Os ‘Documentos do Twitter’ deixam claro: o FBI deve ser abolido

0
Tempo estimado de leitura: 3 minutos

À medida que aprendemos mais e mais com os “Documentos do Twitter”, fica muito óbvio que agências federais como o FBI viam a Primeira Emenda da Constituição americana como um aborrecimento e um impedimento. Após a divulgação de sexta-feira sobre o que ocorria na era pré-Musk, o jornalista Matt Taibbi fez uma observação astuta: o Twitter era essencialmente uma subsidiária do FBI.

O FBI, sabemos agora, era obcecado pelo Twitter. Aprendemos que os agentes enviaram ao chefe de confiança e segurança do Twitter, Yoel Roth, cerca de 150 e-mails entre 2020 e 2022. Esses e-mails apresentavam regularmente demandas de funcionários públicos dos EUA para que a empresa de mídia social “privada” censurasse comentários e proibisse comentários de quem não gostassem.

A Força-Tarefa de Influência Estrangeira (FITF), uma entidade do governo dos EUA que incluía o FBI e outras agências de inteligência americanas expressamente proibidas de se envolver em atividades domésticas, contava com 80 agentes envolvidos regularmente em dizer ao Twitter quais tweets censurar e quais contas banir. O Departamento de Segurança Interna trouxe contratados externos do governo e organizações não-governamentais (financiadas pelo governo) para pressionar separadamente o Twitter a suprimir o discurso que o governo dos EUA não gostava.

As agências do governo federal dos EUA literalmente entregaram no Twitter listas de americanos que queriam ver silenciados, e o Twitter obedeceu.

Isso deveria ser um grande escândalo e provavelmente teria sido se tivesse ocorrido sob o governo Trump. De fato, o Congresso estaria se preparando para o Impeachment 3.0 se os funcionários aliados de Trump tivessem se engajado em um comportamento tão flagrante. Mas como esses funcionários públicos dos EUA estavam agindo em geral para suprimir o sentimento pró-Trump, tudo o que ouvimos são grilos.

O que é interessante nessas revelações do Twitter é como o FBI e seus parceiros do governo eram obcecados por sátira e humor. Mesmo contas menores no Twitter com um pequeno número de seguidores eram constantemente sinalizadas pelos federais para censura e exclusão. Mas o conhecimento da história nos ajuda a entender essa obsessão: nos tempos soviéticos, a população sempre fazia piadas sobre a inépcia, a corrupção e a idiotice da classe política. Publicações clandestinas conhecidas como samizdat eram ricas em sátira, humor e ridículo.

Tiranos odeiam humor e não resistem à sátira. É claramente por isso que o FBI (e a CIA) estava determinado a ver uma mão pesada levantada contra qualquer americano que zombasse do estado profundo.

No entanto, há boas notícias em tudo isso. Como o professor de Direito Constitucional Jonathan Turley escreveu no fim de semana, uma nova pesquisa Harvard CAPS/Harris descobriu que, embora a grande mídia tenha ignorado os “documentos do Twitter”, os americanos não. Quase dois terços dos entrevistados acreditam que o Twitter estava envolvido em censura politicamente motivada antes das eleições de 2020. Cerca de 70% dos entrevistados acreditam que o Congresso deve agir contra essa censura corporativa/estatal.

Como o professor Turley aponta, embora a Primeira Emenda se aplique apenas ao governo dos EUA, “ela se aplica a agentes ou substitutos do governo. O Twitter agora admite que tal relacionamento existiu entre seus ex-funcionários e o governo”.

Portanto, agora temos provas de que o FBI (juntamente com as agências de inteligência dos EUA e o Departamento de Segurança Interna) tem atuado por meio de empresas de mídia social “privadas” para manipular o que os americanos podem dizer quando se comunicam uns com os outros.

Existe algo mais antiamericano do que isso? Pessoalmente, acho isto doentio.

Não precisamos que o FBI, a CIA e outras agências federais nos vejam como inimigos e ataquem nossa Constituição. Acabe com o Banco Central… e acabe com o FBI!

 

 

 

Artigo original aqui

Artigo anteriorA “relíquia bárbara” ajudou a criar um mundo mais civilizado do que o de hoje
Próximo artigoO mundo foi tapeado durante a pandemia
Ron Paul
é médico e ex-congressista republicano do Texas. Foi candidato à presidente dos Estados Unidos em 1988 pelo partido libertário e candidato à nomeação para as eleições presidenciais de 2008 e 2012 pelo partido republicano. É autor de diversos livros sobre a Escola Austríaca de economia e a filosofia política libertária como Mises e a Escola Austríaca: uma visão pessoal, Definindo a liberdade, O Fim do Fed – por que acabar com o Banco Central (2009), The Case for Gold (1982), The Revolution: A Manifesto (2008), Pillars of Prosperity (2008) e A Foreign Policy of Freedom (2007). O doutor Paul foi um dos fundadores do Ludwig von Mises Institute, em 1982, e no ano de 2013 fundou o Ron Paul Institute for Peace and Prosperity e o The Ron Paul Channel.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui