A militância progressista é excepcionalmente burra e autoritária e eu posso provar

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Em artigo publicado anteriormente, eu expliquei que estou sendo processado pelo MPF (Ministério Progressista Federal), pelo “crime” de ter convicções e ideias próprias, que divergem plenamente do atual totalitarismo progressista politicamente correto vigente na sociedade. Em dezembro de 2021, foi publicado neste site um artigo — posteriormente removido por decreto judicial —, que foi o catalisador do processo que o MPF está movendo contra mim. Estou sendo acusado de estimular os leitores do site a praticarem o preconceito e a discriminação racial.

Em fevereiro deste ano, fui julgado na primeira instância. Recentemente, recebi a sentença. A advogada me informou que fui condenado a prestação de serviços comunitários. Uma sentença muito mais aceitável do que o acordo de não-persecução penal que as autoridades me enviaram antes que eu fosse formalmente processado. Por esse acordo — que eu rejeitei — eu teria que prestar serviço comunitário, além de pagar uma multa estimada em dois salários mínimos. Mesmo assim, eu posso recorrer da sentença. E foi o que fiz.

Evidentemente, não posso entrar em maiores detalhes à respeito do artigo que deflagrou a controvérsia e serviu de estopim para o processo, tampouco estou autorizado a publicar quaisquer passagens do artigo censurado, visto que isso poderia implicar em mais repressão e arbitrariedades legais por parte do estado contra mim e contra o site. Não obstante, existem novas análises que podem ser feitas com base nessa situação, visto que o processo expõe tanto a burrice quanto o autoritarismo da seita progressista.

Como explicado, em dezembro de 2021, foi publicado um artigo de minha autoria neste site, que deflagrou a ira dos floquinhos de neve. Então alguém fez uma denúncia no MPF, e consequentemente, a Polícia Federal entrou em contato comigo. Tive que prestar um depoimento na PF em 2022, e alguns meses depois, o procurador responsável pelo inquérito decidiu instaurar um processo contra mim. Posteriormente, o artigo foi removido do site por decreto judicial, e no início do presente ano, mais especificamente no mês de fevereiro, fui julgado na primeira instância. No mês de junho, recebi a sentença através da advogada.

Antes de prosseguir, gostaria de solicitar humildemente aos militantes progressistas que por ventura acabarem acidentalmente neste site que não lessem este artigo. Como vocês são burros demais para compreender qualquer coisa, vão entender tudo errado, e vão acabar tendo coléricos e histéricos ataques convulsivos. Depois certamente algum de vocês irá até o MPF fazer uma nova reclamação, para solicitar ao deus-estado e ao papai-governo que censure mais este artigo.

Como vocês, militantes, não tem competência intelectual nem capacidade de raciocínio para compreender este texto, por favor, não o leiam. Vão brincar de manifestantes em algum diretório acadêmico, protestar contra a gordofobia nas redes sociais ou pintar a calçada próxima da sua casa com as cores do arco-íris. Se você quer praticar a sua infantil e anedótica histeria vitimista, faça isso em outro lugar.

Quanto aos membros do MPF ou de qualquer outro departamento governamental, esclareço antecipadamente que este artigo não pretende estimular ou incentivar nenhum cidadão brasileiro a desrespeitar nenhuma das majestosas e graciosas regras que vocês impõem à sociedade. O objetivo deste artigo é explicar a real diferença entre agressão e não-agressão partindo de um entendimento que tem a ordem natural como arcabouço jurídico. Este artigo não pretende estimular ou incentivar ninguém a fazer absolutamente nada, de nenhuma forma, maneira ou circunstância. O objetivo principal deste texto é simplesmente fornecer explicações relacionadas à ética do direito natural, aplicadas especificamente à esfera individual.

Este artigo não tem por objetivo fazer a apologia da violência, da discriminação, do racismo, do preconceito ou de qualquer coisa que as autoridades estabelecidas consideram como atividades ilícitas. A todos aqueles que não conseguirem entender isso, peço encarecidamente que leiam repetidamente este artigo até entender. A incompetência intelectual e a burrice crônica de determinadas pessoas de compreender e interpretar corretamente um texto já me causou inúmeros problemas.

Leiam dez, vinte, cinquenta e cinco vezes ou até mesmo duzentas e noventa vezes se necessário. Pode ser que eventualmente vocês consigam entender o artigo e o que ele realmente pretende explicar. Atividade intelectual recorrente estimula a capacidade de raciocínio (não que eu espere algum grau de competência intelectual de qualquer um de vocês, mas não custa reforçar isso).

Não obstante, volto a recomendar de forma pungente e ostensiva que os floquinhos de neve não se atrevam a ler este artigo. Criaturas hipersensíveis que são, vocês muito provavelmente terão ataques convulsivos, crises histéricas, surtos de ansiedade e irrefreável vontade de chorar, e depois irão deturpar tudo o que está escrito neste texto, afirmando que ele faz apologia do ódio, do fascismo, da discriminação e de todo o vasto e folclórico conjunto de fobias imaginárias que faz parte do universo ideológico progressista. E sei perfeitamente que vocês não fazem isso por maldade. É porque vocês são completamente destituídos de qualquer grau de competência intelectual e não tem a menor possibilidade de se comportar como pessoas adultas, decentes, racionais e civilizadas. De criaturas histéricas infantilizadas, só é possível esperar um comportamento histérico infantilizado.

Dito isso, gostaria de destacar que a censura imposta a mim e ao Instituto Rothbard — decretada pelo governo federal por pressão da militância progressista — poderia nos ensinar inúmeras lições. Mas há duas principais lições que são extremamente relevantes e de importante consideração. Elas nos mostram que a militância progressista:

1) Não sabe a diferença entre liberdade de expressão e liberdade de ação.

2) Não sabe a diferença entre juspositivismo e jusnaturalismo.

Militantes progressistas também não possuem nem sequer a mais vaga noção do que são liberdades individuais. Mas isso é algo que nós sabemos há muito tempo. Militantes progressistas são criaturas ostensivamente infantilizadas, que realmente acreditam que todas as pessoas devem se curvar à ideologia politicamente correta, e a todas as reivindicações, fobias, medos, crenças e desejos de cada singular floquinho de neve histérico, egocêntrico e narcisista que existe no mundo.

Mas vamos analisar meticulosamente cada um dos dois itens destacados acima.

A diferença entre liberdade de expressão e liberdade de ação

Palavras, sejam elas escritas ou faladas, nunca deveriam ser entendidas ou interpretadas como atos de agressão ou violência (muito menos como crimes). Agressão é, objetivamente, um ato de violência injustificável de uma pessoa cometido contra outra pessoa. E é evidente que agressão e violência física constituem violações da moral e da ética (tanto cristã quanto jusnaturalista).

Infelizmente, os floquinhos de neve, por serem criaturas histéricas — e acima de tudo, drasticamente emocionais — jamais usam a lógica e a racionalidade. O fato de serem tão emocionalmente reativos e frágeis os levam a ficar ostensivamente abalados por qualquer coisa. De maneira que militantes progressistas consideram frases, piadas, textos, artigos ou declarações como agressões de fato, especialmente se tais frases, piadas, textos, artigos ou declarações expressam posicionamentos, ideias, conceitos ou opiniões que divergem da ideologia progressista politicamente correta. Para essas pessoas, palavras são agressões, se as palavras proferidas por alguém forem uma crítica à ideologia de estimação delas.

Por exemplo: se um cristão falar que homossexualismo é pecado, o militante progressista vai acusar essa pessoa de ser homofóbica. E muito provavelmente vai exigir do governo punição para essa pessoa. Mas o cristão que falou que homossexualismo é pecado cometeu, de fato, um crime? A resposta é não. Essa pessoa, na verdade, simplesmente expressou uma convicção pessoal baseada na Bíblia.

A Bíblia, de fato, condena o homossexualismo. Existem inúmeras passagens nas Sagradas Escrituras que comprovam isso (como Levítico 18:22, Levítico 20:13 e 1 Coríntios 6:9, 10). Baseado nessa lógica, o militante vai também considerar a Bíblia homofóbica? E se pudesse, gostaria de censurar a Bíblia? E caso fosse possível censurar a Bíblia, censuraria apenas as passagens consideradas homofóbicas ou proibiria a posse e a leitura dela? E se a leitura da Bíblia fosse proibida? O que o militante progressista propõe como penalidade para quem fosse visto lendo ou mesmo apenas segurando uma Bíblia? Prisão? Multa? Serviços comunitários? Pena capital?

Definitivamente não; dizer que homossexualismo é pecado não é um crime. Ao menos, não deveria ser considerado um crime; mas, infelizmente, estamos muito próximos disso. Até porque o atual regime totalitário progressista — em sua ânsia voraz de institucionalizar todos os elementos da seita do arco-íris como políticas de estado — parece estar cada dia mais próximo de criminalizar a Bíblia e o cristianismo.

Complementando o raciocínio, podemos argumentar que, ao passo que uma pessoa falar que homossexualismo é pecado não deveria ser considerado um crime — mas unicamente uma questão de crença pessoal — agredir fisicamente ou praticar violência contra homossexuais é, de fato, um crime. Infelizmente, tanto militantes progressistas quanto a legislação juspositivista não percebem a diferença intrínseca que existe entre a expressão de uma crença pessoal e uma agressão objetiva. O que a ética jusnaturalista estabelece é que apenas esta última (a violência física) é definitivamente passível de ser classificada como um crime. Uma simples opinião ou crença pessoal, por sua vez, não deveria ser classificada como um crime, tampouco criminalizada. Mas não é assim que a seita progressista e o juspositivismo de estado enxergam essa questão.

Não obstante, o que pessoas controladas pela mentalidade burocrática estatal são completamente incapazes de compreender é que determinadas liberdades deveriam ser absolutas. Liberdade de expressão, liberdade de opinião, liberdade de crenças e liberdade de convicções não são, mas deveriam ser absolutas. O indivíduo deveria ser pleno para usufruir dos seus direitos individuais, tanto quanto deveria ser para exercer o seu livre-arbítrio e a objeção de consciência.

Como vivemos em um ambiente onde a liberdade de expressão é totalmente regulada, podemos afirmar, categoricamente, que a liberdade de expressão não existe. Se você não pode falar qualquer coisa, literalmente o que quiser — por mais polêmico que seja — e um ato tão corriqueiro e trivial como expressar uma crença religiosa ou até mesmo contar uma piada, pode fazer com que você seja processado pelas autoridades, então é inconcebível falar que existe liberdade de expressão na sociedade em que vivemos.

Liberdade de expressão “regulamentada” não existe. Ou a liberdade de expressão é plena e absoluta ou ela não existe. Neste caso, é mais proveitoso ser honesto e afirmar que liberdade de expressão não existe no Brasil.

Muitos brasileiros apenas têm a errônea impressão de que possuem liberdade de expressão, porque as instituições de estado não têm como vigiar todas as pessoas o tempo inteiro, assim como não teriam tempo e recursos para processar todos os “infratores”. Mas se você fizer uma publicação “indevida” no Facebook ou no Instagram, se contar uma piada “inconveniente” em um vídeo e esse vídeo viralizar em alguma rede social ou se você escrever um artigo que diverge de alguma forma da ideologia da moda, qualquer pessoa pode fazer uma denúncia no MPF contra você. E muito provavelmente, o Ministério Progressista Federal vai acatar a denúncia; não tenha a menor dúvida quanto a isso. Na verdade, quanto mais estúpida e baseada em ideológicos delírios universitários for a denúncia, mais alarde as autoridades vão fazer.

Mas voltando ao ponto principal deste tópico, é fundamental entender que, pelo axioma da ordem natural, palavras — sejam elas na forma escrita ou falada — não são e nem poderiam ser consideradas agressões em si (muito menos poderiam ser qualificadas como crimes). Voltando ao exemplo do homossexual, uma pessoa não deveria ser processada por dizer que não concorda com a prática do homossexualismo ou que a considera um pecado. Apenas a agressão física contra um homossexual por ele ser homossexual poderia ser efetivamente classificada como um crime. A expressão de convicções, crenças ou opiniões de uma pessoa não deveria nunca ser interpretada como uma transgressão penal passível de punição, não importa quão ofensivas essas declarações possam ser para pessoas de outro grupo. Apenas violência e agressão física poderiam ser efetivamente qualificadas como crime e transgressão penal.

Não obstante, a militância progressista defende abertamente a censura, alegando que a mesma é necessária, para proteger as pessoas do chamado “discurso de ódio”. De acordo com a ideologia progressista, palavras machucam, e o público deve ser protegido de discursos potencialmente perigosos. Mas será que isso é realmente verdade?

Como o vídeo acima explica, “o discurso de ódio, como escreve a autora Nadine Strossen, pode ser definido como “discurso que expressa opiniões odiosas ou discriminatórias sobre certos grupos que historicamente foram sujeitos à discriminação ou sobre certas características pessoais que tem sido a base da discriminação (como raça, religião, gênero e orientação sexual).”

Uma das principais maneiras pelas quais as leis contra o discurso de ódio são justificadas é alegando que o discurso de ódio constitui uma forma de violência. Assim como os golpes físicos causam danos corporais, palavras de ódio infligem danos emocionais e mentais que podem ser profundamente prejudiciais à saúde da psique de uma pessoa. Se as palavras podem ser armas, então aqueles que agridem psicologicamente outras pessoas com palavras deveriam estar sujeitos a processos criminais. Essa posição, no entanto, equivale a uma reconceitualização da linguagem e a uma fetichização das palavras.

Como Furedi explica, “na pior das hipóteses, o [idioma do discurso agressivo] fetichiza as palavras, reinventando-as como objetos que contêm propriedades destrutivas em si. Historicamente, a fetichização das palavras surgiu com o antigo pensamento místico e religioso: de acordo com vários mitos da criação, dizer a palavra poderia transformá-la em realidade, enquanto um feitiço ou maldição poderia literalmente destruir vidas. No antigo Egito, acreditava-se que a palavra falada tinha um impacto transformador no mundo. Em algumas religiões, a palavra para Deus não podia ser dita por medo de desencadear a sua ira. Essas primeiras fantasias de superstições antigas foram agora recicladas por oponentes da liberdade de expressão na forma de ameaças psíquicas.”

Essa fetichização das palavras ignora o fato de que há uma diferença categórica entre uma agressão com uma palavra e uma agressão com um objeto físico. Se um homem for atingido com um punho no rosto, ele sofrerá danos, independentemente do seu estado mental. Mas quando se trata da arma das palavras, o grau de dano que uma vítima sofre é determinado por sua constituição psicológica. Algumas pessoas podem receber insultos brutais e, ainda assim, sofrer muito pouco dano, enquanto outras podem ser psicologicamente esmagadas pelo menor dos desrespeitos. Quando atacado pela chamada arma das palavras, nosso estado mental é o maior determinante da quantidade de dano que sofremos. Como escreveu Furedi, “Ao contrário do dano físico, nosso dano emocional é limitado apenas pela imaginação. Independentemente da intenção, um gesto ou comentário pode ser percebido de uma forma que causa dano emocional.”

“E isso leva a um grande problema sobre discurso de ódio: o que se considera atingir o limite do discurso de ódio é completamente subjetivo, e ao conceder ao governo o poder de fazer esse julgamento, o governo pode usar essas leis para silenciar qualquer indivíduo ou grupo que desejarem.”

Como o vídeo acima explica perfeitamente, existe uma clara distinção entre o que efetivamente constitui uma agressão real — que envolve necessariamente violência física — e um ato mundano totalmente subjetivo, que é arbitrariamente categorizado como agressão, em virtude de caprichos políticos e ideológicos.

Infelizmente, inexiste na sociedade contemporânea — graças à corrosiva epidemia de histérica e desenfreada burrice progressista — um discernimento concreto entre liberdade de expressão e liberdade de ação. Enquanto a liberdade de expressão deveria ser absoluta, é evidente que a liberdade de ação não é. Afinal, ninguém tem o direito de agredir ou executar violência contra terceiros.

Mas é fundamental enfatizar que uma distinção assertiva entre palavras e ações é exclusiva do jusnaturalismo. O juspositivismo, por sua vez, criminaliza tudo e considera tudo (ou quase tudo) como sendo um crime. Na verdade, essa é a base fundamental do juspositivismo — a total criminalização de tudo.

Mas vamos entender melhor como isso funciona.

A diferença entre jusnaturalismo e juspositivismo

Essa é uma questão que provoca um enorme nó na cabecinha confusa dos militantes da seita do arco-íris cintilante. A rigor, a diferença entre jusnaturalismo e juspositivismo é relativamente fácil de compreender (se você não é um irracional, histérico e alucinado militante progressista). Enquanto o jusnaturalismo faz uma distinção ética e moral do que é certo e do que é errado, tendo como um de seus alicerces o PNA (Princípio da Não-Agressão), o juspositivismo se baseia em uma irrefreável e permanente produção de regras em escala industrial, tanto quanto estimula a obediência cega e incondicional ao estado onipotente.

Não obstante, podemos fazer ainda uma outra distinção: enquanto o jusnaturalismo se baseia em uma aguerrida e intransigente defesa das liberdades individuais, o juspositivismo se baseia na expansão infinita do estado onipotente, fornecendo alicerce jurídico para que o governo obtenha poderes plenipotenciários ilimitados e absolutos sobre tudo e sobre todos. Ou seja, enquanto o jusnaturalismo é muito mais sobre o indivíduo, o juspositivismo é muito mais sobre o estado. É razoável concluir, portanto, que o jusnaturalismo e o juspositivismo são a antítese um do outro.

Dito isso, é fundamental enfatizar que, em virtude de suas naturezas filosóficas diametralmente opostas, ambos vão fazer uma leitura das liberdades individuais de formas conceitualmente diferentes. Enquanto o jusnaturalismo vai entender que o indivíduo existe, é dono de si mesmo, e, portanto, possui o direito inerente de se expressar e se manifestar sobre qualquer assunto, o juspositivismo vai entender que o indivíduo é simplesmente uma peça do vasto organograma social, e deve, portanto, estar totalmente subordinado à instituição que controla e regula esse organograma social — ou seja, o governo.

Convém enfatizar também que, em função de sua natureza centralizadora, e inexoravelmente vertical e autocrática, o juspositivismo acaba se tornando a expressão máxima da tirania. O juspositivismo se converte em um sistema de leis invariavelmente autoritário, despótico e opressivo porque — justamente por sua própria natureza expansiva, centralizadora e burocrática — ele se baseia em um axioma de controle absoluto, que se considera no direito de regulamentar tudo: até mesmo as crenças e as opiniões individuais. Em função da envergadura intrínseca do seu axioma fundamental, que considera o estado um poder absoluto, o juspositivismo nem mesmo reconhece o indivíduo como um organismo autônomo. Enquanto o jusnaturalismo vê o indivíduo como um fim em si mesmo, o juspositivismo o enxerga apenas e tão somente como uma ferramenta subordinada ao coletivo.

Infelizmente, o juspositivismo, somado ao autoritarismo da tirania progressista, acabou por produzir uma combinação letal. O resultado é um ambiente onde tudo é criminalizado: opiniões, declarações, piadas, textos — qualquer coisa que não está em perfeita conjunção com a ideologia da moda (que consiste em um nefasto conjunto de regras que foi devidamente chancelado, capitaneado e aprovado pelo estado) — é um crime contra a ordem pública.

Dito isso, vamos aprofundar o entendimento de como a atuação nefasta do juspositivismo prejudica a manutenção das liberdades individuais, sobretudo da liberdade de expressão.

Como explicado acima, de acordo com a ética jusnaturalista, todo e qualquer indivíduo deveria possuir o direito de se expressar livremente, sobre qualquer assunto, não importa quão polêmico esse assunto possa ser. De maneira que qualquer declaração individual sobre qualquer coisa — seja através de um pronunciamento presencial, ou através de um vídeo ou mesmo por meio de um texto — deveria ser classificada unicamente como liberdade de expressão.

Por exemplo, se um indivíduo é racista e diz não gostar de negros, ou de judeus, ou de pessoas de qualquer outra raça ou nacionalidade, e ele não deseja se associar com tais pessoas, ele deveria ter o direito de fazê-lo. Como ele tem o direito de se expressar, ele deveria ser livre para se pronunciar sobre qualquer assunto que desejasse. E como ele é um ser humano livre, autônomo e independente, esse indivíduo obviamente possui o direito inalienável de exercer a livre associação — ou seja, o indivíduo tem o direito de se associar ou não se associar com determinadas pessoas ou determinados grupos. O indivíduo pode até mesmo se declarar abertamente racista, mesmo que isso possa parecer polêmico, ou gerar uma repercussão extremamente negativa para a sua imagem pessoal e para a sua reputação.

Essa é uma situação. Outra situação extremamente diferente, seria a do indivíduo racista agredir ou prejudicar de alguma outra forma — como vandalizar a propriedade — de pessoas de raças que ele despreza, ou que de alguma maneira ele não deseja ser associado. Se o indivíduo iniciar agressão ou violência sem nenhum motivo ou justificativa plausível, contra quem quer que seja (negros, judeus, imigrantes) é evidente que ele está incorrendo em uma arbitrariedade legal — e, portanto, estará cometendo um crime.

Ou seja, o que essa distinção pretende enfatizar é que, dentro de uma ordem jurídica jusnaturalista, o racismo em si não é um crime. O que importa é a atitude do racista com relação à pessoas de outras raças. Se ele não agir de forma prejudicial ou deletéria, ele não fez absolutamente nada de errado. Apenas se ele executar uma agressão de caráter objetivo contra essas pessoas, é que ele poderia ser acusado de cometer um crime. Se ele apenas expressa a sua crença racista como uma predileção ou opinião pessoal, em suas redes sociais ou mesmo na sua vida pessoal ou profissional, ele não cometeu nenhum crime de fato.

No entanto, é fundamental enfatizar que essa explicação se aplica unicamente a uma ordem jurídica jusnaturalista. Pelo juspositivismo de estado (o corpo legislativo vigente), absolutamente nada disso é permitido. Muito pelo contrário — de acordo com a ordem jurídica juspositivista, praticamente qualquer coisa de natureza racial pode ser interpretada como crime de racismo. Até mesmo uma simples piada.

Isso acontece porque o juspositivismo é a antítese da ordem natural — sendo, por extensão, a antítese do respeito às liberdades individuais.

Pelo juspositivismo, qualquer declaração que pareça minimamente possuir conteúdo racial pode ser considerada discriminação, racismo ou injúria racial. De fato, você não pode falar, expressar, escrever ou declarar absolutamente nada que possa ser interpretado como negativo ou depreciativo sobre pessoas de outras raças, etnias ou nacionalidades, de nenhuma forma, maneira ou circunstância. Nessa questão, vivemos em um ambiente tão insalubre, que até mesmo piadas foram criminalizadas, e pronunciá-las publicamente ou através de vídeos nas redes sociais pode render cancelamentos, inquéritos policiais e processos judiciais para quem se atrever a contá-las.

Em vários países do ocidente, não apenas no Brasil, a ditadura politicamente correta — somada com a obsessão estatal de punir supostos racistas — se tornou tão implacável que praticamente matou os filmes de comédia e de paródia. Atualmente, humoristas são processados simplesmente por contarem piadas que são consideradas “ofensivas”, em virtude do seu cunho racial.

Praticamente qualquer declaração, seja escrita ou falada, que envolva conteúdo racial, pode fazer com que o seu autor seja processado, censurado e sofra com as penalidades prescritas na lei. Isso também vale para conteúdo — seja ele de teor humorístico ou não — que envolva outros temas considerados sensíveis ou polêmicos (e que foram devidamente sacralizados pela ideologia da moda), como mulheres, obesidade, ideologia de gênero ou religião. Você pode ser processado por misoginia, gordofobia, transfobia e islamofobia.

O que é primordial entender nessa questão é que enquanto o jusnaturalismo reconhece que o indivíduo tem o direito de exercer as suas liberdades, o juspositivismo cria recursos e artifícios legais para tentar limitá-las e restringi-las ao máximo, criminalizando praticamente qualquer crítica direcionada à ideologia da moda e aos seus dogmas. E um dos problemas fundamentais do juspositivismo (que também é um dos problemas inerentes ao progressismo) é a sua total intolerância para com a natureza humana.

O jusnaturalismo reconhece que os seres humanos são imperfeitos e vão muitas vezes cultivar opiniões polêmicas e expressar ideias controversas, que talvez não estejam de acordo com as crenças populares. E isso não deveria ser considerado uma transgressão penal. O jusnaturalismo reconhece a individualidade inerente a cada ser humano. O juspositivismo, por outro lado, assume que todas as pessoas tem a obrigação de pensar da mesma maneira, que o estado tem o direito de padronizar a sociedade e, por extensão, tem o direito de determinar quais serão as crenças permitidas e quais serão as crenças proibidas.

Pelo juspositivismo, o estado também tem o direito de determinar quais são as opiniões permitidas e quais são as opiniões proibidas. E quem expressar algum posicionamento divergente deve ser punido com o máximo rigor pelo estado onipotente, de acordo com a sua sacrossanta legislação. Para o estado, o indivíduo é uma espécie de autômato que deve ser programado de acordo com a legislação estatal. Os disfuncionais que apresentarem falhas na programação devem ser reconfigurados e formatados com um upgrade mais agressivo, que elimine os “defeitos de fabricação”, para se tornarem robôs mais eficientes, que podem ser novamente inseridos na matrix social. Por mais exagerado que isso possa parecer, o estado efetivamente nos enxerga como robôs, cujas funções primordiais são a submissão e a obediência.

Ou seja, enquanto o jusnaturalismo reconhece que você é um indivíduo livre, soberano e independente (portanto, um ser humano), o juspositivismo enxerga você apenas como um escravo programado pela doutrinação estatal, que tem a obrigação de seguir ordens (um autômato fabricado em uma linha de produção industrial). Você não deve ter direitos, liberdades ou livre-arbítrio. Deve se resignar a fazer apenas aquilo que o estado manda.

Os “direitos” e a “liberdade” que o juspositivismo estatal aparentemente concedem ao indivíduo não passam de articulação semântica sofista, vazia e barata — tratando-se de um conjunto de concessões ilusórias que só servem de prerrogativa jurídica para mais restrições. Você é parte do rebanho no cercado, uma ovelha com “liberdade” para se movimentar em um estábulo de três metros por três. Se você ousar reclamar a sua liberdade plena e questionar isso com mordacidade e veemência, um processo do Ministério Progressista Federal chegará até você muito rapidamente.

Caso as autoridades constituídas tenham lido este artigo até aqui, gostaria de deixar bem claro que o texto não tem, de nenhuma forma, maneira ou circunstância, a intenção de estimular ou incentivar as pessoas a serem racistas, preconceituosas ou algo do gênero. Qualquer afirmação em contrário dos floquinhos de neve histéricos e chorões — que por ventura venham a reclamar formalmente deste artigo — mostra que eles estão ativamente engajados em uma deliberada deturpação do sentido do texto, ou então que são excepcionalmente burros, e mais uma vez foram completamente incapazes de compreender o real sentido do conteúdo expresso (hipótese mais provável).

O racismo foi usado neste artigo apenas como um conceito teórico, cujo exemplo prático fornece perfeitamente a capacidade de avaliar as distinções existentes entre jusnaturalismo e juspositivismo, o que ilustra as diferenças entre agressões reais e crimes imaginários. Este artigo também pretende denunciar a deturpação sofrida pelo artigo censurado, que pretendia ser uma reação à ditadura totalitária politicamente correta, assim como afirmava que ninguém tem ou deveria ter a obrigação de concordar ou se submeter à ideologia da seita progressista.

Também aproveito a oportunidade para reiterar a minha ojeriza e aversão extrema pela ideologia progressista politicamente correta, afirmando categoricamente que discordo da ideologia progressista em absolutamente todas as questões propostas, em caráter definitivo e permanente — salientando o fato de que vou antagonizar a seita progressista em todas as oportunidades e em todas as ocasiões possíveis.

Como é recorrente, a histeria da seita progressista geralmente enxerga racismo, discurso de ódio, preconceito e toda a sorte de fobias em conteúdos como este. Visto que a prioridade dos floquinhos de neve é sinalizar virtudes e difundir o autoritarismo da religião secular progressista, com o objetivo de perseguir sumariamente todos aqueles que não se curvam à sua preciosa ideologia totalitária multicolorida, enfatizo novamente que este artigo não se propõe a incentivar ou estimular os leitores a desobedecerem as graciosas e magnânimas regras que o estado onipotente impõe à sociedade.

O que este artigo pretende enfatizar é que o indivíduo não tem, mas deveria ter, o direito pleno à liberdade de expressão, até mesmo para expressar opiniões que podem ser consideradas polêmicas ou controversas. E que palavras não deveriam ser interpretadas como atos de agressão ou contravenção penal. Acredito que as autoridades definitivamente deveriam gastar os recursos que têm à sua disposição para prender criminosos reais, como assaltantes e estupradores. E não processar profissionais do humor, comediantes, jornalistas, filósofos ou pessoas comuns, simplesmente porque em algum momento elas decidiram expressar as suas opiniões pessoais. Tampouco deveriam se prestar a fazer escândalos inenarráveis por conta de piadas “ofensivas”, que na verdade não passam de entretenimento.

Acredito que o indivíduo deveria ter o direito de se expressar livremente, sem sofrer qualquer tipo de retaliação das autoridades. De fato, se chegamos ao ponto de ter que explicar o que é liberdade, justificá-la e ter que reivindicar o direito de falar, contar piadas e desenvolver em termos jurídicos o que é a liberdade dentro de uma práxis ética individual, é porque a liberdade já foi corroída há muito tempo. O que temos de fato é uma concessão mínima do estado, que fica mais exígua a cada dia que passa.

Conclusão

Pela primeira vez na vida eu tive que escrever um artigo para explicar outro artigo. Isso não apenas é lamentável, como expõe as dramáticas deficiências intelectuais dos floquinhos de neve. De fato — como a situação relacionada ao processo movido pelo MPF contra mim expõe perfeitamente —, a militância progressista é detentora de uma colossal e incomensurável ignorância. Infelizmente, não ter competência intelectual para compreender a diferença entre liberdade de expressão e liberdade de ação, e também não entender a distinção entre jusnaturalismo e juspositivismo, é apenas uma modesta demonstração da titânica ignorância da seita progressista.

Militantes progressistas são pessoas que possuem a pretensão de melhorar o mundo, mas são completamente incapazes de compreender e interpretar corretamente um simples texto. É a burrice crônica em sua forma mais exacerbada. E, combinada ao autoritarismo estatal, produz um resultado demasiadamente prejudicial para as liberdades individuais.

Infelizmente, isso não passa de um minúsculo grão de areia no incomensurável deserto da vasta ignorância que é comum entre a militância da seita do arco-íris.

Também pudera, a militância não quer estudar, não quer aprender, não quer se desenvolver intelectualmente. O que eles querem é berrar histericamente, sinalizar virtudes, lacrar nas redes sociais e se comportar como criancinhas inconsequentes de três anos de idade, desesperadas pela proteção estatal contra as inseguranças da vida (e sobretudo, de ameaças imaginárias).

Sem dúvida, o que realmente importa para as histéricas legiões do arco-íris incandescente é combater de forma pungente e ostensiva o fascismo imaginário que se esconde debaixo da cama, considerando todas as pessoas como seus inimigos mortais, sem esquecer de suplicar ao deus-estado e ao papai-governo que censure de forma ostensiva e recorrente todas as pessoas que expressam opiniões contrárias e divergentes, se certificando de que o estado vá punir todos os dissidentes e livres pensadores. O importante é censurar todo mundo que não está de pleno acordo com a militância do arco-íris radiante e de sua graciosa ideologia fosforescente.

O que esperar de pessoas confusas, que não sabem nem mesmo a que gênero pertencem, e acreditam genuinamente que homens podem engravidar? De fato, não me surpreenderia se os lacradores suplicassem ao papai-estado para censurar mais este artigo. De lacradores histéricos de cabelo colorido, só podemos esperar comportamentos emocionais equivalentes ao de crianças mal-humoradas de três ou quatro anos de idade — ou seja, ataques coléricos, gritaria incessante e choro convulsivo. São bebês com constante necessidade de atenção, sempre precisando da chupeta estatal para ter calma e serenidade. Precisam ser protegidos da realidade e do bicho-papão do fascismo pelo onipotente deus-estado, vinte e quatro horas por dia.

Quando lidamos com progressistas, não estamos lidando com pessoas adultas, mas com criancinhas demasiadamente imaturas e ostensivamente histéricas, que ainda não desenvolveram plenamente suas faculdades mentais (e infelizmente nunca desenvolverão). Fadadas a serem criancinhas permanentes, dependentes do papai-estado em todas as questões, seria utópico demais esperar um comportamento racional e civilizado dessas pessoas.

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