Booms e Quebras

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Até agora, enfatizamos que a expansão do crédito bancário sob reserva fracionária (ou “criação de recibos de depósito falsificados”) cria inflação de preços, perda do poder de compra da unidade de moeda circulante, e redistribuição de riqueza e renda. Euforia causada por um derramamento de dinheiro novo na economia é seguida por resmungos enquanto a inflação de preços aumenta, e algumas pessoas se beneficiam enquanto outras perdem. Mas booms inflacionários não são a única consequência da falsificação feita pela reserva fracionária. Em algum ponto do processo, uma reação se inicia. Uma corrida real ao banco pode começar; varrendo o sistema bancário; ou os bancos, com medo de tal corrida, podem de repente contrair seu crédito, solicitando a não renovação de seus empréstimos, e vender títulos de suas propriedades, para se manterem solventes. Esta contração repentina também contrairá rapidamente a quantidade de recibos de depósito, ou dinheiro, em circulação. Em suma, como o sistema de reserva fracionária é descoberto ou está em perigo de ser descoberto, a rápida contração do crédito leva a uma crise e recessão empresarial. Não há espaço aqui para fazer uma análise completa dos ciclos econômicos, mas é claro que o processo de criação de crédito pelos bancos gera habitualmente ciclos destrutivos de expansão e contração.[1]

 

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Notas

[1]     Para mais sobre ciclos econômicos, cf. Murray N. Rothbard, “The Positive Theory of the Cycle”, em America’s Great Depression, 4ª edição (Nova Iorque: Richardson & Snyder, 1983), pp. 11-38.

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