O que você deve saber sobre a inflação

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[Esse artigo foi extraído dos capítulos iniciais do livro What You Should Know About Inflation (1964).]

Atualmente, nenhum assunto é mais discutido – e mais mal compreendido – do que a inflação. Os políticos falam dela como se fosse algum terrível visitante desconhecido e inesperado, sobre o qual eles não têm qualquer controle – como um dilúvio, uma invasão externa ou uma praga. É algo contra o qual eles estão sempre prometendo “lutar” – e para isso eles só precisam que o Congresso ou o povo dê a eles as “armas” ou “uma lei severa” para fazer o serviço.

Entretanto, a simples e óbvia verdade é que foram os nossos próprios líderes políticos que criaram a inflação através de suas próprias políticas fiscais e monetárias. E eles estão prometendo lutar com a mão direita contra as condições que eles mesmos criaram com a mão esquerda.

A inflação, sempre e em qualquer lugar, é causada fundamentalmente por um aumento na oferta de dinheiro e crédito. Na realidade, a inflação é o aumento na oferta de dinheiro e crédito. Se você procurar no American College Dictionary, por exemplo, encontrará a primeira definição de inflação da seguinte maneira:

“Expansão indevida ou aumento da moeda de um país, principalmente através da emissão de papel-moeda não redimível em moeda sonante.”

No entanto, em anos recentes o termo passou a ser usado em um sentido radicalmente diferente. Isso é perceptível na segunda definição dada pelo American College Dictionary:

“Um aumento substancial dos preços causado por uma expansão indevida do papel moeda ou do crédito bancário.”

Agora, é óbvio que um aumento dos preços causado por uma expansão da oferta monetária não é a mesma coisa que a expansão da oferta monetária propriamente dita. Uma causa ou condição claramente não é idêntica a uma de suas conseqüências. Assim, o uso da palavra “inflação” com esses dois significados bem diferentes gera uma infindável confusão.

A palavra “inflação” originalmente era aplicada apenas para a quantidade de dinheiro. Ela significava que o volume de dinheiro era inflado, aumentado, exagerado. Não se trata de pedantismo insistir que a palavra deva ser usada apenas em seu significado original. Usá-la com o significado de “um aumento nos preços” é desviar a atenção da causa real da inflação e da real cura para ela.

Vejamos o que acontece em um ambiente inflacionário, e por que isso acontece. Quando a oferta de dinheiro aumenta, as pessoas têm mais dinheiro para trocar por bens. Se a oferta de bens não aumenta – ou não aumenta tanto quanto a oferta de dinheiro – então os preços dos bens irão subir. Cada nota fiduciária individual – por exemplo, o dólar – se torna menos valiosa porque passa a existir uma quantidade maior delas. Assim, um número maior dessas notas será oferecido em troca de, digamos, um par de sapatos ou cem quilos de trigo. Um “preço” é uma razão de troca entre, por exemplo, um dólar e uma unidade de um bem. Quando as pessoas têm mais dólares, elas valorizam menos cada dólar. Assim, o preço dos bens aumenta, não porque eles estejam mais escassos do que antes, mas porque os dólares estão mais abundantes.

Antigamente, os governos inflacionavam através da adulteração da cunhagem das moedas, principalmente através da alteração do teor da liga. Depois eles descobriram que poderiam inflacionar de maneira mais rápida e barata simplesmente jogando papel em uma impressora e imprimindo dinheiro. Foi isso que aconteceu com oassignat francês em 1789, e com a moeda americana durante a Revolução Americana. Hoje, o método é um pouco mais indireto. O governo vende seus títulos ou outras formas de dívida para os bancos. Como forma de pagamento, os bancos criam “depósitos” em seus registros contábeis, depósitos esses que podem ser sacados pelo governo. Em contrapartida, um banco pode vender essas dívidas do governo para o Banco Central (Federal Reserve, no caso dos EUA), que pode pagar por elas de duas maneiras: creditando um depósito na conta que esse banco tem junto ao Banco Central, ou simplesmente imprimindo dinheiro para pagar por elas. É assim que o dinheiro é criado.

A maior parte da “oferta monetária” de um país é representada não pela moeda que passa de mãos em mãos, mas pelos depósitos bancários que são sacados por meio de cheques. Assim, quando os economistas medem nossa oferta monetária, eles somam os depósitos a vista (e, frequentemente, os depósitos a prazo) ao dinheiro fora dos bancos para obter o total. O total de dinheiro e crédito assim medido foi de $63,3 bilhões ao final de dezembro de 1939, e $308,8 bilhões ao final de dezembro de 1963. Esse aumento de 388% na oferta monetária foi a razão predominante de os preços atacadistas terem aumentado 138% no mesmo período.

Algumas ressalvas

Frequentemente argumenta-se que atribuir a inflação a somente um aumento no volume de dinheiro é algo “deveras simplista”. Isso é verdade. Muitas classificações devem ser consideradas.

Por exemplo, a “oferta monetária” deve ser considerada como algo que inclui não só o estoque de dinheiro físico, que passa de mãos em mãos, mas também a oferta de crédito bancário – especialmente nos Estados Unidos, onde a maioria dos pagamentos é feita via cheques.

Também é algo “deveras simplista” dizer que o valor de um dólar individual depende simplesmente da atual oferta de dólares em circulação. O valor depende também da oferta futura esperada de dólares. Se a maioria das pessoas temer, por exemplo, que a oferta de dólares será ainda maior daqui a um ano, em relação a hoje, então o valor presente do dólar (medido em relação ao seu poder de compra) será menor do que a atual quantidade de dólares pode de fato valer.

Novamente, o valor de qualquer unidade monetária, tal como o dólar, depende não apenas da quantidade de dólares existentes, mas também de sua qualidade. Quando um país sai do padrão-ouro, por exemplo, isso significa que o ouro, ou o direito de se conseguir ouro, repentinamente virou um mero papel. Assim, o valor da unidade monetária normalmente cai de imediato, mesmo que ainda não tenha havido qualquer aumento na quantidade de dinheiro. Isso ocorre porque as pessoas têm mais fé no ouro do que nas promessas ou nas ponderações dos gerentes monetários do governo. De fato, é difícil encontrar um exemplo de algum caso em que uma retirada do padrão-ouro não foi seguida de um aumento do crédito bancário e do dinheiro impresso em circulação.

Em resumo, o valor do dinheiro varia basicamente pelas mesmas razões que varia o valor de qualquer commodity. Assim como o valor de um alqueire de trigo depende não apenas da atual oferta total de trigo, mas também da futura oferta esperada e da qualidade do trigo, o valor do dólar também depende de uma variedade similar de considerações. O valor do dinheiro, assim como o valor de quaisquer bens, não é determinado meramente por relações mecânicas ou físicas, mas primariamente por fatores psicológicos que podem ser complicados.

Ao lidar com as causas e a cura da inflação, é preciso ter em mente quais são as reais complicações; não se deve se deixar ser confundido e enganado por complicações desnecessárias ou inexistentes.

Por exemplo, é muito comum ouvir que o valor do dólar depende não somente da quantidade de dólares, mas também da sua “velocidade de circulação“. Um aumento na “velocidade de circulação”, no entanto, não é a causa de uma queda adicional do valor do dólar; esse aumento é em si uma das conseqüências do temor de que o valor do dólar vai diminuir (ou, para colocar de outra maneira, da crença de que os preços dos bens vão aumentar). É essa crença que torna as pessoas mais ansiosas para trocar dólares por bens. A ênfase que alguns escritores dão à “velocidade de circulação” é apenas mais um exemplo do erro de se substituir razões reais psicológicas por considerações mecânicas dúbias.

Um outro beco sem saída: como resposta àqueles que dizem que a inflação de preços é causada primariamente por um aumento do dinheiro e do crédito, algumas pessoas argumentam que o aumento dos preços das commodities frequentemente ocorre antes do aumento da oferta monetária. Isso é verdade. Isso foi o que ocorreu imediatamente após a deflagração da guerra na Coréia. Matérias-primas estratégicas começaram a encarecer por temor de que elas se tornariam escassas. Especuladores e produtores começaram a comprá-las e guardá-las, seja para se obter lucros futuros ou para se formar estoques preventivos. Mas para fazer isso, eles tiveram de pedir mais dinheiro emprestado junto aos bancos. Assim, o aumento dos preços foi acompanhado de um aumento igualmente notável dos empréstimos bancários e dos depósitos. De 31 de maio de 1950 até 30 de maio de 1951, os empréstimos feitos pelos bancos daquele país aumentaram em $12 bilhões. Se esse aumento dos empréstimos não tivesse ocorrido, e dinheiro novo (algo em torno de $6 bilhões ao final de janeiro de 1951) não tivesse sido impresso para cobrir os empréstimos, o aumento dos preços não teria como ser sustentado. Ou seja, o aumento dos preços só foi possível porque houve um aumento da oferta monetária.

Algumas falácias populares

Uma das mais persistentes falácias sobre a inflação é a assunção de que ela é causada, não por um aumento na quantidade de dinheiro, mas por uma “escassez de bens”.

É verdade que um aumento nos preços (algo que, como já vimos, não deve ser identificado com inflação) pode ser causado tanto por um aumento na quantidade de dinheiro como por uma escassez de bens – ou pelos dois, simultaneamente. O trigo, por exemplo, pode ter seu preço aumentado seja porque houve um aumento na oferta de dinheiro ou por ter havido problemas com a safra. Mas raramente se observa, mesmo em condições de guerra total, um aumento generalizado dos preços causado por uma escassez generalizada de produtos. No entanto, tão persistente é a falácia de que a inflação é causada por uma “escassez de bens” que, mesmo na Alemanha de 1923, depois de os preços terem se elevado em centenas de bilhões de vezes, altos funcionários do governo e milhões de alemães estavam dizendo que a culpa toda era da “escassez geral de bens” – no mesmo momento em que estrangeiros iam comprar bens alemães com ouro ou com suas próprias moedas a preços bem menores do que os preços cobrados por esses mesmos bens em seus países de origem.

O aumento dos preços ocorrido nos EUA desde 1939 é constantemente atribuído a uma “escassez de bens”. Contudo, estatísticas oficiais mostram que a taxa de produção industrial em 1959 foi 177% maior do que em 1939, ou aproximadamente três vezes maior. Dizer que um aumento dos preços em tempos de guerra é causado por uma escassez de bens civis também não torna a explicação melhor. Mesmo considerando-se que os bens civis realmente se escassearam em períodos de guerra, a escassez não poderia ter causado um aumento substancial dos preços por um simples motivo: os impostos tomaram uma porcentagem da renda civil tão grande quanto o rearmamento tirou dos bens disponíveis para a população.

Isso nos leva a uma outra fonte de confusão. Frequentemente se fala que um déficit orçamentário é em si algo necessário e suficiente para se causar inflação. Um déficit orçamentário, entretanto, se for totalmente financiado pela venda de títulos do governo pagos através do uso da poupança real não causará inflação (ver mais aqui). E mesmo um superávit orçamentário, por outro lado, não é uma garantia contra a inflação. Isso ficou provado no ano fiscal que terminou em 30 de junho de 1951, quando houve uma substancial inflação de preços, não obstante tenha havido um superávit orçamentário de $3,5 bilhões. A mesma coisa ocorreu nos anos fiscais de 1956 e 1957, quando também ocorreram superávits orçamentários. Um déficit orçamentário, portanto, será apenas inflacionário se causar um aumento da oferta monetária. E a inflação pode ocorrer mesmo havendo um superávit orçamentário, bastando para isso haver um aumento da oferta monetária.

A mesma cadeia de causalidade se aplica às chamadas “pressões inflacionárias” – particularmente a famosa “espiral de preços e salários”. Um aumento dos salários para níveis acima do “nível de equilíbrio”, se não for precedido, acompanhado ou rapidamente seguido de um aumento da oferta de dinheiro, não causaria inflação; causaria simplesmente um aumento no desemprego. E um aumento nos preços sem um aumento do dinheiro no bolso das pessoas iria causar apenas uma queda nas vendas. Aumento de preços e salários, para resumir, é normalmente conseqüência da inflação. Esse aumento só pode causar inflação se ele forçar um aumento da oferta monetária.

A cura para a inflação

A cura para a inflação, como todas as curas, consiste principalmente em remover a causa dela. A causa da inflação é o aumento da moeda e do crédito. A cura é parar de aumentar a moeda e o crédito. A cura para a inflação, em suma, é parar de inflacionar. Simples assim.

Apesar de ser simples em princípio, essa cura frequentemente envolve decisões complexas e desagradáveis em seus detalhes. Comecemos com o orçamento federal. É praticamente impossível evitar a inflação tendo déficits contínuos e pesados. É quase certo que esses déficits serão financiados por meios inflacionários – isto é, pela direta ou indireta criação de mais dinheiro. Enormes gastos governamentais não são em si inflacionários – desde que sejam totalmente financiados com receitas de impostos, ou através de empréstimos que serão pagos inteiramente através do uso da poupança real. Mas a dificuldade inerente a ambos esses métodos de pagamento é que, a partir do momento em que os gastos ultrapassam um certo ponto, torna-se inviável utilizar apenas impostos ou empréstimos para cobri-los; assim, é praticamente inevitável que o governo recorra às impressoras do banco central.

Ademais, apesar de considerarmos que enormes gastos completamente financiados por enormes impostos não são necessariamente inflacionários, eles inevitavelmente reduzem e desorganizam a produção, e enfraquecem qualquer sistema de livre iniciativa. O remédio para os enormes gastos governamentais, portanto, não está em impostos igualmente enormes, mas em parar a gastança descontrolada.

Pelo lado monetário, o Tesouro e o Banco Central (Federal Reserve System) devem parar de criar dinheiro artificialmente barato – isto é, eles devam parar de manter as taxas de juros arbitrariamente baixas. O Banco Central não deve retornar à antiga política de comprar os próprios títulos do governo a seus valores de face. Quando as taxas de juros são mantidas artificialmente baixas, elas estimulam um aumento de empréstimos. E isso leva a um aumento da oferta monetária e de crédito. O processo funciona das duas maneiras, pois é necessário aumentar a oferta monetária e de crédito para se manter as taxas de juros artificialmente baixas – e vice-versa. É por isso que uma política de “dinheiro barato” e uma política de valorização dos títulos do governo são simplesmente duas formas de se descrever a mesma coisa. Quando os bancos subsidiários do Federal Reserve (12 bancos que fazem de fato as operações determinadas pelo Banco Central) compram os títulos do governo – que até então pagavam juros de, digamos, 2,5% -, pagando por eles o equivalente ao valor de face, eles derrubam as taxas de juros de longo prazo para 2%. E eles, na realidade, pagam por esses títulos simplesmente imprimindo mais dinheiro. É esse processo que é conhecido como “monetização” da dívida pública. A inflação vai durar enquanto durar esse processo.

O Banco Central, se estiver de fato determinado a parar a inflação e cumprir com suas responsabilidades, irá se abster dos seus esforços de manter baixas as taxas de juros e de monetizar a dívida pública. Ele deveria retornar à tradição que dita que a taxa de redesconto de um banco central deve normalmente (e principalmente em um período inflacionário) ser uma taxa de “punição” – isto é, uma taxa maior do que aquela que os bancos membros da Reserva Federal conseguem em seus empréstimos mútuos. (Para mais informações sobre esses mecanismos descritos, ver aqui).

Quero aqui declarar minha convicção de que o mundo jamais vai sair da atual era inflacionária a não ser que ele retorne ao padrão-ouro. O padrão-ouro fornecia um controle praticamente automático sobre a expansão interna do crédito. É por isso que os burocratas quiseram abandoná-lo. Além de ser uma defesa contra a inflação, o padrão-ouro é o único sistema que já deu ao mundo o equivalente a uma moeda internacional.

A primeira pergunta a ser feita atualmente não é como podemos parar a inflação, mas, sim, se nós realmente queremos fazer isso. Um dos efeitos da inflação é provocar uma redistribuição da riqueza e da renda. Em sua fase inicial (até que ela alcance o ponto em que distorça e debilite totalmente a estrutura de produção da economia), ela beneficia alguns grupos às custas de outros. Os primeiros são aqueles privilegiados que recebem antes de todos os outros o dinheiro que é recém criado. Nesse momento, o valor do dinheiro ainda não foi diluído e, assim, esse grupo, que está mais rico, tem acesso privilegiado a todos os bens disponíveis, que ainda estão com os preços antigos. À medida que esse novo dinheiro vai perpassando os vários setores da economia, os preços vão subindo. Quando esse dinheiro chega à base da pirâmide, todos preços já aumentaram. Houve, assim, uma transferência de riqueza dos mais pobres, que arcam com o ônus da inflação, para os mais ricos, que adquiriram bens a preços anteriores à inflação. Dessa forma, um número cada vez maior de cidadãos passa a integrar o segundo grupo, que não consegue desfrutar do alto padrão de vida que a inflação monetária traz para os poucos privilegiados do primeiro grupo. Assim, os integrantes do primeiro grupo adquirem um interesse velado em manter a inflação. Muitos ainda continuam com a ilusão de que podem virar o jogo – que podem aumentar a renda de maneira mais rápida que o custo de vida. Dessa forma, há uma grande dose de hipocrisia nos protestos contra a inflação. Muitos estão na realidade gritando: “Congelem os preços e a renda de todos, menos a minha”.

Os governos são os piores criminosos em toda essa hipocrisia. Ao mesmo tempo em que eles professam estar “lutando contra a inflação”, eles estão seguindo a conhecida política do “pleno emprego”. Como um defensor da inflação certa vez escreveu na The Economist: “A inflação é noventa por cento de qualquer política de pleno emprego.”

O que ele esqueceu de acrescentar é que a inflação sempre termina em uma crise e em um colapso da economia; e que pior do que esse colapso em si pode ser a ilusão do público de que o colapso foi causado, não pela inflação anterior, mas pelos defeitos inerentes ao “capitalismo”.

A inflação, para resumir, é o aumento no volume de dinheiro e do crédito bancário em relação ao volume de bens. Ela é danosa porque deprecia o valor da unidade monetária, aumenta o custo de vida para todos, impõe o que é de fato um imposto sobre os mais pobres (sem isenções) a uma alíquota tão alta quanto a dos impostos sobre os mais ricos, destrói o valor das poupanças acumuladas, desestimula a poupança futura, redistribui a riqueza e a renda maliciosamente, estimula e recompensa a especulação em detrimento da parcimônia e do trabalho, solapa a confiança na justiça inerente ao sistema de livre iniciativa, e corrompe a moral pública e privada.

Mas ela jamais é “inevitável”. Sempre poderemos acabar com ela da noite para o dia, se tivermos a vontade sincera de fazer tal coisa.

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