“Eu discordo dos fatos”, o meme

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Já faz tempo que eu virei meme.

Sim, isso mesmo, quando participei de um debate com uma comunista fizeram um recorte do trecho onde ela dizia discordar de mim e eu rebati dizendo que eu ainda não tinha dado opinião e sim dado fatos no qual ela foi infeliz e disse discordar dos fatos.

Deus perdoa, a internet não; a menina foi condenada pelo meme e de quebra serviu para ilustrar a constante negação da realidade que vive a esquerda (em teoria econômica ignoram a condição elementar da escassez).

Outro dia circulou o meme em um grupo de zap que meu irmão também participa e ele disse que a menina não estava errada apesar de não ter se expressado bem; não que seja possível discordar de fatos, mas é possível discordar de que algo seja de fato, um fato – um acontecimento acabado, um evento, uma ocorrência.

Sendo intelectualmente honesto, a verdade é que eu não falei sobre um fato, naquele momento eu descrevi um axioma irredutível. Explico, utilizando uma técnica que eu desenvolvi em debates (por escrito), descrevi o processo empreendedor onde um empresário aluga um galpão vazio, compra máquinas, compra insumos, emprega desempregados e terminei perguntando, retoricamente, quem perde com esse processo? Evidente que ela não teria como responder isso, ninguém perde; é o processo de criação de riqueza via mercado onde o risco é todo do empresário.

Ainda que ela pudesse discordar que essa descrição fosse um fato, ela não poderia discordar da lógica axiomática e irredutível contida na descrição.

No Fla x Flu das redes sociais, a lição importante que tentei passar foi relegada, esquecida, mas é só ela que importa para que as pessoas compreendam a importância da propriedade privada e sua livre alocação por parte de seus proprietários como forma justa e eficiente na criação de riqueza.

5 COMENTÁRIOS

  1. Nem Ancaps/Liberais, nem Comunistas/Socialistas, se baseam em fatos/dados/números. Pois se assim o fosse, não seguiriam estas anomias sociais..

    • Falou o positivista q não compreende o mínimo de epistemologia pra saber que dados estatísticos não podem provar de forma definitiva absolutamente nada. Até mesmo a própria doutrina positivista/cética admite que o máximo que testes empíricos fazem é falsificar ou confirmar uma hipótese dentro daquele teste particular, mas essa hipótese jamais poderá ser generalizada como se fosse uma lei universal e necessária, sempre será possível q testes e dados posteriores falseiem o teste anterior q confirmou a hipótese, fazendo com que com o conhecimento definitivo sobre algo seja impossível, daí a base do empirismo/positivismo ser o ceticismo extremo ou relatismo.

      Para um racionalista, a única forma de estabelecer uma teoria ou lei necessária ou universal é por raciocínio apriori/Lógico, partindo de primeiros princípios identificados pela razão humana como necessários, por serem a própria pré-condição para que qualquer teste ou dúvida possa ser feita. Em outras palavras, isso seria os axiomas irredutíveis do qual Cristiano falou no texto, e a economia, pelo menos no q diz respeito a suas leis, procede-se desta forma, por isso nós austríacos rejeitamos dados estatísticos para validar leis ou teoremas econômico, pois eles são inúteis nesta tarefa, são importantes no estudo de história econômica ou se for feito um estudo de caso.

  2. Se há uma coisa que progressistinha woke faz de modo excelente é isso. Discordar de fatos. Você pode mostrar dados, números, estatísticas, toda a ciência empírica que não somente prova, mas comprova o que deseja-se expor e o bonito canhoto agirá de que modo? Igual a personagem Chiquinha, tapando os ouvidos e cantarolando algo como “não ouço, não ouço, tô com o ouvido tapado e olho de peixe”.

  3. Não me recordo qual autor citou essa frase: “A esquerda sempre quer consertar o que não está quebrado”. Nunca vai dar certo, claro.

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