Um breve comentário sobre Thomas Piketty

0
Tempo estimado de leitura: 2 minutos

piketty02rv1É realmente impressionante como acadêmicos marxistas conseguem sempre — sempre! — enganar a mídia e os incautos: eles são vistos como possuidores de um alto padrão moral ao mesmo tempo em que defendem a ideologia responsável que prega a chacina e a obliteração da civilização humana, e que foiresponsável direta pela morte de centenas de milhões de pessoas ao longo do último século.

O mais recente “herói” entre os acadêmicos marxistas é Thomas Piketty, um economista marxista francês que escreveu aquele que ele próprio considera ser uma versão atualizada de Das Kapital, de Karl Marx.  Seu livro, O Capital no Século XXI, recebeu elogios rasgados de ideólogos esquerdistas de todos os cantos do mundo, especialmente de seu fã mais delirante, Paul Krugman.

O roteiro é sempre, e inacreditavelmente, o mesmo: a “desigualdade” de renda é horrível, e por isso o estado deve confiscar mais dinheiro da classe produtiva para redistribuí-lo à classe parasítica — ao mesmo tempo em que, obviamente, deve pagar polpudas comissões a consultores econômicos como Piketty, que fazem o trabalho de “justificar” a necessidade de todo esse esbulho.

As ideias de Piketty podem ser resumidas no seguinte silogismo:

1) O socialismo sempre se revelou um colossal desastre em todos os locais do globo em que foi implantado;

2) praticamente todas as pessoas do mundo sabem disso;

3) por isso, precisamos de ainda mais socialismo, pois o socialismo que foi tentado não foi o correto.

Piketty diz que o “problema” do capitalismo é que o capital investido gera retornos mais altos do que os ganhos do trabalho.  Se esse é o problema, eis então uma solução libertária para esse “problema”: corte radical de impostos, desestatização, abolição de tarifas protecionistas e desregulamentação de todos os setores da economia.  Essas quatro medidas imediatamente criariam mais liberdade econômica, mais liberdade de entrada, mais concorrência e, por conseguinte, menores lucros e uma menor taxa de retorno sobre o capital investido.

Haveria mais liberdade para que trabalhadores comuns se tornassem empreendedores e capitalistas, gerando uma necessária concorrência para os setores já estabelecidos.

Se o mundo for inundado por mais empreendedores capitalistas, a taxa de retorno do capital — que é o grande pecado do capitalismo, segundo Piketty — seria instantaneamente diminuída.

Quando isso ocorrer, pode contar com o futuro surgimento de um novo Thomas Piketty, que agora escreverá um livro de mil páginas sobre como os malefícios do capitalismo levaram a uma diminuição da taxa de retorno dos empreendedores, que agora estão com dificuldades para ter lucro.  E como o governo deve intervir para aumentar a taxa de retorno dos empreendedores.

 

Nota do IMB: o governo francês recuou e aboliu a recém-implementada alíquota de 75% do imposto de renda após as receitas adicionais — contrariamente ao que foi previsto por Piketty — terem se revelado ínfimas.  Não prenda a respiração na expectativa de que isso abalará a credibilidade de Piketty.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.