O progressismo produz homens fracos, complacentes, histéricos e medíocres

1
Tempo estimado de leitura: 9 minutos

Como eu já havia explicado de forma abrangente em artigo anterior, o progressismo é parte integrante de um sórdido, maciço e palpável processo de infantilização da sociedade. Os adeptos da ideologia progressista são, antes de tudo, fortemente caracterizados por cultivarem uma contundente hostilidade contra valores individuais e princípios coesos, como liberdade, independência e autonomia. Os adeptos do progressismo são bem conhecidos por pregarem de forma ferrenha e insistente a supremacia governamental e a primazia do estado sobre tudo e sobre todos. Você não pode questionar ou contestar o estado. A sabedoria de nossos sagrados, majestosos e ungidos dirigentes governamentais está muito acima da competência do cidadão comum. Não pense, não questione, não raciocine por conta própria. Esse é o pensamento progressista padrão.

Para a militância, o importante é venerar o deus-estado e jurar obediência incondicional ao papai-governo, bem como louvar a constituição e os poderes estabelecidos. E claro, jamais contestá-los, jamais desafiá-los, jamais questioná-los. O importante é manifestar graus insuperáveis de condescendência, obediência e subserviência ao sistema, com profundo fanatismo histérico e irracional. Tão relevante quanto, é fundamental demonizar com veemência todos aqueles que se recusam enfaticamente a fazer isso.

A difusão irrefreável do progressismo nas escolas, nas universidades, na cultura, nos filmes e na mídia corporativa de massa, consequentemente, criou uma geração de pessoas indolentes, medíocres e covardes, que possuem um medo patológico de tudo, não criam absolutamente nada novo e constantemente realizam protestos para que o governo as proteja da realidade e faça cada vez mais coisas por elas.

Isso basicamente resume a seita progressista. É um movimento de adoração política pelo paternalismo governamental, reivindicação de proteção e segurança contra fantasmas e medos imaginários (como o fascismo) e a constante solicitação por mais paternalismo. É o medo mórbido da vida, da realidade, dos fatos, de tudo aquilo que pode fazer alguém chorar, sentir pavor ou confrontar-se com sentimentos de incerteza e insegurança.

O progressismo nada mais é do que uma reação patológica histérica contra as instabilidades da vida. Outrossim, essa incerteza gera um medo mórbido de praticamente todas as coisas que existem. Esse medo mórbido leva os adeptos da seita progressista a frequentemente buscarem refúgio e segurança no estado e em suas políticas paternalistas. Para os adeptos da seita progressista, o governo é basicamente um porto seguro contra as incertezas da vida e as instabilidades da realidade. Se você critica o governo, portanto, você está atacando a instituição que serve para os floquinhos de neve como a suprema referência para questões como refúgio e segurança. Por isso, eles se sentem tão afetados diante de críticas contundentes feitas contra o papai-estado. É como se você criticasse a religião deles.

A verdade é que, em função da doutrinação nefasta da ideologia progressista, não temos uma geração de pessoas bravas, impetuosas e audaciosas, empolgadas para montar empresas, abrir novos negócios, desbravar o desconhecido ou inventar coisas interessantes que poderiam ser úteis e facilitar a vida das pessoas.

Ao invés disso, as gerações mais recentes de adolescentes e jovens adultos estão nas universidades berrando platitudes genéricas politicamente corretas, participando de comícios em favor de políticos que prometem mais igualitarismo e benefícios assistencialistas e genuinamente acreditando que “consciência política” é algo que pode ter algum nível de utilidade na vida pública.

Na prática, o que o progressismo criou foram legiões de jovens que não quebram padrões, mas são todos exatamente iguais e terrivelmente previsíveis. São criaturas drasticamente infantilizadas, encolerizadas e arrogantes que reagem negativa e histericamente a qualquer coisa que lhes pareça emocionalmente exasperante, tem um medo absurdo de praticamente tudo o que existe, constantemente buscam refúgio contra os perigos e as ameaças — tanto reais quanto imaginárias — do mundo entre os seus políticos de estimação, encaram o governo como uma zona de segurança contra as aflições da vida, são economicamente ignorantes, não entendem absolutamente nada sobre produtividade, prosperidade, demandas de mercado e gerenciamento de recursos, acreditam sinceramente que o estado pode criar riquezas do nada, e que decretos governamentais podem tornar uma sociedade imune à escassez.

Ou seja, basicamente, temos um grandioso e excepcionalmente elevado número de legiões, legiões e mais legiões de jovens adultos histéricos e infantilizados, que são completamente ignorantes a respeito de praticamente tudo o que existe, não entendem que apenas o mercado e o trabalho produtivo geram riquezas e acham que o governo é uma máquina mágica de realizar desejos, fantasias e caprichos infanto-juvenis, através do voto democrático.

Como resultado de todo esse paternalismo destrutivo e de toda essa demagogia política que vive para alimentar desejos utópicos e fantasias delirantes, a sociedade contemporânea está tendo que lidar com um número crescente de pessoas que não querem se envolver em atividades salutares e produtivas, porque elas foram levadas a acreditar que o governo tem a obrigação de saciar todos os seus desejos. E pior, elas sinceramente acreditam que possuem o direito de ter todos os seus desejos saciados.

Essas criaturas foram doutrinadas com um nível de entitlement que foge à compreensão de qualquer pessoa minimamente humilde e decente — e esse entitlement as leva a adotar uma postura arrogante e uma personalidade prepotente diante dos desafios da vida. Consequentemente, militantes progressistas tem certeza absoluta de que eles estão certos em tudo, todas as pessoas tem a obrigação de concordar com eles e o governo tem o dever de atender a todos os seus caprichos e desejos.

Em decorrência da ostensiva lavagem cerebral e da brutal doutrinação que sofreram, militantes progressistas acreditam que toda e qualquer atividade produtiva equivale à “exploração capitalista”, e que — pelo simples fato de existirem —, eles merecem que papai-governo lhes forneça tudo, de comidinha na boquinha a entretenimento grátis. Eles não precisam fazer esforço nenhum para nada. Merecem ganhar tudo gratuitamente. Afinal, eles existem. Consequentemente, isso lhes dá direito a tudo. E esse tudo tem que ser do bom e do melhor. Não pode ser nem mesmo coisas de segunda mão.

De acordo com os postulados da seita progressista, essas graciosas e esclarecidas criaturas magnânimas não podem macular suas testas com o suor do esforço ou com a transpiração do trabalho árduo. Isso é coisa de “plebeus” sem “consciência de classe” que aceitam passivamente serem explorados pelo “capitalismo opressor”. Os iluminados ungidos da seita progressista não devem se sujeitar às mesmas condições que nós, meros mortais, enfrentamos para sobreviver.

A militância tem “direitos”, e ninguém pode se atrever a contrariar os majestosos e magnânimos ungidos da seita progressista. Essas pessoas estão certas em tudo e temos a obrigação e o dever de concordar com elas em todas as questões. Caso contrário, elas caem em um pranto histérico e desesperado, e ninguém tem o direito de oprimir essas graciosas criaturas puras e iluminadas, tampouco ferir seus sentimentos e emoções. Palavras machucam, e certamente, nós não queremos ferir as sensibilidades destas belíssimas criaturas, que tanta iluminação e esclarecimento trazem às nossas vidas.

A verdade é que essas legiões de pessoas histéricas, infantilizadas e choronas — apesar de legitimamente se considerarem as criaturas mais inteligentes, esclarecidas, iluminadas e com maior “consciência política” que o mundo já viu — são tão estagnadas intelectualmente que são completamente incapazes de perceber a própria mediocridade.

Essas pessoas saem das universidades todas iguais, completamente padronizadas. Nenhuma delas quer criar ou inovar, tampouco empreender. Todas elas falam exatamente a mesma coisa: precisamos nos entregar ao deus-estado e ao papai-governo de corpo e alma. Devemos obedecer o governo acima de tudo, e jamais contestá-lo. Também não devemos criar, inovar ou inventar coisas novas. O governo vai nos dizer o que precisamos ou não e vai nos dar gratuitamente. Só precisamos dormir, comer e nos divertir.

Por terem sido doutrinadas a enxergar o capitalismo e o empreendedorismo como vilões cruéis e aterradores, militantes progressistas naturalmente se negam terminantemente a executar toda e qualquer atividade produtiva. Abrir o próprio negócio, então, é uma medida totalmente fora de cogitação. O importante é venerar o estado com fervor irracional, idolatrar o governo e suas legiões de políticos profissionais demagogos e arrivistas e pregar a institucionalização da ideologia progressista nos poderes da república como a única forma possível de conquistar o progresso e a evolução social.

De fato, militantes progressistas não têm interesse algum em criar algo novo. Isso nem sequer lhes passa pela cabeça. A retórica dessas criaturas estagnadas é sempre a mesma: fique parado esperando o governo fazer tudo por você… só deixe a boca aberta e as migalhas de chocolate vão cair em seus lábios. É o governo que deve tomar todas as atitudes, você deve apenas obedecer. O governo é a suprema e onipotente entidade mágica, que tudo sabe e tudo conhece. O papel do indivíduo é simplesmente obedecer.

Seguindo o curso natural dos acontecimentos, previsivelmente — depois que se formam em alguma universidade federal —, essas criaturas esclarecidas cheias de amor e direitos vão militar por alguma causa social, ou tentarão conseguir emprego em alguma ONG, ou quem sabe disputarão uma vaga de vereador depois de se filiar a algum partido político, ou então buscarão a segurança e a estabilidade de um cargo público.

Tudo o que essas pessoas fazem é alimentar a insanidade de um sistema sanguessuga ostensivamente parasitário, que não é verdadeiramente útil para a sociedade em nenhuma medida possível. Ironicamente, essas criaturas, de tão doutrinadas, iludem a si mesmas acreditando que, de alguma forma — ao “trabalhar” como servidores públicos —, elas estão servindo a sociedade ou, de alguma maneira, lutando a favor da humanidade.

Em termos tanto práticos quanto ideológicos, o progressismo é uma ideologia que não possui absolutamente nada de verdadeiramente valoroso. É uma ideologia inútil, permissiva e parasitária, que promove a estagnação e o retrocesso em todos os sentidos, além de ser indutora da esterilidade produtiva e criativa, bem como inimiga declarada da lógica e da racionalidade, já que defende a primazia das emoções sobre a razão (o que explica porque militantes progressistas, como regra geral, reagem tão histericamente a tudo). Uma ideologia que ensina as pessoas a confiarem cegamente no governo e as condiciona a obedecer sumariamente o estado, bem como colocar todas as suas esperanças e expectativas em políticos e em ações governamentais, não tem absolutamente nada de correta, construtiva ou produtiva. Pelo contrário. É uma bestialidade irracional em absolutamente tudo o que propõe.

Não existe absolutamente nada de virtuoso ou valoroso na ideologia progressista, nem sequer no mais ínfimo grau. Se analisarmos a ideologia exclusivamente por parâmetros morais, aí é que ela se torna uma atrocidade verdadeiramente indefensável. Na sua vontade de “consertar” o mundo, o progressismo — através de políticas de estado — tenta reparar a sociedade através da distribuição compulsória dos bens e dos recursos alheios. Em linhas gerais, militantes progressistas (salvo raríssimas exceções) nunca estão dispostos a melhorar o mundo empregando os seus próprios bens, tempo, energia e recursos. Via de regra, demandam por políticas de estado que obriguem os outros a fazerem isso.

Mas os problemas da ideologia progressista não param por aí. Para piorar, o progressismo é uma ideologia que prega a total ojeriza à liberdade. Inexiste, no progressismo, qualquer consideração ou respeito por valores como liberdade, independência e autonomia. O progressismo defende a primazia total do estado sobre tudo e sobre todos, além de pregar a dependência do indivíduo no governo, bem como a sua submissão incondicional aos poderes constituídos.

Ou seja, o autoritarismo ideológico inerente ao progressismo mostra não apenas o total desprezo pelo indivíduo, como busca com voracidade implacável sua completa submissão.

Obviamente, uma ideologia tão nefasta e deplorável não tem como ser minimamente coesa, funcional, racional, produtiva, construtiva, salutar ou benéfica para a sociedade. Não é sem razão ou motivo, portanto, que o progressismo contribua muito mais para destruir a civilização, do que para edificá-la. Em todos os sentidos possíveis, a ideologia progressista é sempre catalisadora de destruição social, econômica e material, além de ser um veículo político para o parasitismo institucionalizado.

A verdade é que, para que conquistássemos verdadeiro progresso e prosperidade, tanto os progressistas como o progressismo deveriam sair do caminho.

Tudo o que o progressismo fez pela humanidade foi criar legiões e mais legiões de adultos histéricos infantilizados, que não servem para absolutamente nada. Não criam riquezas, não geram empregos, não inventam coisas novas e surpreendentes, não inovam em absolutamente nada, tem um medo patológico de tudo o que existe e esperam que o governo faça tudo por eles.

Para piorar, os militantes propagam sua ideologia nefasta, parasitária e inútil, como se ela fosse a solução para todos os problemas da humanidade. Temos problemas? Pague mais impostos, dê mais dinheiro ao governo. Assim, todos os problemas que nos afligem serão solucionados. A solução do progressismo para os diversos problemas que prejudicam a sociedade sempre pode ser resumida em dar mais poder e recursos ao governo. Você deve confiar no estado, nas autoridades e nos poderes constituídos. Eles lhe darão uma vida melhor, vão deixá-lo seguro e alimentado e todos os seus problemas serão solucionados (o que é demasiadamente infantil, utópico e irrealizável, para dizer o mínimo).

Se a ideologia progressista fosse a ideologia vigente ao longo de toda a história humana, absolutamente nada teria sido inventado ou produzido e ainda estaríamos na idade da pedra. Uma ideologia baseada em cruzar os braços e esperar o governo fazer tudo por você é uma coisa que deveria — na melhor e mais promissora das hipóteses — integrar o roteiro de um filme de comédia. Jamais deveria ser algo levado a sério na vida real.

O fato de que temos tantos progressistas fabricados em universidades, e que a ideologia progressista contaminou praticamente todos os segmentos da sociedade humana — música, cinema, televisão, cultura, política, educação — explica em grande parte o grau indescritível de retrocesso que estamos sofrendo. Mas, acima de tudo, explica perfeitamente porque a sociedade contemporânea está infestada de legiões de criaturas que, embora sejam tecnicamente adultas, são absurdamente infantilizadas e não sabem fazer nada de produtivo ou edificante com suas existências fúteis e vãs, a não ser suplicar por proteção governamental em cada singular aspecto da vida.

Essas legiões de adultos com síndrome de criancinhas histéricas hipersensíveis realmente não têm competência intelectual, coragem, audácia ou criatividade para criar coisas novas, desbravar, empreender ou inovar. E isso não seria exatamente um problema, se a mediocridade dessas pessoas estagnadas ficasse confinada às suas próprias vidas. O problema é que — enquanto movimento político —, essas criaturas têm certo grau de poder e influência para transformar o mundo inteiro em uma grande e colorida fraternidade universitária, onde todos fumam maconha o dia inteiro, se alimentam unicamente com sucrilhos, cachorro quente e queijo mofado e reclamam histericamente da brutalidade policial, ao mesmo tempo que exigem que o estado tenha cada vez mais poder.

O plano progressista é bem claro: fazer o mundo inteiro se tornar tão medíocre, improdutivo e insignificante quanto a militância. O paraíso da indulgência, da indolência, da submissão e da conformidade. De maneira que a batalha contra o progressismo consiste, basicamente, em uma luta permanente contra o retrocesso institucionalizado e contra a mediocridade coletiva.

O progressismo é a completa antítese de tudo aquilo que é verdadeiramente correto, benéfico, salutar e responsável por produzir genuíno progresso e desenvolvimento. Como catalisador crônico do retrocesso, da infantilização patológica das massas e da histeria coletiva, a ideologia progressista é, atualmente, o maior obstáculo para o desenvolvimento da sociedade. Ela deve ser tratada como aquilo que realmente é: uma deplorável anomalia ideológica, uma doença política infecciosa que destrói e arruína de maneira catastrófica toda a sociedade, em todos os aspectos possíveis.

1 COMENTÁRIO

  1. Grande Wagner!

    Parabéns por mais um artigo magistral e cirúrgico!
    Descreveste o mundo ocidental do século XXI. Infelizmente, no âmbito familiar, vejo figuras exatamente idênticas às descritas em teu trabalho. Gente típica, que se julga merecedora de todo louvor e credora por adoração incondicional. Desnecessário escrever seria, que “fizeram o L” em 2022 e que acreditam em tudo que a mídia mainstream regurgita, como revelação bíblica. Por menos cristão que soe, é uma bênção o distanciamento, quando possível.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui