COVID-19: O mundo ocidental é responsável pela sua própria destruição

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A China plantou a semente, mas o dano foi feito por nossa própria classe dominante.  

Enquanto o Ocidente como um todo luta para recuperar sua posição econômica e social por meio de nossa crise autoinfligida e perpétua do coronavírus, a China encerrou 2020 com outro ano impressionante de crescimento rápido. A China encerrou o ano como a única grande potência com crescimento econômico em 2020. E Pequim prevê um aumento surpreendente de 8,4% do PIB em 2021. 

O que separa a China do resto de nós é simples: a China não comprou o que estava vendendo. O Partido Comunista Chinês (PCC) pôs fim à sua histeria interna mais de 9 meses, com um aviso simples e abrangente. Em março, eles declararam que a situação relacionada ao novo coronavírus em Wuhan havia acabado, junto com quase toda a epidemia em todo o país. O problema estava resolvido e pronto. Caso encerrado. Sem mais perguntas. Nesse momento, a China reconheceu que o COVID-19 não era digno de tanto alarde? Isso ainda não está claro. O que sabemos, de fato, é que a China ligou sua máquina social e econômica de volta a 100% em março de 2020, e eles nunca olharam para trás. A China está aberta para negócios quase um ano, enquanto a produtividade econômica do Ocidente permanece em um ritmo de lesma. 

A mensagem externa da China para o mundo era muito diferente de suas comunicações internas. Pequim disse a nós, o Ocidente, que o coronavírus era uma ameaça muito séria e que deveríamos modelar nossa resposta segundo a deles, se quiséssemos controlar a situação. Por razões desconhecidas, a grande maioria do Ocidente aceitou a premissa e recomendações da China sem hesitação. Em todo o Ocidente, continuamos a implementar essas políticas catastróficas e pseudocientíficas, que são todas variações do infame lockdown de Wuhan. Máscaras, quarentenas, toques de recolher e similares, a chamada “nova ciência” no COVID-19, todos têm pontos de origem na China. 

Alguns apoiadores de uma declaração de guerra contra a China na sociedade ocidental parecem ter a impressão de que podemos culpar a China por todos os problemas de 2020, porque a China foi responsável por “desencadear” o coronavírus  que, como um lembrete, infecta pessoas com uma doença que tem uma taxa de recuperação de 99,9% no mundo. Embora isso possa ser verdade, em algum ponto, precisamos assumir a responsabilidade pela situação presente.  

Eu entendo o papel do PCC em escancarar a loucura em torno do corona mais do que quase qualquer pessoa, tendo sido um dos poucos jornalistas que relatou extensivamente sobre este assunto. Leia algumas de minhas histórias neste tópico: 

Como a China e a OMS criaram a histeria por respiradores em massa 

Como a China instigou o pânico global do COVID-19 

Sim, a China é a culpada por supostamente permitir que o vírus escapasse de seus laboratórios, mas a China não é a culpada por nossa resposta destrutiva e contínua ao vírus. Pois para alguns estados, o trabalhador foi absolutamente esmagado pelo peso da bota de seu próprio governo. Existem 30 milhões de pequenas empresas nos Estados Unidos, e muitas delas estão nas últimas, por causa de políticas que nada têm a ver com a China, e tudo a ver com os políticos neste país que se revelaram aspirantes a tiranos embriagados de poder. 

O Partido Comunista Chinês não é responsável por Gavin Newsom, Andrew Cuomo, João Doria, Wilson Witzel, Flávio Dino, Bruno Covas, e incontáveis outros em todos os níveis de governo que aprisionaram seus próprios cidadãos em suas casas em 30 de dezembro de 2020. Simplificando, a data de validade da desculpa “A China fez isso!” ocorreu muitos meses. 

A China realmente plantou a semente para a histeria global corona, e o PCC continua a fazer barulho sobre os supostos perigos do COVID-19. No entanto, passou da hora de olhar para dentro e assumir a responsabilidade pela catástrofe econômica e social infligida por nossos próprios representantes e “especialistas em saúde pública” no governo, meio acadêmico e outros grupos de “elite” em nossa sociedade. Anthony Fauci e Deborah Birx, por exemplo, foram responsáveis por muito mais danos a dezenas de milhões de meios de subsistência americanos do que um punhado de propagandistas obscuros em Pequim. É fácil culpar quem está de fora pelos nossos problemas. É muito mais difícil, honesto e produtivo nos concentrarmos no que podemos fazer para consertar nosso próprio barco. 

A China floresceu em 2020 porque anulou a loucura do corona no início do ano e nunca olhou para trás. O PCC é responsável por muitas atividades problemáticas ao redor do mundo, mas não é responsável por decisões internas tomadas pelos políticos, supostamente para o benefício dos cidadãos. À medida que 2020 chega ao fim, é hora de fazermos mais do que apenas apontar nossos dedos para a China, enquanto fingimos que nossos líderes não compartilham a culpa nesta catástrofe autoinfligida. É hora de colocar nossas autoridades no fogo e exigir que sejam responsabilizadas por políticas contínuas e imprudentes que resultaram em ruína econômica e social em massa. A China não é responsável por transformar nosso país em uma nação que se assemelha mais a Pequim a cada dia que passa. Se quisermos manter nossa república, e a sociedade ocidental como um todo, precisamos nos lembrar dos princípios que defendemos e rejeitar os ditames vindos de políticos e burocratas maníacos que procuram destruir lentamente nossas liberdades individuais. 

 

Artigo original aqui. 

3 COMENTÁRIOS

  1. Uma contradição que parece ter passado despercebida é que, se a China pretende ser a potência mundial e a nação mais influente do mundo, como pode não ter sido capaz de impedir a propagação de um vírus de dentro de seu território para o mundo. Não consigo acreditar que a China, que almeja ser tão importante, não tenha sido competente a ponto de permitir a disseminação de um vírus pelo mundo. Portanto, isso me leva a crer que tudo foi proposital.

  2. A questão nunca foi impedir a propagação do vírus, até porque isso é impossível. Mas exportar que soluções autoritárias funcionariam. Ou seja, como demonstra a realidade, a China fez a típica boutade: faça o que eu digo mas não faça o que eu faço…

    A loucura foi tão generalizada, que quando a China se deu conta da bobagem que havia feito – eu acredito nisso, já que fazendeiros não gostam de perder nenhum gado humano que possam explorar -, e simplesmente voltou ao normal, nossos zé droguinhas ficaram tão revoltados, que se eles pudessem, teriam ido a China fechar tudo de novo. É só olhar os comentários nas fotos que começaram a circular já em março, das “aglomerações” em Wuhan.

    No final das contas, aqueles que soltaram foguetes por denunciar a ditadura chinesa por sumir com os médicos que alertaram sobre os vírus, pagaram caro por isso, já que ficou no ar que os chineses escondiam a real situação, ou seja, seria muito pior. Quem acompanhava o noticiário desde janeiro, sabia que a reação dos chineses era esconder o vírus para que não prejudicasse seus negócios, já que eles temiam por bloqueios econômicos sanitários. Ao ver que o mundo inteiro embarcou na narrativa da pandemia, o que parecia ser uma tragédia, transformou-se em oportuninade para os amarelos. Eu aposto se o ocidente não fosse comandado por uma geração de maricas que acham que o liberalismo político é uma filosofia, os chineses já teriam aberto Wuhan em janeiro mesmo…

    Agora é tarde, não tem o que fazer, o estrago é completo. Não vejo o meu Internacional ganhar um BR há 41 anos. Se ganhar sem torcida pra mim não vale. Obrigado PCC e suas cortesãs no Brasil.

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