Um “ambientalista” é um socialista totalitário cujo objetivo verdadeiro é ressuscitar o socialismo e o planejamento centralizado da economia sob a desculpa de estar “salvando o planeta” do capitalismo e de suas ‘consequências nefandas’. Ele é ‘verde’ por fora, mas vermelho por dentro, daí ser apropriadamente rotulado de “melancia”.
Um conservacionista, em contraste, é alguém que está genuinamente interessado em solucionar problemas ambientais e ecológicos e em proteger animais e plantas e seus habitats. Ele não propõe que o governo force uma separação entre homem e natureza por meio da estatização da terra e de outros recursos, do confisco da propriedade privada, da proibição da criação privada de certos tipos de animais, da regulação do consumo de calorias etc. Ele não é um ideólogo socialista determinado a destruir o capitalismo. Ele não se manifesta publicamente dizendo ansiar para que um novo vírus surja e aniquile milhões de humanos, como fez o fundador da ONG “Earth First”. Com alguma frequência, ele busca maneiras de utilizar as instituições do capitalismo para solucionar problemas ambientais. Há até um novo rótulo para tal pessoa: ambientoendedor. Ou ele também pode ser considerado um “ambientalista pró-livre mercado” que entende como direitos de propriedade, direito consuetudinário e mercados podem resolver vários problemas ambientais, como de fato já o fizeram.
À luz desta distinção entre um ambientalista e um conservacionista, “Melancias do Mundo, Uni-vos!” deveria ser o tema da próxima conferência ambientalista, a Rio +20, a ser realizada no Rio de janeiro a partir de 19 de junho. O encontro será dedicado a infindáveis maquinações sobre como criar uma economia mundial centralmente planejada (sob o controle dos burocratas da ONU), sempre tomando o cuidado de utilizar o mais novo eufemismo criado para designar um planejamento central socialista: “desenvolvimento sustentável”.
Isto não significa que as Melancias do Mundo serão bem-sucedidas; significa apenas que elas são tão numerosas quanto moscas sobre um rebanho bovino, e que jamais irão desistir de sua quimera a respeito de uma economia mundial socialista e centralmente planejada, não importa o pesadelo que o socialismo tenha sido para milhões de pessoas ao redor de todo o mundo.
Embora a histeria ambientalista não seja algo realmente novo na história do mundo, poucos sabem quem realmente criou e estimulou a atual estratégia utilizada pelas melancias: seu inventor foi uma das eminências pardas do socialismo acadêmico, o falecido e famoso economista Robert Heilbroner.
Tudo começou em um ensaio publicado em 10 de setembro de 1990 na revista The New Yorker intitulado “Após o Comunismo”. Escrito justamente durante o colapso mundial do socialismo — e durante a tardia constatação de que os governos socialistas ao longo do século XX haviam assassinado mais de 100 milhões de seus próprios cidadãos como parte do “preço” de se estabelecer o “paraíso socialista” na terra —, o ensaio de Heilbroner foi um grande mea culpa (ver o livro Death by Government, de Rudolph Rummel). Ele até mesmo chegou escrever as palavras “Mises estava certo” a respeito das inerentes falhas e contradições do socialismo, referindo-se aos escritos de Ludwig von Mises nas décadas de 1920 e 1930 que explicavam em grandes detalhes por que o socialismo jamais poderia funcionar como sistema econômico (além de seu livro Socialism, ver seu artigo seminalO cálculo econômico sob o socialismo).
Após admitir que ele próprio estava completamente equivocado ao longo de todo o último meio século, durante o qual ele havia dedicado toda a sua carreira acadêmica promovendo o socialismo nos EUA (o propósito dissimulado de seu livro The Worldly Philosophers, que fez dele um milionário), Heilbroner, com muito pesar, lamentou que “Não estou muito esperançoso quanto às chances de o socialismo continuar sendo considerado uma importante forma de organização econômica…” Enquanto grande parte do resto do mundo celebrava freneticamente a morte desta instituição diabolicamente cruel, Heilbroner estava aos prantos e de luto.
Porém, em vez de enfrentar a realidade de que todas as formas de socialismo são inerentemente más, cruéis e tirânicas, Heilbroner enfatizou que “o colapso das economias planejadas nos forçou a repensar o significado de socialismo”. (Por estar escrevendo para a The New Yorker, Heilbroner, muito coerentemente, pressupôs que todos os leitores eram ideólogos socialistas como ele, daí o pronome oblíquo “nos”). Afinal, continuou ele, “o socialismo é uma descrição geral da sociedade em que gostaríamos que nossos netos vivessem.” Porém, “o que restou, portanto,” da “honorável denominação ‘socialismo’?”, perguntou Heilbroner.
O homem estava obviamente deprimido e desanimado com o fato de que a história havia demonstrado que sua carreira acadêmica havia sido uma completa fraude, mas ele não estava disposto a conceder derrota e admitir este fato. Tampouco estava ele dispoto a desistir de perpetrar os mesmos tipos de fraude que havia perpetrado durante todo o meio século anterior. Um novo subterfúgio deveria ser inventado, disse ele, para enganar ou acalentar o público, fazendo com que ele se mostrasse novamente disposto a adotar o socialismo. Isso poderia demorar um pouco, admitiu ele, mas se “nós” obtivermos êxito, “nossos bisnetos ou tataranetos poderão estar preparados para se submeter a arranjos sociais que nossos filhos e netos rejeitaram.”
O subterfúgio sugerido por Heilbroner foi explicado por ele próprio da seguinte maneira: “Há, no entanto, uma outra maneira de olharmos para o socialismo. Tal maneira seria concebê-lo… como a sociedade que irá inevitavelmente surgir caso a humanidade tenha de lidar com … o fardo ecológico que o crescimento econômico vem impondo ao ambiente.” Em outras palavras, “nós” socialistas temos todos de nos transformar em melancias. Se um número suficientemente grande do público puder ser ludibriado por este subterfúgio, então o “capitalismo terá de ser monitorado, regulado e restringido de tal forma que seria difícil chamar esta nova ordem social de capitalismo”.
Foi esta, portanto, a estratégia recomendada por Heilbroner em seu ensaio de 1990. Os socialistas teriam de mudar sua postura: em vez de acusar o capitalismo de ineficiência e desperdício, a nova estratégia seria acusá-lo de destruição ambiental e, consequentemente, criar inúmeras burocracias, regulamentações e leis com a explícita intenção de subverter totalmente as características do capitalismo a ponto de fazer com que, segundo os próprios socialistas, o novo arranjo social gerado não possa de modo algum ser considerado capitalismo.
E é exatamente isto o que será discutido no próximo evento ambientalista no Rio.