O Gulag Sanitário

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As pessoas – muitas delas – estão tão confusas que podem ser convencidas de que é razoável transformar o país em um Gulag Sanitário permanente, em nome de uma guerra permanente contra germes – uma guerra que não pode ser vencida.

Coisa que pode ser exatamente o motivo.

Guerra sem fim – travada em nome da “saúde” – é o alimento do estado. Ela fornece um pretexto infinito e ilimitado para aqueles que são o Estado – os funcionários públicos e executores – para decretar e punir.

Como alguém se opõe a isso quando as vítimas foram convencidas de que essa é a única maneira de mantê-las respirando? Não obstante a evidência – incluindo aquilo que eles veem (ou melhor, não vêem) com seus próprios olhos.

O medo suplanta os fatos. Fecha os olhos – e as mentes – à evidência, à razão. Como os corpos que não estão se acumulando.

Ou não estão se acumulando de maneira fora do comum.

Os corpos estão sempre se acumulando. De repente, isso é redefinido como anormal. Uma “crise.”

A histeria atual sobre Corona poderia ter sido fabricada com a mesma facilidade em 2013 – um ano comum ruim de Corona (gripe). 56.000 pessoas morreram naquele ano, de ou por causa da gripe comum, de acordo com o CDC. Mas não foi uma “crise” porque eles não a criaram. [Ou um ano ruim de gripe, a temporada entre 2017-2018 que matou pelo menos 80.000 pessoas]

Apesar dessas “pessoas terem morrido!” a vida continuou normalmente.

Agora não.

Mesmo que as métricas sejam semelhantes. Idosos e pessoas com a saúde comprometida são sempre mais vulneráveis ​​a um resfriado/gripe/corona que se torna algo pior – como pneumonia – e isso pode matar e mata milhares deles todos os anos.

É triste  A reação atual a isso, no entanto, é.

Meu estado tem cerca de 8,5 milhões de pessoas; cerca de 500 morreram por causa de (ou com) Corona. É quase a mesma chance de ser atingido por um raio do que ser abatido por Corona, pelos números. Mas o estado não ordena que toda a população se “proteja” quando houver trovoadas.

Isso seria considerado ridículo – e considerado também evidência de transtorno de ansiedade grave (e irracional). Costumávamos tratar de pessoas assim tão aflitas. O que mudou é que todo mundo espera que o comportamento dos aflitos seja imitado – e aqueles que se recusam a entrar no jogo são rapidamente “rotulados” como aqueles com problemas mentais, que logo serão punidos por sua normalidade anômala.

O mundo virou de cabeça para baixo.

Ninguém é obrigado a sair. O problema está em obrigar as pessoas a permanecerem trancadas em casa.

Os idosos e as pessoas com outros problemas de saúde devem tomar as precauções necessárias – como fizeram ou deveriam ter feito durante surtos passados. Mas é . . . doentio impor um Gulag Sanitário ao resto da população – que não está doente e 99% deles não morrerão, mesmo que adoeçam.

No entanto, isto foi aceito – por muitos – porque eles foram condicionados a aceitá-lo.

Não a obrigatoriedade de máscaras ou o outros mugidos do gado – mas o princípio por trás deles. É o mesmo princípio por trás das blitz sem causa provável (e checagem de documentos), onde se presume que todos são um motorista “bêbado” até convencerem um funcionário público armado de que não são.

Como alguém pode estar dirigindo bêbado – infringir o (antigo) direito de todos de ficar livre de buscas e apreensões irracionais é um preço baixo a pagar. . . se for para salvar uma única vida.

Não importa o efeito que isso tenha em milhões de vidas.

Todos devem “usar os cintos de segurança” – porque isso salva vidas. Hipoteticamente. Não há causa e efeito exato. Na verdade, geralmente não há efeito algum – de não “usar o cinto”. Acidentes fatais acontecem, mas são estatisticamente e numericamente incomuns. A maioria das pessoas dirige a vida inteira sem se envolver em um – usando cinto ou não.

Mas alguém pode morrer. Portanto, todos devem usar o cinto.

Você vê uma relação entre isso e as “diretrizes” de exigência de máscara/distanciamento anti-social (Sério? “Diretrizes” não são coisas que você não é obrigado à obedecer?) e o Kabuki Sanitário?

Milhões de motoristas não morrem a cada ano. Suas chances de morrer porque saiu de carro são praticamente nulas – ou, pelo menos, próximas o suficiente do zero para que a maioria das pessoas não tenha medo de dirigir.

Apenas cerca de 40.000 motoristas morrem em acidentes todos os anos. E a maioria deles está “de cinto” – é a lei e a maioria das pessoas, infelizmente, é servilmente obediente à lei. Assim, o fato é que, embora os cintos de segurança possam salvar e provavelmente salvem algumas vidas, para a maioria dos motoristas eles são uma irrelevância, um incômodo e um pretexto – se não usados – para que suas vidas sejam colocadas em risco. . . por funcionários públicos armados, que aplicam a lei.

Então, é surpreendente que centenas de milhões de pessoas agora estejam sendo tratadas como presumivelmente doentes – como presumivelmente letalmente doentes? É surpreendente que uma política tão injustificável (pelos fatos) não seja apenas aplicada a todos, mas também exigida por muitos?

Se salvar uma única vida!

Não importa quantas vidas arruine.

Algumas pessoas são mais vulneráveis ​​ao afogamento – porque não sabem nadar. Isso significa que deve-se “fechar” todas as piscinas profundas? Coletes salva-vidas obrigatórios para todos?

Pode salvar uma vida – mesmo que estrague a vida de todos.

Existe um remédio para esta. . . doença mental?

Sim – e não é uma vacina. É simplesmente se aceitar novamente que riscos fazem parte da vida. E o respeito pelo direito de todo ser humano de calcular riscos para si mesmo e não ter custos impostos a ele por outros, para amenizar suas ansiedades quanto a riscos.

Um retorno à higiene mental e moral, em outras palavras.

É isso ou todos nós nos tornamos zeks (presos) do Gulag Sanitário.

 

 

Artigo original aqui.

3 COMENTÁRIOS

  1. Excelente texto.
    Criminalizar trocas, proibir de andar na rua, distribuir migalhas, soltar criminosos… estamos na URSS.

    O objetivo dessa loucura toda é bem claro para mim. Matar gente pobre e mandar milhões, talvez bilhões para a MISERIA.

  2. A paranóia é tamanha que as ovelhas já não mais se satisfazem em usar máscaras idiotas elas mesmas, criou-se um vigilantismo comunitário sobre a conduta sanitária do indivíduo.
    As ovelhas são as mesmas pessoas que se diziam “de direita” ou “esclarecidas” mas a única coisa “clara” aqui é que não são.
    A subversão afetou fortemente o brasileiro médio a ponto deste delegar ao estado até mesmo o exercício do raciocínio.

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