a teoria econômica de Marx nada mais é do que um produto da escola de Ricardo. Todos os seus elementos principais foram herdados do sistema de Ricardo, do qual se deriva também o princípio metodológico da separação da teoria e da política e a exclusão do ponto de vista ético.[15] Politicamente, a economia clássica foi empregada tanto pela defesa quanto pelo ataque ao capitalismo, e pela proteção e pela rejeição ao socialismo.

O marxismo usa o mesmo método em relação à economia subjetiva moderna. Incapaz de se opor a ela por uma única palavra de criticismo razoável, o marxiano tenta se livrar dela denunciando-a como “economia burguesa”.[16] Para mostrar que a economia subjetiva não é “apologia capitalista”, deveria ser suficiente, com certeza, pontuar que há socialistas que defendem firmemente a teoria do valor subjetivo.[17] A evolução da economia é um processo da mente, independente dos supostos interesses de classe de economistas, e não tem nada a ver com a defesa ou condenação de qualquer instituição social particular. Toda teoria científica pode ser usada erroneamente por motivos políticos; o político não precisa construir uma teoria para alicerçar os objetivos que calha buscar.[18] As ideias do socialismo moderno não surgiram de cérebros proletários. Elas se originaram de intelectuais, filhos da burguesia, não de assalariados.[19] O socialismo não capturou apenas a classe trabalhadora; tem defensores, aberta e secretamente, mesmo entre as classes proprietárias.

§2
Ciência e socialismo

O pensamento abstrato é independente dos desejos que movem o pensador e dos objetivos pelos quais ele busca.[20] Somente essa independência qualifica o pensamento como tal. Desejos e propósitos regulam a ação. Quando é dito que a vida econômica influencia o pensamento, os fatos estão invertidos. A economia como ação racional é dependente do pensamento, e não o pensamento da economia.

Mesmo se desejássemos admitir que o pensamento é determinado pelo interesse de classe, isso só poderia ser feito ao considerar os interesses de classe reconhecidos. Mas o reconhecimento do interesse de classe já é o resultado de um pensamento. Não importa se tal pensamento demonstra que interesses de classe especiais existem ou se os interesses de todas as classes da sociedade harmonizam entre si, o processo de pensamento em si ocorre antes que a ideia de classe tenha influenciado o pensamento.

Para o pensamento proletário, em verdade, o marxismo assume uma verdade e um valor eterno, livre de todas as limitações dos interesses de classe. Apesar de ser ele mesmo, assumidamente, uma classe, o proletariado precisa, transcendendo os interesses de classe, proteger os interesses da humanidade, ao abolir a divisão da sociedade em classes. Da mesma forma, o pensamento proletário contém, ao invés da relatividade do pensamento determinado pela classe, a verdade absoluta do conteúdo da pura ciência, que virá a fruição na futura sociedade socialista. Em outras palavras, só o marxismo é ciência. O que precedeu Marx historicamente pode ser considerado a pré-história da ciência. O marxismo dá a filósofos anteriores a Hegel, aproximadamente, a mesma importância que os cristãos dão aos profetas, e garante a Hegel a mesma posição que o cristianismo dá a Batista em relação ao Salvador. Desde o aparecimento de Marx, no entanto, toda a verdade está com os marxistas, e todo o resto é mentira, engano e apologia capitalista.

Essa é uma filosofia bem simples e clara, e, nas mãos dos sucessores de Marx, se tornou ainda mais simples e clara. Para eles, ciência e socialismo marxista são idênticos. A ciência é a exegese das palavras de Marx e Engels. Provas são demonstradas pela citação e interpretação de suas palavras. Os protagonistas trocam acusações sobre a ignorância da “Escritura”. Portanto, um verdadeiro culto da ascensão do proletariado. Engels diz: “Apenas na classe trabalhadora a mente teórica alemã persiste sem dificuldades. Aqui, não está para ser exterminada. Aqui, não se preocupa com carreira, lucro, patrocínio gracioso de superiores. Ao contrário, quanto mais despreocupada e desinteressadamente a ciência procede, mais se encontra em uníssono com os interesses e esforços dos trabalhadores”.[21] De acordo com Tönnies, “apenas o proletariado, i.e., seus representantes e líderes literários” aderem, “em princípio, à visão científica com todas as suas consequências”.[22]

Para revelar estas afirmações presunçosas à devida luz, temos apenas de lembrar-nos da atitude socialista em relação aos avanços científicos das décadas recentes. Quando em torno de um quarto de um século atrás, um número de escritores marxistas tentava livrar a doutrina do partido de seus erros mais grotescos, foi aberta uma caça aos hereges para preservar a pureza do sistema. O revisionismo sucumbiu à ortodoxia. No marxismo, não há espaço para o pensamento livre.

§3
Os pressupostos psicológicos do socialismo

De acordo com o marxismo, o proletariado em uma sociedade capitalista necessariamente pensa de maneira socialística. Mas por que é este o caso? É fácil ver porque a ideia socialista não pôde ascender antes de haver empreendimentos em larga escala na indústria, no transporte e na mineração. Enquanto muitos podem querer redistribuir a propriedade física factual dos ricos, não ocorre a ninguém assegurar a igualdade de renda de nenhuma outra forma. Somente quando o desenvolvimento da divisão do trabalho criou empreendimentos de larga escala, inconfundivelmente indivisíveis, se tornou necessário invocar a maneira socialista de alcançar a igualdade. Mas, apesar de isso explicar por que não pode mais haver nenhuma questão de “divisão” no sistema capitalista, isso de nenhuma forma explica por que a política do proletariado precisa ser o socialismo.

Hoje em dia, tomamos por assumido que o trabalhador precisa pensar e agir socialisticamente. Mas chegamos a essa conclusão somente por assumirmos que a ordem de sociedade socialista é a forma de vida mais vantajosa para o proletariado ou, pelo menos, que o proletariado pensa dessa forma. A primeira alternativa já foi discutida nestas páginas. Em vista do indubitável fato de que o socialismo, apesar de seus numerosos apoiadores em outras classes, é mais difundido entre os trabalhadores, permanece somente a questão de por que o trabalhador, por causa da posição que ocupa na sociedade, tende a ser o mais receptível à ideologia socialista.

A bajulação demagógica dos partidos socialistas louva os trabalhadores do capitalismo moderno como um ser distinto em toda excelência de mente e caráter. Um estudo sóbrio e menos enviesado pode chegar a uma conclusão bem diferente. Mas esse tipo de inquérito pode ser tranquilamente deixado às bancadas dos partidos dos diversos movimentos. Para o conhecimento da sociologia do sistema partidário e das condições sociais em geral, não agrega valor. Nosso problema é simplesmente descobrir por que a posição do trabalhador na produção deveria propiciá-lo à visão de que o método socialista de produção é não somente possível em princípio, mas que seria mais racional do que o método capitalista.

A resposta não é difícil. O trabalhador, no empreendimento capitalista de média ou larga escala, não vê e nem conhece as ligações que unem as diversas partes do trabalho no sistema econômico como um todo. Seu horizonte como trabalhador e produtor não se estende para além do processo de sua tarefa. Ele sustenta que só ele é um membro produtivo da sociedade, e pensa que todos os outros, como superintendentes e engenheiros, nivelam-se com empreendedores, que, diferente dele, não operam máquinas e nem carregam fardos, são parasitas. Mesmo o funcionário de banco crê que somente ele é ativamente produtivo no banco, que faz o lucro da empresa, e que o gestor que conclui transações é um excesso, facilmente substituível sem perda. De seu ponto de vista, o trabalhador não consegue ver como as coisas se conectam. Ele pode descobrir através do pensamento esforçado e do auxílio de livros, mas nunca pelos fatos de seu próprio ambiente de trabalho. Assim como o homem comum só pode concluir através dos fatos de sua experiência diária que a terra fica parada e que o sol se move do leste para oeste, também assim o trabalhador, julgando por sua própria experiência, nunca pode chegar a um conhecimento verdadeiro da natureza e do funcionamento da vida econômica.

Mas quando a ideologia socialista aborda este homem economicamente ignorante e brada:

Trabalhador, acorde, acorde!

De tua força tome total conhecimento,

Todas as engrenagens haverão de parar

Se assim teu braço forte desejar.         (Herwegh.)

Causaria alguma surpresa se, atordoado com sonhos de poder, ele seguisse esse convite? Socialismo é a expressão do princípio da violência bradando da alma dos trabalhadores, assim como o imperialismo é o princípio da violência bradando da alma do oficial e do soldado.

As massas são propícias ao socialismo não porque o socialismo realmente tende a seus interesses, mas porque elas acreditam que ele o faz.

 

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Notas

[1]              Feuerbach, Vorläufige Thesen zur Reform der Philosophie, 1842 (Collected Works, Vol. II, Stuttgart 1904, p. 239).

[2]              Feuerbach, Die Naturwissenschaft und die Revolution, 1850 (op. cit., Vol. X, Stuttgart 1911, p. 22).

[3]              Vogt, Köhlerglaube und Wissenschaft, 2nd Edition, Giessen 1855, p. 32.

[4]              Max Adler, que tenta conciliar o marxismo com o novo criticismo kantiano, tenta em vão provar que o marxismo e o materialismo filosófico nada têm em comum (veja especialmente Marxistische Probleme, Stuttgart 1913, p. 60 et seq., 216 et seq.), em que ele entra em conflitos afiados com outros marxistas. Veja, por exemplo, Plechanow, Grundprobleme des Marxismus, Stuttgart 1910.

[5]              Marx, Das Kapital, Vol. I, p. 354, nota. Mas entre Descartes e Haller há Je Mettrie, com seu bis “homme machine”, cuja filosofia Marx infelizmente omitiu a interpretação geneticamente.

[6]              Marx, Zur Kritik der politischen Ökonomie, p. xi.

[7]              Marx e Engels, Das Kommunistische Manifest, p. 27.

[8]              Marx, Das Elend der Philosophie, ibid., p. 91. Veja também p. 294 da presente obra.

[9]              Marx, Das Kapital, Vol I. p. 336.

[10]             Ibid.

[11]             Marx, Zur Kritik der politischen Ökonomie, p. 62. — Barth (Die Philosophie der Geschichte als Soziologie, Vol. I, p, 658 et seq.) diz, corretamente, que a comparação entre os privilégios inatos da nobreza e ideias presumivelmente inatas podem ser consideradas, no máximo, como uma piada. Mas a primeira parte da Caracterização de Locke, de Marx, não é menos incompreensível do que a segunda.

[12]             Mehring, Die Lessing-Legende, 3rd Edition, Stuttgart 1909, p. 422.

[13]             Ibid., p. 423.

[14]             Held, Zwei Bücher zur sozialen Geschichte Englands, Leipzig 1881, pp. 176, 183.

[15]             Schumpeter, Epochen der Dogmen und Methodengeschichte (“Grundriss der Sozialökonomik”, Vol. I, Tübingen 1914), p. 81.

[16]             Hilferding, Böhm-Bawerks Marx-Kritik, Viena 1904, pp. 1, 61. Para o marxista católico Hohoff (Warenwert und Kapitalprofit, Paderborn 1902, p. 57) Böhm-Bawerk é “de fato um economista bem-dotado e ordinário que não conseguiu elevar-se para acima dos preconceitos capitalistas entre os quais cresceu.” Ver meu Grundprobleme der National· ökonomie, Jena 1933, p. 170 et seq.

[17]             Ver Bernard Shaw, por exemplo, Fabian Essays (1889), p. 16 et seq. Da mesma forma, em sociologia e ciência política, a lei natural e a teoria contratual serviram tanto para defender quanto para atacar o absolutismo.

[18]             Se alguém desejar creditar a concepção materialista da história por ter sublinhado o fato de que relações sociais dependem das condições naturais da vida e da produção, este alguém deve se lembrar de que isto pode ser considerado como mérito especial apenas em contraste com o excesso dos historiadores hegelianos e filósofos da história. A filosofia liberal da sociedade e da história e a escrita da história (mesmo do alemão, veja Below, Die Deutsche Geschichstsschreibung von den Befreiungskriegen bis zu unseren Tagen, Leipzig 1916, p. 124 et seq.) tinham antecipadamente esse conhecimento desde o fim do século XVIII.

[19]             Dos principais representantes do sindicalismo francês e do italiano, Sombart diz (Sozialismus und soziale Bewegung, 7th Edition, Jena 1919, p. 110): “Até onde eu os conheço pessoalmente — pessoas amáveis, finas, educadas. Pessoas cultas de linho limpo, boas maneiras e esposas elegantes, com quem encontramo-nos com prazer proporcional à nossa própria gentileza com os outros, e que certamente não aparentam como representantes de um movimento que se revolta contra a natureza cada vez mais burguesa do socialismo e quer ajudar os trabalhadores braçais, os genuínos e verdadeiros trabalhadores somente manuais a ter seus direitos.” E De Man diz (Zur Psychologie des Sozialismus, p. 16 et seq.): “Se alguém aceitar a expressão marxista enganosa que liga toda ideologia social a uma classe definida, então deverá dizer que o socialismo, como doutrina, até mesmo o marxismo, é de origem burguesa.”

[20]             O desejo é pai do pensamento, diz uma figura de linguagem. O que isso significa é que o desejo é o pai da fé.

[21]             Engels, Ludwig Feuerbach und der Ausgang der klassischen deutschen Philosophie, 5th Edition, Stuttgart 1910, p. 58.

[22]             Tönnies, Der Nietzsche-Kultus, Leipzig 1897, p. 6.

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Ludwig von Mises
Ludwig von Mises foi o reconhecido líder da Escola Austríaca de pensamento econômico, um prodigioso originador na teoria econômica e um autor prolífico. Os escritos e palestras de Mises abarcavam teoria econômica, história, epistemologia, governo e filosofia política. Suas contribuições à teoria econômica incluem elucidações importantes sobre a teoria quantitativa de moeda, a teoria dos ciclos econômicos, a integração da teoria monetária à teoria econômica geral, e uma demonstração de que o socialismo necessariamente é insustentável, pois é incapaz de resolver o problema do cálculo econômico. Mises foi o primeiro estudioso a reconhecer que a economia faz parte de uma ciência maior dentro da ação humana, uma ciência que Mises chamou de 'praxeologia'.

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