Apêndice II

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Dois Poemas sobre Liberdade[1]

 

 

A árvore

Ideias são mais poderosas

que exércitos.

Ludwig von Mises

 

— Pro inferno o Presidente! — Ao diabo o Rei!

— Esse crápula estorva a minha vida!

Assim do povo a raiva proferida

Escuto, mas verdade vos direi:

 

Essa facínora e pequena grei,

A politicalhada apodrecida,

É apenas a folhagem bem nutrida

Duma árvore que ainda não cortei.

 

Essa árvore tem o caule enraizado

No assentimento espúrio ao Estado,

Que traz suas raízes bem regadas.

 

Mas esse ensandecido regador

É o próprio povo burro e sonhador

Todo encharcado d’ideias erradas…

 

 

A Torre de Marfim Austrolibertária

 

Aos libertários intransigentes, aos que verdadeiramente

combatem a mentira e o mal.

 

 

Da minha morada a vista é estupenda…

Mais que estupenda: a vista é verdadeira!

Não há névoas voando nem poeira:

Apenas claro espaço se desvenda.

 

Quase alma nenhuma há que não se venda,

De vez que nesta fausta casa inteira

Acha-se pouca gente companheira,

Que não se afastou da ilibada senda.

 

Ó Torre excelsa, tenta roer-te as bases

Turba de ratos práticos mordazes,

Mas rútila tu te manténs e calma!

 

Que sejas casa eterna do meu corpo,

Leito auribranco do meu casco morto,

Ó minha Torre, tocha de minh’alma!

 

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Notas

[1] Do livro Parnaso Devasso, de Cândido Magnus.

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