Carta Aberta aos empresários e comerciantes

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Tempo estimado de leitura: 5 minutos

Minha academia – assim como milhares de pequenas empresas em todo o país – está fechada há mais de um mês. Não porque os clientes não estão mais indo, mas porque os clientes não podem ir.

O que segue é uma Carta Aberta ao proprietário deste negócio, pedindo-lhe que reabra o negócio – com a teoria de que em um país livre, as pessoas têm esse direito e que o governo não tem o direito de dizer o contrário.

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Estimado empresário

Eu e muitos outros estamos mais do que dispostos correr o risco de ficar doentes em troca de podermos viver novamente.

Isso inclui poder se exercitar na academia.

Acreditamos no que parecia ser um fato consumado em nosso país – a livre associação. Que você – como proprietário de uma empresa – tem o direito de abrir sua empresa e que nós, como cidadãos livres, temos o direito de escolher por nós mesmos se fazemos ou não negócios com você.

Apoiamos totalmente o direito daqueles que estão “em risco” de contrair o coronavírus, ou a gripe comum ou o resfriado comum ou qualquer outra coisa que os preocupem a tomar as medidas que eles considerarem apropriadas para reduzir seu risco.

Mas contestamos o direito de usar a força para obrigar outros a adotar essas medidas pela mesma razão que objetamos ao uso da força para “achatar a curva” da gripe comum, que, como você já deve saber, infecta rotineiramente milhões de pessoas cada ano e – de acordo com o CDC – causa ou contribui para mais de 30.000 mortes a cada ano (geralmente de idosos – por pneumonia e assim por diante).

Ninguém está colocando uma arma na cabeça de alguém para malhar. Ninguém deve colocar armas na cabeça de alguém por tentar se exercitar.

Também não se trata apenas de malhar. É sobre liberdade.

É sobre viver.

A “quarentena” –  de onde o governo tirou a autoridade para “prender” as pessoas que não estão dentro de uma prisão? – baseia-se na ideia de que a existência – seus parâmetros definidos pelos burocratas do governo – supera nosso direito de viver.

De que “segurança” – conforme definida pelos burocratas do governo de acordo com seus próprios critérios arbitrários – confere a esses burocratas um poder sem limites para nos transformar em prisioneiros e (inevitavelmente) indigentes.

De que eles têm o poder de tirar nossas vidas – com base na afirmação de que, de outra forma, poderíamos perdê-las. À maneira dos pais sobre os filhos. E de guardas dentro de uma prisão.

Se esse princípio for aceito, ele será normalizado e depois será rotineiro.

Um precedente enormemente perigoso está sendo estabelecido.

Se o seu negócio pode ser “fechado” e a capacidade da maioria das pessoas para ganhar a vida pode ser declarada “não essencial” (por um governo que nunca declara o seu próprio negócio como “não essencial”) com base na possibilidade de que as pessoas possam ficar doentes – então por que não “fechar” seus negócios qualquer momento que as pessoas possam ficar doentes?

Ou até às vezes morrerem. Isso era aceito como parte da vida – até apenas alguns meses atrás.

40.000 pessoas morrem em acidentes de trânsito a cada ano. Isso não é uma coisa boa, obviamente. Mas seria uma coisa cruel e miserável “proibir” os automóveis para impedir isso. E as pessoas ainda morreriam.

Os carros devem ser limitados a velocidades não superiores a 20 km/h – e exigir uma “distância social” de pelo menos três carros – para “nos manter seguros”?

250.000 pessoas morrem a cada ano por negligência médica, erros de diagnóstico e porque contraíram algo letal no hospital, como SARS/MRSA. Pelos números, os hospitais representam uma ameaça exponencialmente maior que o coronavírus.

Os hospitais devem ser “fechados”?

Se não, por que não?

2,6 milhões de casos de gripe comum foram confirmados apenas no ano passado; a gripe comum pode e às vezes leva a pneumonia e é um risco inegável … como o coronavírus. Mas principalmente para os idosos e aqueles com sistema imunológico fraco e outros problemas de saúde subjacentes.

A gripe comum contribui anualmente com a morte de cerca de 30.000 pessoas – aproximadamente o mesmo número de pessoas que o CDC afirma ter morrido de complicações causadas pelo coronavírus.

A cada temporada de gripe, idosos e outras pessoas em risco são incentivados a tomar precauções, como evitar locais públicos onde possam estar em maior risco de entrar em contato com alguém que é contagioso; tomar uma vacina contra a gripe como medida preventiva – e assim por diante. Mas toda a população não foi forçada a tomar essas precauções. Ordenadas a ficarem em casa e fecharem seus negócios porque alguém pode pegar a gripe, mesmo que possa morrer de complicações decorrentes do vírus da gripe.

Por que então forçar você a fechar sua empresa ou a de alguém por causa desse vírus, mas não por causa do vírus da gripe? Por que os hospitais podem permanecer abertos, dado o risco que apresentam?

Se é um jogo de números, qual é o número? Se são 30.000 mortes, por que não 20.000 mortes?

Por que não 5.000?

Por que não uma?

Quem decide? O governo? Ou você, eu e todos nós, por nós mesmos?

Em que ponto nosso direito de viver – que inclui nosso direito de ganhar a vida, para que possamos comer e assim viver – é cancelado pelo medo de risco de outra pessoa? Você não prejudicou ninguém ao abrir seu negócio – mas está sendo prejudicado por aqueles que o obrigaram a fechá-lo.

Risco é uma afirmação, baseada em especulações.

O dano que está sendo causado é um fato indiscutível.

É igualmente indiscutível que a pobreza é uma ameaça muito maior – de morte – do que o coronavírus e o vírus da gripe juntos. A fome tem uma taxa de mortalidade de 100%. Quantas pessoas morrerão de fome porque não podem mais trabalhar, porque não podem mais ter dinheiro para comprar comida? Mais de 22 milhões de americanos estão agora desempregados. Milhões perderão suas casas porque perderam seus negócios. Quem irá alimentar essas pessoas? Quem lhes dará abrigo? A vida deles não conta?

O que dá ao governo o direito de prejudicar definitivamente milhões de pessoas com base em uma vaga afirmação de risco para algumas pessoas?

Pessoas livres têm o direito de assumir riscos. Não é da responsabilidade do governo de um país livre ditar às pessoas quais riscos elas podem assumir. Sua área de atuação é proteger seus direitos – não suspendê-los.

Quando atropela os direitos, o próprio governo é a maior ameaça de todas.

Encorajo-vos a abrir o seu negócio – antes que o negócio vá à falência, para sempre. Deixe as pessoas decidirem por si mesmas se é “arriscado” malhar ou não. Se elas consideram o “risco” muito alto, que fiquem em casa.

Mas deixe os outros livres para decidirem.

Deixe o governo enviar seus agentes. O que temos a perder? A liberdade que já perdemos?

Pode ser que assim a recuperemos.

 

Artigo original aqui.

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