9 Superpopulação

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Discípulos de Malthus

 

Voltando de outro dia de trabalho, você decide pegar um ônibus. É pleno horário de pico, e o veículo está lotado. Cansado, em pé, espremido ali no meio, empurrado para lá e para cá, você começa a refletir: “Acho que tem gente demais no mundo!” Você se lembra de uma aula que teve já há algum tempo, em que o professor alertava para o problema da superpopulação no planeta. Por incrível que pareça, você ainda se recorda do nome do cientista que havia feito previsões catastróficas nesse sentido: Thomas Malthus. “É, pelo visto Malthus estava certo mesmo…” — você conclui. Mas será que estava mesmo?

Thomas Robert Malthus foi um economista inglês, nascido no século XVIII, que se especializou em economia política e demografia. Em 1798, ele publicou um livro seminal, intitulado “Um ensaio sobre o princípio da população”. Segundo esse autor, a população humana crescia de forma geométrica, enquanto a produção de alimentos crescia de forma aritmética. Em uma progressão geométrica, a cada intervalo o incremento é maior, como nessa seqüência: 1, 2, 4, 8, 16… Já em uma progressão aritmética, a cada intervalo o incremento é sempre o mesmo, como aqui: 1, 2, 3, 4, 5…

Note que, se isso é verdade, a diferença entre o tamanho da população humana e nossa capacidade de produzir alimentos vai aumentando com o tempo. Segundo o autor, isso leva à carestia em níveis cada vez maiores e a um eventual colapso populacional. Quer dizer, chega um ponto em que o número de pessoas passando fome é tão grande que muitas delas morrem e a população humana colapsa. A esse respeito, escreveu Malthus em seu livro: “A capacidade da população em crescer é tão superior ao poder da Terra em fornecer recursos para o homem que a morte prematura deve, de uma forma ou de outra, visitar a raça humana.”

Malthus acreditava que havia dois tipos de controle permanentes em operação. O primeiro eram os controles “preventivos”, como a abstinência sexual e o casamento tardio, que levavam a uma diminuição da taxa de natalidade. Se a intensidade desses controles preventivos não fosse alta o suficiente, apareciam os controles “positivos”, como fome, doenças e guerras, que levavam a um aumento da taxa de mortalidade, no que ficou conhecido como “catástrofe malthusiana”. Se a população humana crescesse muito, essa catástrofe faria com que ela voltasse forçosamente para um nível menor, mais sustentável.

Suas previsões apocalípticas, contudo, não se confirmaram. Não houve até hoje a esperada catástrofe malthusiana. A produção de alimentos acompanhou nosso crescimento populacional graças ao desenvolvimento das técnicas agropecuárias, à mecanização, à introdução de linhagens altamente produtivas, ao uso de fertilizantes e defensivos agrícolas, entre outros. Conforme o ambientalista Bjørn Lomborg ressaltou, entre 1960 e 2000, ao mesmo tempo que a população humana dobrou de tamanho, a quantidade diária de calorias produzidas para cada pessoa aumentou em 23%.

Ainda que as previsões de Malthus não tenham se confirmado, suas ideias se mantiveram vivas entre outros intelectuais e até geraram o termo “malthusianismo”. Esse termo está ligado a uma série de movimentos políticos e sociais, mas, de modo geral, pode ser associado à defesa de alguma forma de controle populacional. Para os malthusianistas, a ideia de que o crescimento humano exponencial levará a um esgotamento dos recursos naturais ainda é válida e que se não fizermos nada para diminuir a taxa de natalidade, aquela catástrofe ainda continuará à espreita da humanidade.

Por exemplo, John Maynard Keynes, já criticado no segundo capítulo deste livro, havia postulado que a instabilidade econômica e política da Europa no começo do século XX, tinha sido consequência de pressões populacionais malthusianas sobre a oferta de alimentos. A propósito, muitos modelos de esgotamento de recursos são malthusianos em sua essência: a taxa de consumo de um dado recurso eventualmente ultrapassará nossa capacidade de produzi-lo, levando a uma crise. Essas ideias malthusianas, claro, encontraram terreno fértil para prosperar entre os vendedores de medo ligados às questões ambientais.

 

A bomba populacional

 

Para boa parte dos ambientalistas, os problemas que discutimos nos capítulos anteriores deste livro são consequência direta do crescimento populacional exponencial de nossa espécie. “O ser humano é um vírus para o planeta!” — alerta o justiceiro ambiental — “Estamos exaurindo seus recursos, poluindo-o, extinguindo suas espécies, mudando o seu clima, tudo isso porque estamos crescendo sem limites! Já são quase oito bilhões de pessoas! Se não fizermos nada, tudo vai colapsar!” A histeria de nosso justiceiro, decorrente dessa perspectiva de uma catástrofe malthusiana, é comum entre defensores do meio ambiente.

Um deles é o biólogo Paul Ehrlich – sim, aquele mesmo que errou grosseiramente suas previsões sobre a extinção de espécies. Em 1968, ele publicou o livro “A bomba populacional”, que fez um sucesso estrondoso à época. Nele, Ehrlich previa que haveria fome no mundo todo, em níveis altíssimos e crescentes, a partir da década de 1970, em decorrência da superpopulação. Prevendo uma tragédia malthusiana, escreveu ele em um tom fatalista: “A luta para alimentar toda a humanidade terminou. Nos anos 1970, centenas de milhões de pessoas morrerão de fome a despeito de qualquer programa assistencial que seja criado.”

Segundo Ehrlich, a escassez de alimentos seria implacável e atingiria até mesmo países ricos, como os Estados Unidos, onde “milhões de pessoas iriam morrer de fome”, ou a Inglaterra, cujo desparecimento ele havia previsto: “Se eu pudesse, apostaria uma soma substancial que a Inglaterra deixará de existir até o ano 2000.” Em 1970, quando foi celebrado o primeiro Dia da Terra, Ehrlich profetizou: “Dentro de dez anos, todas as mais importantes vidas animais nos oceanos estarão extintas. Grandes áreas costeiras terão de ser evacuadas por causa do fedor de peixe morto.”

Suas previsões sombrias também não se confirmaram. Dados compilados por Max Roser e disponibilizados na página de seu instituto, Our World in Data, mostram que a tal catástrofe não aconteceu. Ao contrário, ao longo da década de 1970, a oferta diária de calorias por pessoa aumentou, uma tendência que se mantém até hoje. Apesar das interferências estatais, as inovações tecnológicas produzidas pelo mercado baratearam os alimentos e levaram a uma diminuição na taxa de pessoas subnutridas. A Inglaterra ainda existe, e nenhuma cidade costeira precisou ser evacuada devido ao fedor de peixe morto.

Ehrlich não se deu por vencido e ainda hoje continua afirmando que “o fim está próximo”. Apesar de clamorosamente errado em suas previsões, ele influenciou e continua influenciando muita gente. Da incapacidade de produzir alimentos, a justificativa passou a ser os impactos ambientais de uma população numerosa sobre o planeta. Um dos que foram influenciados por Ehrlich, o ecólogo Eric Pianka comparou nossa espécie a bactérias crescendo sem controle em um placa de ágar, consumindo seus recursos à exaustão. Para Pianka, “o mundo, incluindo toda a humanidade, estaria muito melhor se não houvesse tantos de nós”.

Ou o ambientalista inglês James Lovelock, conhecido por sua teoria de Gaia, que postula que a Terra funciona como um organismo autorregulatório. Dentro de sua teoria, ele considera que a humanidade é uma doença infecciosa e que o planeta está ativamente nos combatendo. Ele concorda com o Agente Smith, personagem do filme “Matrix”: “Vocês, humanos, não. Vocês se movem para uma área e se multiplicam. E se multiplicam até que todos os recursos naturais sejam consumidos. A única maneira de sobreviverem é se espalhando para outra área. Há um outro organismo neste planeta que segue o mesmo padrão. Você sabe qual? Um vírus!”

Ainda, um relatório do Fundo Populacional das Nações Unidas, publicado em 2009, decretou que todos nós somos culpados pelo simples fato de existirmos e que estados devem ter políticas para diminuir o crescimento populacional: “Nenhum ser humano é genuinamente neutro em carbono, especialmente quando todos os gases do efeito estufa são inclusos na equação. Logo, todos são parte do problema e todos devem ser parte da solução. Intensos programas de planejamento familiar são do interesse de todos os países no que diz respeito aos gases do efeito estufa.”

Em uma coluna publicada em 2018, no New York Times, o filósofo Todd May, professor da Universidade de Clemson, defendeu a ideia de que uma eventual extinção da raça humana seria uma bênção para o planeta. Segundo ele, nossas contribuições negativas ao mundo são muito maiores do que as positivas. “A humanidade” — escreve ele — “é a fonte de devastação da vida de animais conscientes em uma escala difícil de compreender.” Como punição pelo tratamento dado aos animais e ao meio ambiente, ele diz que merecemos desaparecer da face da Terra. Assustador, não?

O que fica claro nesses posicionamentos é que a agenda desses ambientalistas é, antes de mais nada, uma agenda anti-humana. Um mundo ermo, sem ninguém, parece ser aquilo com que sonham. Eles veem o ambientalismo não como uma forma para melhorar nosso bem-estar, mas como um fim em si mesmo. Os mais radicais são bastante claros quanto a isso. Eles encaram a humanidade como uma inimiga da natureza e, se pudessem, destruiriam aquela para salvar esta. Se tivessem o poder, talvez fizessem com que metade da humanidade desaparecesse com um estalar de dedos… Espere, isso não lhe lembra algo?

 

O dilema de Thanos

 

Sim, quem tentou fazer isso foi Thanos, antagonista no filme “Vingadores: guerra infinita”, lançado em 2018. Thanos, um ser alienígena superpoderoso, era um niilista. Como Thomas Malthus, ele acreditava que a produção de recursos seria incapaz de acompanhar o crescimento populacional, o que geraria fome, miséria e sofrimento. Como um justiceiro social embuído das melhores intenções, sua pseudossolução era simplesmente matar metade da população do universo. Assim como o estado faz conosco cotidianamente, ele acreditava que o sacrifício de inocentes seria justificado em nome de um suposto “bem maior”.

O “bem maior” é um conceito rotineiramente usado por políticos para ganhar poder e moer liberdades. Esse conceito vem de uma perspectiva utilitarista, de que é necessário “levar a maior de quantidade do que é bom para o maior número possível de pessoas”. Mas quem vai determinar isso? Preferências são subjetivas: o que é considerado melhor por uma pessoa não o é necessariamente por outra. Logo, o bem é incomensurável. Sendo assim, não há como quantificá-lo e, muito menos, maximizá-lo. Mesmo que fosse possível quantificar o “bem maior”, ainda assim não seria ético implementá-lo coercitivamente.

Infelizmente, a justificativa para medidas políticas extremas é sempre essa do bem maior: “nesta crise, façam o que estamos mandando, porque sabemos que as boas consequências de nossas medidas compensarão seus impactos negativos”. Quem defende essa posição está aceitando que “os fins justificam os meios”, que basta identificar supostas consequências de um pacote de medidas coercitivas como o bem maior que a discussão se encerra. “É para o seu próprio bem!” — dizem. Thanos era um desses. Apesar de pretender matar indivíduos inocentes, ele acreditava piamente que agia em nome de uma nobre causa.

Esse tipo de “tirania do bem” é perigosíssimo. Como o autor britânico Clive Staples Lewis escreveu apropriadamente: “De todas as tiranias, aquela sinceramente exercida pelo bem de suas vítimas pode ser a mais opressiva. Seria melhor viver sob um ditador explorador do que sob bisbilhoteiros morais onipotentes. A crueldade do ditador pode esmorecer, sua cobiça pode eventualmente ser saciada, mas aqueles que nos atormentam para nosso próprio bem o farão para sempre, porque o fazem com a aprovação de suas consciências.” Assim, devemos ter muito cuidado com quem quer nos retirar liberdades “para nosso próprio bem”.

O que poderia nos confortar é que Thanos é apenas um personagem de ficção e, ademais, apresentado corretamente como um vilão. Mas o apavorante, porém, é que o raciocínio de Thanos é o mesmo de muitos ambientalistas, que não se furtam de exigir sacrifícios em nome dos supostos perigos da superpopulação. E eles, assim como o supervilão, defendem medidas extremas, que violam nosso direito natural à autopropriedade, em nome de um bem maior. Embora ainda não tenham levado a medidas tão radicais quanto as de Thanos, as ideias de Ehrlich e seus asseclas contribuíram para violações à autopropriedade em vários países.

A China é o caso mais extremo de controle populacional. Em 1979, o país instalou uma política de “filho único”, que durou até 2015. Nesse período, casais podiam ter apenas um filho, salvo aqueles em zonais rurais ou pertencentes a algumas etnias, que podiam ter uma segunda criança. A partir de 2015, o limite geral passou a ser de dois filhos por casal. Para fazer cumprir essa legislação, o estado forçou e continua forçando o uso de contraceptivos, abortos e esterilização. Além disso, impõe pesadas multas para aqueles casais que ultrapassam o limite arbitrário imposto pela ditadura comunista.

Ainda que de forma não tão radical, medidas de controle populacional também foram implementadas em outros países. O método mais comum foi o da esterilização compulsória, usado em países como Bangladesh, Bolívia, Índia, Indonésia, México e Peru. Na Índia, em 1976 e 1977, funcionários do governo esterilizaram oito milhões de homens e mulheres, subornando-os com comida e dinheiro ou retirando seus benefícios sociais caso não se submetessem. No Peru, nos anos 1990, o então presidente Alberto Fujimori implementou um programa de esterilização compulsória eugenista, voltado às etnias indígenas.

Independentemente de qualquer discussão utilitarista, o problema em políticas malthusianas de controle populacional como essas é ético. Como qualquer medida coercitiva, tais políticas representam uma clara violação do direito à propriedade privada e são, portanto, antiéticas. Não compete a políticos ou a seus comparsas tecnocratas decidirem o número de filhos que um casal tem ou deixa de ter. Voltando para o filme dos Vingadores, de todos os heróis que combatem o supervilão, apenas o libertário Capitão América pareceu entender isso: “Não negociamos vidas!”

 

Thanos estava errado

 

Em sua guerra infinita, Thanos não foi capaz de perceber que o problema que lhe chamou a atenção existia justamente nos planetas sem livre-mercado, governados por tiranos como ele. O problema neles não era a superpopulação, mas o supersocialismo. Se Thanos tivesse estudado os economistas austríacos, saberia que sua pretensa solução era não só antiética, como também antieconômica. Saberia que a liberdade, o respeito pela propriedade privada, a divisão de trabalho, as interações voluntárias, o sistema de preços e o lucro bastariam para resolver a questão da superpopulação. Em outras palavras, o livre-mercado seria suficiente.

Planejadores centrais como Thanos ignoram tudo isso. E a natureza do estado – do seu socialismo intrínseco – é precisamente o planejamento central. Despoticamente, esses planejadores usam a violência para amealhar poder e impor certa visão de mundo àqueles sob seu jugo. Eles tratam as pessoas como incapazes, e não como indivíduos complexos e imprevisíveis que para atender suas demandas não dependem só do que a natureza lhes dá. Esses planejadores centrais estabelecem quais são os sacrifícios “justos” que devem ser feitos em nome do “bem maior”, da “paz social”. E, arrogantes como são, não têm dúvidas sobre o que deve ser feito.

A propósito, Paul Ehrlich estava tão crente em suas previsões que, em 1980, aceitou uma aposta feita por Julian Simon, professor de administração de negócios da Universidade de Maryland. Simon desafiou Ehrlich a pegar uma cesta, enchê-la com quaisquer matérias-primas que quisesse e esperar por um certo tempo. Ao final do período determinado, se o preço daqueles recursos, descontando-se a inflação, fosse menor do que no início, Simon ganharia a aposta. Ehrlich encheu a cesta com cobre, cromo, latão, níquel e tungstênio e decidiu esperar dez anos. Em 1990, Ehrlich teve de enviar um cheque a Simon, pagando a aposta.

Ehrlich, Malthus e Thanos ignoravam tanto as características dos recursos naturais, quanto a origem da prosperidade material. Ao contrário do que todos eles acreditavam, a economia não é um jogo de soma zero, aquele em que um precisa perder para o outro ganhar. Não, a riqueza não é algo que existe finitamente e que precisa ser dividido entre pessoas competindo entre si. A riqueza, na verdade, é uma criação humana e aumenta com cada troca voluntária que fazemos. Assim, quanto mais pudermos trocar bens e serviços livremente, mais bem aproveitados serão os recursos, mais riqueza será criada e melhor viverão as pessoas.

Seres humanos são capazes de inovar para contornar a escassez. Mais pessoas não significam apenas mais bocas para alimentar, significam também mais mentes para pensar e mais braços para construir. Em um livre-mercado, onde todos têm plena liberdade para empreender sem as distorções impostas pelo estado, as mentes estarão completamente disponíveis para testar novas ideias e os braços estarão totalmente desimpedidos para criar novas soluções. Quanto mais pessoas, maior a oferta de habilidades, maior a divisão de trabalho e mais eficientes os processos de produção.

Vemos isso continuamente. Ao invés de se tornarem mais caros, os recursos naturais têm se tornado cada vez mais baratos – apesar das intervenções estatais. Além de consumidor, cada um de nós é também um produtor. Nossa produção contínua é o que vem permitindo a melhora de nosso bem-estar ao longo da história. O fato de produzirmos mais do que consumimos é evidente, já que nosso padrão de vida vem crescendo constantemente. Em média, vivemos melhor hoje do que um rei vivia no início do século passado. Todas as inovações que melhoraram nossa vida foram facilitadas pelo crescimento populacional.

Note que superpopulação é algo relativo. Se os recursos estiverem mal alocados, poucas pessoas poderão ter um padrão de vida digno. Compare as duas Coreias, divididas artificialmente após a Segunda Guerra Mundial por questões políticas. A Coreia do Norte, o país mais fechado do mundo, tem uma área 25% maior e uma população 50% menor do que a Coreia do Sul, um país economicamente bem mais livre. Enquanto a população desta prospera, a daquela ainda passa fome. Qual dos dois países é mais superpopuloso? Certamente a Coreia do Norte, onde os recursos estão mal alocados graças ao planejamento central extremo.

Talvez o que mais distinga uma sociedade livre de uma socialista seja o valor que é atribuído à vida humana. Em uma sociedade livre, seres humanos são considerados um ativo, incentivados a terem ideias, a lucrarem com elas por meio da atividade empreendedorial e a melhorarem o bem-estar geral da sociedade. Já em uma sociedade socialista, seres humanos são considerados um passivo, bocas a serem alimentadas, vetores de doenças transmissíveis, fardos que vão ter de ser carregados pelos outros e pelo planeta. Não é de se espantar, portanto, que a estrada das utopias socialistas tenha sido e sempre vá ser pavimentada com muitos cadáveres.

Como o economista estadunidense Walter Edward Williams bem colocou: “A pobreza de hoje tem pouco a ver com a superpopulação. As características comuns dos países mais ricos são uma maior liberdade pessoal, direito de propriedade privada, regra da lei e um sistema econômico mais próximo do capitalismo do que do socialismo. Essa é a receita para a prosperidade.” Daí a importância de respeitarmos o direito à propriedade privada. É esse respeito, expresso no livre-mercado, que retira as pessoas da pobreza e lhes oferece um futuro sustentável, mesmo com um alto crescimento populacional.

 

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