Da Produção de Segurança

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IX – O Regime de Terror

Mas admita-se que os partidários de uma organização artificial, os monopolistas ou comunistas, estejam certos; que a sociedade não seja naturalmente organizada e que a tarefa de fazer e desfazer as leis que regulam a sociedade continuamente recaia sobre os homens, veja em que lamentável situação o mundo se encontraria. A autoridade moral dos governantes repousa, na realidade, sobre o interesse próprio dos governados. Como os últimos têm uma tendência natural a resistir a qualquer coisa danosa a seus interesses, uma autoridade não reconhecida continuamente requereria o auxílio da força física.

Os monopolistas e os comunistas, além disso, entendem completamente essa necessidade.

Se alguém, diz o sr. de Maistre, tentar depreciar a autoridade dos escolhidos de Deus, que o levem ao poder secular, deixe o carrasco executar seu trabalho.

Se alguém não reconhecer a autoridade daqueles escolhidos pelo povo, dizem os teóricos da escola de Rousseau, se resistir a qualquer decisão da maioria, que o façam ser punido como um inimigo do povo soberano, deixe a guilhotina fazer justiça.

Essas duas escolas, ambas as quais tomam a organização artificial como ponto de partida, necessariamente levam à mesma conclusão: o TERROR.

 

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