Desde o início a humanidade vive uma luta entre liberdade e escravidão, guerra e paz, quem produz valor e quem vive como parasita, entre a verdade e o engano.
As pessoas querem continuar acreditando em falsidades e enganos políticos, repetindo sempre os mesmos erros ou querem uma mudança de verdade? Uma mudança de mente, onde tudo que as pessoas acreditaram até agora é apenas uma parte da história verdadeira, pois a verdade é que Jesus era muito mais radical do que o que é sempre dito.
Os governos só existem porque as pessoas os consideram inevitáveis, como diz um famoso ditado popular “nada é tão certo quanto a morte e os impostos”. A consequência do radicalismo de Cristo é uma ameaça ao status quo, uma ameaça em potencial para os governos que cairiam se as pessoas se portassem como verdadeiros cristãos. “A verdade vos libertaria”. A crença é de que mesmo o Estado sendo mal, é um mal necessário, mas Jesus nos mostrou o caminho: a liberdade. A liberdade e a mensagem de Cristo são incompatíveis com o governo.
O início e o fim da vida de Jesus foram de desafios ao Estado. Quando José e Maria fugiram com o menino Jesus de Herodes para o Egito, eles estavam fugindo das garras do Estado, ou seja, Jesus já nasceu sendo considerado um criminoso pelo governo. Herodes, segundo Mateus 2:1–6, ficou perturbado quando Jesus se tornou uma ameaça ao seu poder, porque Jesus não era somente uma ameaça a Herodes, ele era uma ameaça a tudo que Herodes representava, uma verdadeira ameaça ao governo.
Na Regra de Ouro Jesus nos ensina que devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados, e é impossível um governo cumprir a Regra de Ouro, caso contrário não será um governo, já que o governo nunca obtém sua receita por contribuição voluntária, e além disso o governo sempre tem como característica o monopólio sobre o controle final da lei (tribunais e polícia). Sendo um monopólio, somente ele pode exercer o serviço de tribunal. Se as pessoas ficam insatisfeitas com esses serviços judiciais que o governo fornece, não podem criar serviços privados e concorrer com o governo, sob ameaça de prisão para quem ousar estabelecer concorrência, e caso resista a prisão, a ameaça de morte é o próximo passo. Além dessa questão, o governo cobra impostos de seus cidadãos, mas se as pessoas também quiserem cobrar impostos dos cidadãos ou do próprio governo, será considerado ilegal e também ameaçado de prisão, e em caso de resistência também de morte.
Sendo assim, historicamente e efetivamente o que os governos fazem é proibir que seus cidadãos façam o mesmo com ele, violando a Regra de Ouro. Sendo a Regra de Ouro um Princípio Cristão, o oposto disso é um Princípio Satânico, e é por isso que qualquer um que leve a sério o mandamento ético de Jesus deve defender a abolição de todos os governos, já que eles são incompatíveis com o mandamento ético final de Jesus.
Uma história toda deturpada que sempre leva a questão do Estado ser algo que a Bíblia – e consequentemente Jesus – aceita é o “dar a César o que é de César”. Porém, o que Jesus fez foi uma retórica engenhosa para não ser preso naquele dia. Os fariseus tentaram encurralar Jesus: se ele respondesse que o imposto era ilícito o condenariam, se respondesse ser lícito Ele estaria apoiando que o povo judeu deveria se sujeitar ao Império Romano. Tanto a resposta para os fariseus quanto o pagamento do imposto no templo como dito em Mateus 17:24-27, foram para não causar problemas que poderiam interferir no cumprimento das Escrituras. Como Jesus nos disse em Mateus 10:16: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivo como as pombas.”, Ele naquele momento diante de uma pergunta maliciosa estava sendo sábio, prudente e inofensivo ao mesmo tempo. Tudo que é de César foi tomado por roubo ou extorsão, nada é dele por direito, assim como se um ladrão escrever o seu nome em uma TV roubada, este ato não torna essa TV sua propriedade.
Mateus, um dos 12 discípulos de Jesus, era um cobrador de impostos que foi chamado ao arrependimento por Jesus e a primeira resposta que obteve era que ele deveria desistir de cobrar impostos. Mateus 9:9–13
Romanos 13 e Tito 3:1 são sempre citados quando o assunto de governo remete a Bíblia, pois supostamente Paulo nos ordenou a nos submeter ao governo. No entanto, isso não passa de um equívoco. Paulo seria um hipócrita se dissesse isso, pois nem ele próprio obedeceu ao governo e até seria morto antes de escrever Romanos 13 caso o fizesse, já que em sua conversão a Jesus o rei Aretas ordenou sua prisão e execução. E se realmente devemos obedecer ao governo, como dizem que Romanos 13 nos manda fazer, Jesus não deveria ter fugido de Herodes e seus pais deveriam tê-lo entregue a morte quando nasceu.
Paulo na verdade nos diz que as autoridades reais são aquelas que Deus designa. Uma pessoa não pode se tornar uma autoridade ou governante justo aos olhos de Deus pela força das armas, repreendendo toda uma população.
Pedro 2:13–18 é outro trecho citado para dizer que devemos nos submeter ao governo, mas o próprio Pedro também não se submeteu, assim como Paulo no exemplo acima. Conforme Pedro diz ao ser preso, quaisquer ordens dos homens contrárias a lei suprema são nulas, já que Jesus nos disse que devemos tratar os outros como queremos ser tratados. A falácia de estatistas é quanto as palavras “autoridades”, “governantes”, “dignatários”, que são julgadas pelo olhar positivista, mas o próprio Jesus repreendeu a autoridade dos governantes terrenos em Marcos 10:42–45.
Jesus ordenou em sua Regra de Ouro a ética social final. Já na Parábola dos Trabalhadores na Vinha, Jesus demonstra o valor da propriedade privada e do livre comércio, além de dar valor aos contratos voluntários onde a palavra merece ser mantida com as cláusulas as quais concordou.
Jesus de fato nos chamou para a liberdade. A liberdade na mensagem de Cristo é incompatível com o governo. Os governos ao longo da história têm sido a força mais demoníaca que já existiu na Terra.
“E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo.
E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero.
Portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te para trás de mim, Satanás; porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás.”
Lucas 4:5-8
Bravo Diego!
Da minha parte eu fico com o camarada Antonio Sebastiano Francesco Gramsci quando eu vejo um liberaleco ateu randiano ao lado dos estatistas chamando a Sacra Igreja Romana de ideologia anti-capitalista: “os comunistas jamais triunfarão enquanto a Igreja e sua idéia não forem destruídas…”
Você pode acreditar em um liberal e virar ateu para ser “racional” (idiotas acham que o seu pensamento analítico é racional. Na verdade é instrumental. Fazem contas, planejam e até entendem a realidade. Mas na minha opinião, razão tem a ver com as premissas certas e verdadeiras, coisas que faltam aos liberais. Neste sentido, um lenhador no meio do mato é mais racional que um sofisticado de engenheiro de software liberalóide). Liberais fazem uma uma falsa defesa da liberdade, pois eles são ateus porque amam o estado e o estado é mais inteligente que os liberais pois, in extremis, não condenam os mercados do qual precisam para parasitar. Assim além de ser escravo da gangue de ladrões em larga escala estatal, vai ter um emprego que não gosta e paga uma miséria – como a Amazon, por exemplo -, e sustentar algum bilionário monopolista que com a ajuda de seus capangas do estado acabaram com a economia local. Ao menos vai ganhar um tapinha as costas de algum liberal dizendo que é melhor que estar desepregado…
Ou você pode prestar atenção nas palavras de Gramsci e ir correndo para a Igreja mais próxima defender o seu perímetro contra seus inimigos…
O pessoal do Novo Velho Partido – o famoso laranjinha, são estrategistas mais sofisticados que Gramsci. Confia.
Bem, eu nem vou dizer nada sobre a sua opinião já que eu sou libertário e não “liberal”, e concordo que acho estúpido às pessoas trocarem deus pelo Estado, eu não tenho nada diretamente contra essa religião e até geralmente declaro em público que eu me considero cristão, algo que é muito útil para eu poder conseguir convencer outros ditos cristãos de alguma coisa (apesar de eu não realmente acreditar em deus, mas é melhor do que me declarar ateu, a palavra hoje em dia é praticamente algo considerada como pejorativa pelos cristãos).
Eu inclusive só me declarei ateu aqui porque não tenho medo de fazer isso em redes libertárias, mas noto que o fanatismo está em todos os lugares, infelizmente.
Porém é errôneo dizer que o cristianismo é algum tipo de defesa contra o Estado, se fosse assim nós não estaríamos vivendo esse inferno social atual, conheço inúmeros cristão que se curvam ao Estado, dizendo que não confiam nos políticos mas estão dispostos á receber suborno dos mesmos, adoram quando o governo lança uma nova esmola ao ar…
De nada adianta o cristianismo se às pessoas continuam ignorantes em relação a realidade da sociedade. Nando Moura, por exemplo, é “liberaleco”, mesmo sendo cristão, e diversas pessoas que se dizem “conservadoras cristãs” por aí não passam de bajuladoras de políticos. No fim há muita pouca diferença entre o “liberaleco” ateu, o “liberaleco” cristão ou qualquer outra espécie de “liberaleco”, á única diferença que eu vejo que é os cristãos geralmente são mais resistente às idéias lacradoras, mas só isso não serve para combater o êxodo social atual, na verdade cada vez mais cristãos estão se rendendo, estas são às pessoas que se diziam cristãs mas começaram á sair do armário.
No fim, nada irá mudar se não aceitarmos um fato: A lógica e a razão deve ser tida como absoluta caso queiramos formar uma sociedade melhor, se queremos convencer alguém de que estamos certos, devemos ir mostrando a nossa razão para ela aos poucos, até conseguir converte-lá de vez. Quanto mais continuarmos bancando os ignorantes, mais às coisas irão piorar aos nossos arredores.
Você pode até dizer que eu estou errado, mas se refletir, perceberá que a lógica e a razão sempre foi o pilar da sociedade humana, somos o que somos hoje pois somos seres raciocinais, nada mudará isto, e a única forma de fato que podemos elevar tal racionalismo para atender os desejos de sermos éticos que possuímos, é de nos comprometendo á razão e a lógica. Você pode dizer que o cristianismo atende esses requisitos, porém isto é falso, pois o cristianismo contínua sendo uma religião, e sendo assim sempre existirão fanatismos.
Você pode dizer que “Hitler também utilizava completamente da lógica e razão” mas isto também é falso, pois a lógica e a razão são utilizados por todos, e se Hitler e seus exércitos atingia as razões morais adotadas por outros, violando todos os tipos de éticas apenas por causa de sua ideologia, isto significa que ele não possuía mais uma razão qualificada para ser lógica, mas sim uma razão fanática utilizada para atingir um determinado objetivo que só existia na mente dele.
E por último, você pode dizer que a lógica e a razão são meramente instrumentos, mas é daí que entra o porque de eu estar dizendo que ela deve ser considerada absoluta por todos. Lógica e razão, aliás, não podem ser configuradas propriamente como religiões simplesmente por que elas são instrumentos utilizadas por nossos cérebros para discinir o certo e o errado, mas quando o indivíduo enfatiza para si mesmo que não existe verdade absoluta, e que tudo deve ser analisado pela lógica e a razão, entra então um dinamismo de idéias, em busca por aquilo que a pessoa considera mais correta. Eu pessoalmente sempre segui isto, e acabei me tornando libertário no fim das conta, e sei que existem novas alturas para alcançar.
Bem, de qualquer jeito, a partir do momento em que uma determinada razão passa a ser vista como absoluta, isto se torna em uma ideologia/religião, abrindo espaços para todo tipo de fanatismo por meio de seus praticantes fiéis e líderes, sempre foi assim e sempre será, pois a própria natureza humana infelizmente incentiva isso, e para tirar tais limitações, isto é, o apego por idéias absolutas, é necessário muito questionamento e reflexão, algo que não pode ser simplesmente atingido apenas por meio de idéias passadas por outros, e é exatamente por causa disso que não estou confiante de que irei conseguir convencer completamente alguém apenas por meio de comentários na Net.
Não se declare em público cristão se não se considera um…
O excelente livro do Mises, Teoria e História (https://rothbardbrasil.com/teoria-e-historia-2/) análisa muito bem essa questão de ciência, lógica e religião.
O ponto é que sua razão não se torna superior por se declarar ateu do que uma pessoa que se diz cristão. Exatamente porque a ciência não prova nem contradiz a religião. E Mises (um agnóstico) explica muito bem isso.
A religião tem um papel fundamental na defesa contra o estado que é a criação de um código de ética privado e uma comunidade com suas próprias regras. E isso foi percebido como uma dificuldade muito grande para o estado avançar sobre a sociedade. O próprio Gramsci defendia o uso do marxismo cultural e a destruição da religião e família como um método efetivo de penetrar na sociedade.
Agora a livre iniciativa e o empreendedorismo são uma força de mercado. Não é porque grandes empresários se aliam ao estado que eu vou ser contra a atividade empresarial.
O mesmo se aplica a religião. Não são exemplos de religiosos que se aliam ao estado que vão tornar a religião inimigo da liberdade.
O inimigo é o estado. A lógica é uma arma para combatê-lo. A religião, a família, a livre iniciativa, a atividade empresarial também são uma arma.
Numa guerra perceber quem é o aliado e quem é o inimigo é fundamental. E um erro pode ser a receita para o fracasso.