A pressão do governo dos EUA para o Twitter banir Alex Berenson

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Há quase um ano, o ex-jornalista do New York Times Alex Berenson foi permanentemente banido do Twitter por escrever as seguintes linhas sobre a vacina Covid:

    “Isso não impede a infecção. Ou transmissão. Não pense nisso como uma vacina. Pense nisso – na melhor das hipóteses – como um terapêutico com uma janela limitada de eficácia e um terrível perfil de efeitos colaterais que deve ser administrado ANTES DA DOENÇA. E querem tornar isso obrigatório? Insano.”

Desde o início da histeria do Covid, seguimos e citamos Berenson muitas vezes no Ron Paul Liberty Report. Berenson encarou a retórica do governo e da mídia tradicional sobre a pandemia da maneira como os jornalistas costumavam encará-la: com uma forte dose de ceticismo. E não muito tempo depois que ele foi banido por dizer isso, até o diretor do CDC admitiu que o que ele escreveu é verdade.

Mas, na época, ele era um perigo para a narrativa do governo sobre o Covid, e a empresa de mídia social “privada” Twitter o silenciou. No entanto, eles não apenas silenciaram um repórter que era uma pedra no sapato deles. Eles silenciaram preventivamente qualquer outra pessoa que pudesse questionar a narrativa. A mensagem era clara para todos os aspirantes a Alex Berensons: você quer segui-lo para o gulag digital?

Portanto, não apenas a liberdade de expressão de Berenson estava sob ataque – a própria liberdade de expressão estava sob ataque.

Muitos, especialmente os libertários, podem responder que o Twitter, como empresa privada, tem o direito de aceitar ou rejeitar que ele quiser. Isso é verdade, mas apenas na medida em que o Twitter está realmente agindo como uma entidade privada. A verdadeira questão é até que ponto o Twitter e as outras empresas de mídia social estão cumprindo diretamente as diretrizes do governo?

Depois de uma batalha legal de quase um ano com o Twitter sobre o banimento, Berenson chegou a um acordo com o Twitter e foi reintegrado no início deste mês. Escrevendo sobre sua reintegração, ele insinuou algo muito sinistro: “O acordo não encerra minha investigação sobre as pressões que o governo pode ter colocado no Twitter para suspender minha conta. Eu terei mais a dizer sobre esse assunto em um futuro próximo.”

Elon Musk, que estava em uma operação para comprar o Twitter até alguns dias atrás, respondeu a Berenson no Twitter: “Você pode falar mais sobre isso: ‘… pressões que o governo pode ter colocado no Twitter…’”

Berenson respondeu: “Gostaria de poder, mas o acordo com o Twitter me impede de fazê-lo. No entanto, em um futuro próximo, espero ter mais a relatar.”

As questões sobre a vacina foram silenciadas, assim como as questões sobre as origens do vírus. Seria possível que o surto tenha se originado em um laboratório chinês que tinha acabado de ser financiado pelo governo dos EUA? E em caso afirmativo, até que ponto as pessoas poderosas do governo desejam suprimir qualquer discussão ou investigação sobre essa possibilidade?

Em um momento crítico – assim como os autoritários estavam trancando o país e ameaçando quem recusasse a injeção – toda discussão pública sobre o assunto foi encerrada por empresas “privadas” que por acaso tinham laços muito estreitos com o governo dos EUA.

Isso levanta questões fundamentais sobre a Primeira Emenda que esperamos que possam ser exploradas pelo Congresso após as eleições de novembro. O povo americano merece saber quem está tentando calá-los… e por quê.

 

 

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é médico e ex-congressista republicano do Texas. Foi candidato à presidente dos Estados Unidos em 1988 pelo partido libertário e candidato à nomeação para as eleições presidenciais de 2008 e 2012 pelo partido republicano. É autor de diversos livros sobre a Escola Austríaca de economia e a filosofia política libertária como Mises e a Escola Austríaca: uma visão pessoal, Definindo a liberdade, O Fim do Fed – por que acabar com o Banco Central (2009), The Case for Gold (1982), The Revolution: A Manifesto (2008), Pillars of Prosperity (2008) e A Foreign Policy of Freedom (2007). O doutor Paul foi um dos fundadores do Ludwig von Mises Institute, em 1982, e no ano de 2013 fundou o Ron Paul Institute for Peace and Prosperity e o The Ron Paul Channel.

4 COMENTÁRIOS

  1. “Muitos, especialmente os libertários, podem responder que o Twitter, como empresa privada, tem o direito de aceitar ou rejeitar que ele quiser.”

    Eu nem presto atenção mais neste discurso de liberaleco randiano do estado mínimo, chupador de rola comunista. O sujeito que diz amém para as Big Techs não pode reclamar que a pizza dele chega em casa fria. Precisamos relativizar o rótulo de empresas privadas destas agências semi-estatais de repressão, censura e desinformação.

    • Sim; a pizzaria, como empresa privada, tem o direito de te enviar uma pizza fria.

      A diferença é que a pizzaria está sujeita à pressão do mercado, você pode boicotar, já o estado mínimo randiano, cheio de chupadores de rôlas comunistas, não. Boicotou, vai para a cadeia.
      O estado máximo então nem se fala…

      • Exato. E pelo visto, o passarinho azul continuará a censurar quem não for comunista, quem não apoiar as vacinas do vírus chinês, pois a venda dele para o Musk, foi pelo ralo.

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